Por mais que The Dark Knight Rises, o 3º filme da franquia Batman Nolan, não tenha agradado tanto quanto seus antecessores, o Bane de Tom Hardy ficou muito bom, ainda que tenha sofrido algumas mudanças no visual clássico. O Bane de Nolan tem um visual mais prático, mercenário e menos lutador mascarado, com a máscara sendo apenas uma máquina, o sobretudo e menos músculos, até porque, pra emular fielmente o vilão das HQs fielmente, só com CGI.

O Coringa teve várias encarnações no cinema, está prestes a ganhar uma nova, tão polêmica quanto essa, e, quando Heath Ledger foi anunciado como o novo palhaço nos filmes do Batman, muito se questionou sobre. A polêmica continuou quando seu visual foi divulgado, bem diferente do Coringa dos quadrinhos, mais psicótico e funcional, menos teatral e cômica.

No fim, todos já sabem a história de como o Coringa de Ledger e Nolan marcou a história do morcego de Gotham e dos fãs, no geral. Um novo coringa foi anunciado, com uma estética mais bizarra ainda, na pele de Jared Leto. Será que o feito vai se repetir?

O Demolidor já teve um filme com um visual bem fiel aos quadrinhos, na versão de Ben Affleck, e, bom, não ficou a melhor coisa do mundo. O novo Demolidor, das séries da Netflix, trouxe um Demolidor mais fiel em personalidade, porém, seu visual foi uma constante evolução. O primeiro, todo preto, baseado em algumas páginas de uma das histórias mais icônicas do herói, feita por Frank Miller, levantou burburinho sobre a versão final do uniforme. Nos últimos minutos da primeira temporada, o Demolidor vermelho de chifre apareceu, porém, bem diferente, menos estético, bem mais prático, com uma ideia mais de armadura que de uniforme. Questionável? Sim. Mas convenhamos, o collant não pega muito bem nessas épocas.

O visual clássico do Arqueiro Verde foi importado parcialmente dos quadrinhos, em alguns aspectos da roupa, porém, seguindo na linha de heróis realistas, nas primeiras temporadas de Arrow, nada de boina e máscara, optaram por um Oliver Queen de graxa no rosto e capuz. Mais realista? Sim. Também combina mais com a série, quando o Arqueiro dos quadrinhos é um pouco mais descontraído que o Queen da tv, um pouco mais batnesco. No fim, o visual mudou, ganhou a máscara e um ar mais quadrinesco, mas ainda espero a boina e, principalmente, cadê a barbicha?????

Os X-Men da Fox, de 2000, que deram um up no gênero de super-heróis no cinema, trouxe, no visual, algo bem mais prático e natural que as HQs. Pra evitar os collant e roupas coloridas dos mutantes, o super-grupo do cinema veio todo em couro preto, numa roupagem mais realista e, de novo, prática. Pra ser sincero, depois do Batman e Robin de 97, os super-heróis precisavam desse choque de realidade nas telonas. No fim, funcionou e funcionou muito bem, porque, mesmo mudando os uniformes, os aspectos físicos de cada personagem foram mantidos, ninguém tirou os cabelos brancos da Ororo, o cabelo disfuncional do Wolverine, ou a mecha da Vampira.

A Feiticeira Escarlate dos estúdios Marvel, que teve sua primeira aparição em Vingadores: A Era de Ultron, tem mais a ver com a Wanda da animação X-Men Evolution que com a original, dos quadrinhos. Num visual meio gótico trevoso, brincando com a ideia dos seus poderes, no final do filme é mostrado um novo uniforme, mais parecido com o clássico. Ainda assim, não é muito bom os fãs esperarem a icônica tiara em formato de M, essa vai ser difícil de chegar às telonas.

Mais um vingador (e arqueiro), Clint Barton perdeu muito do seu visual clássico no primeiro filme dos Vingadores. Na continuação o Gavião Arqueiro ganhou uma roupagem mais fiel, mas, ainda assim, nada de máscara e predominâncias roxas. Qual o problema do cinema e tv com arqueiros mascarados?

Ninguém sabia, na primeira temporada, mas uma das protagonistas de Agents Of SHIELD era Daisy Johnson, a mutante/inumana Quake. Com o visual ainda em evolução, é bem provável que a ex-Skye chegue na roupagem principal da personagem, as braçadeiras já estão lá, melhorando cada vez mais, e o cabelo cada vez menor. Acompanhemos a saga da SHIELD para mais informações.

Mesmo que o visual não tenha sido fiel, quando se fala da Mulher-Gato no cinema, a referência não é a do Nolan e sim a Selina Kyle do Batman do Tim Burton, interpretada por Michelle Pfeiffer. A Selina de Pfeiffer eleva a personagem para um novo nível de vilões surtados, em um uniforme de látex preto, decorado com costuras e olhos rasgados, uma versão meio sadomasoquista da anti-heroína. A interpretação também não fez por menos. Icônica.

Pra finalizar, o Jaqueta Amarela, de Corey Stall, no filme do Homem-Formiga, ganhou um uniforme bem diferente do quadrinesco, todo robótico, até porque, a própria história do antagonista foi modificada.