10 vezes em que o ataque ao World Trade Center influenciou o cinema!

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10 vezes em que o ataque ao World Trade Center influenciou o cinema!

Por Gus Fiaux

Lista adaptada do WhatCulture

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Filmes foram cancelados

Muitos relatos surgiram, após a acidente, de pessoas que diziam ter escapado por pouco da morte certa. Um dos casos mais fantasiosos foi divulgado pela imprensa chinesa. No boato, o ator Jackie Chan teria agendado as filmagens de seu filme "Nosebleed" no World Trade Center, na hora em que os atentados começaram. Por sorte, o ator se atrasou. Porém, pesquisas mais profundas indicam que o projeto ainda estava em fase de pré-produção, ou seja, as filmagens ainda não haviam começado. Desse modo, é difícil de aceitar esse rumor, o que nos leva ao motivo do cancelamento do filme: o roteiro. "Nosebleed" contava a história de um limpador de janelas do complexo que acaba descobrindo e frustando os planos de um atentado terrorista. Continuar o projeto depois dos ataques seria algo de natureza absurdamente imprópria.

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Filmes foram editados

Alguns filmes já estavam em fase final quando os atentados aconteceram, de modo que um cancelamento seria prejudicial ao bolso dos produtores e estúdios. Sendo assim, muita coisa foi editada. Um exemplo bem conhecido pelos fãs é o do primeiro filme do Homem-Aranha. A campanha promocional apresentava as Torres Gêmeas em vários posters e teasers do filme. Muito do material foi mantido, mas os prédios foram removidos digitalmente. Outros exemplos incluem A Identidade Bourne (que foi editada por conter uma subtrama centrada no terrorismo) e Lilo & Stich (que terminaria com alienígenas sequestrando um Boeing 747).

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Filmes anteriores foram censurados

Editar filmes que seriam lançados futuramente não é algo tão complicado, mas e quando se precisa alterar filmes já lançados a anos ou até décadas? Isso aconteceu com filmes como De Volta Para o Futuro. As menções feitas pelo doutor Brown sobre os terroristas de quem o plutônio foi roubado foram editadas nas exibições de TV, deixando apenas a indicação de que eram líbios. Outros filmes, entretanto, não tiveram tanta sorte. O King Kong de 1976 é considerado uma raridade. Além do remake de Peter Jackson ter se tornado mais popular, o fato do gorila escalar o World Trade Center também não ajuda.

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Hollywood passou a pegar mais leve

Nos dois anos seguintes ao atentado, notou-se algo interessante: a ação em nosso mundo foi reduzida, com os campeões de bilheteria sendo filmes que se passavam em outros universos. Algo que inverteu a balança dos anos 90, uma década repleta de filmes de ação em nosso mundo. Senhor dos Anéis, Harry Potter, Piratas do Caribe. São algumas das franquias que cresceram vertiginosamente na época. O resultado são produções menos sanguinárias e explosivas (a não ser que sejam dirigidos pelo Michael Bay), pontuados aqui e acolá por algo mais gráfico, porém não muito explícito. Isso é uma regra que vem seguindo a indústria até hoje, uma vez que os filmes tem tomado uma direção mais inocente e contida. Há um exemplo recente que demonstra bem essa suavização da violência: O remake de Robocop, dirigido por José Padilha. Comparado ao filme original, essa adaptação parece uma animação feliz e familiar.

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Novo Imaginário

Pegue como exemplo Guerra dos Mundos, de Steven Spielberg. No filme, cidadãos se descobrem presos no meio de um ataque de destruição em massa. O perigo é iminente e as chances de sobrevivência são próximas ao zero. Algo similar aos atentados, mas com uma pequena diferença: os ataques são desencadeados por alienígenas. Tudo bem que o filme é baseado numa história escrita mais de cem anos antes, mas é válido ressaltar que os filmes de destruição e catástrofe passaram a ser conduzidos de uma nova maneira: encadeados por ataques extra-terrestres ou sobre-humanos. Pegue Transformers, Vingadores e Cloverfield. O que os três tem em comum? Destruição massiva. Feita por seres com capacidades e origens extra-terrestres. E isso tem chegado a um estado absurdo, onde a destruição passa a ser 90% do filme, como é o caso de vários filmes pós-Transformers. Um verdadeiro pornô de prédios e explosões.

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O Oriente Médio passa a ser um cenário chave

Além de filmes como Guerra ao Terror e O Reino, que se constroem sobre temas políticos necessários e onde o argumento tem alguma relevância. Porém, existem filmes que se aproveitam da temática apenas pra chamar atenção, como é o caso de Rede de Mentiras, filme estrelado por Leonardo DiCaprio No campo dos blockbusters, Homem de Ferro usufrui da temática para reconstruir a origem do personagem.

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As Torres Gêmeas passam a ser o símbolo de Nova York pré-2001

Toda cidade precisa de algo que a defina rapidamente nos olhos do espectador. Quase todo filme que se passa na França não pode chegar aos créditos sem uma cena da Torre Eiffel. E com NY não é diferente. Enquanto que os filmes pós-2001 (no sentido em que a história acontece depois de 2001) tem como cenário básico o Empire State, todas as histórias anteriores a isso precisam de uma cena das Torres Gêmeas, mesmo que ao fundo.

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Vilão é sinônimo de terrorista

É engraçado analisar o quanto isso se altera ao longo da história. No período da Segunda Guerra, grande parte dos vilões de filmes eram alemães nazistas. Com a chegada da Guerra Fria, se você era russo, automaticamente era o antagonista do filme. Após o 11 de setembro, vilão tem que ser terrorista. E se for terrorista árabe, o lucro é certo. O contrário sempre é válido, afinal nenhum terrorista é bonzinho. Porém essa paranoia meio que começou a ir longe demais, já que todo vilão de filme recente tem a necessidade de se declarar terrorista.

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Os ataques em si passaram a ser plano de fundo

Óbvio que os grandes estúdios não iriam deixar de lucrar ao usar a tragédia como cenário de vários filmes, muitas vezes nem mesmo ligados ao tema. Exemplo disso é Lembranças, filme estrelado por Robert Pattinson que segue a vida de um rapaz até o momento do ataque. Entretanto, tais filmes passam a focar muito mais nas histórias pessoais, o que contribui para um desenvolvimento de personagem maior, mas que infelizmente diminui o impacto mundial. Tão Forte e Tão Perto é outro que se utiliza dos ataques apenas como base de enredo, sem explorar muito as inúmeras consequências causadas.

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O realismo tomou conta

Pode parecer um pouco contraditório, mas a verdade é que, assim como os filmes fantásticos varreram a ação em nosso mundo para debaixo do tapete, os filme realistas descobriram a sujeira e fizeram bom uso dela. Tanto em Cassino Royale como na trilogia do Cavaleiro das Trevas, a ação passa a ser algo muito mais contido e intelectualizado, contrariando os moldes anteriores de filmes de ação que para bom entendedor, meia porrada basta. Além disso, esses filmes se aproveitam para fazer diversas referências. Querem um exemplo? Lembram do discurso do Coringa sobre "tudo fazer parte do plano"?