10 sagas da Marvel com grande potencial desperdiçado!

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10 sagas da Marvel com grande potencial desperdiçado!

Por Gus Fiaux

Nos últimos anos, os fãs de quadrinhos estão ficando saturados de uma constante cada vez maior de mega-sagas e eventos globais na Marvel. Contudo, a editora – que foi berço desses eventos para os quadrinhos – já teve uma longa história de sagas e outros crossovers envolvendo diversos personagens.

E embora tenhamos alguns exemplos dignos de nota, outros são lembrados por serem extremamente ruins. Mas ainda há outra categoria: a das histórias com premissas excelentes e execuções péssimas. E é disso que falamos nessa lista!

Créditos: Marvel Comics
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Invasão Secreta

Lançada logo após a Guerra Civil, Invasão Secreta tinha um grande desafio com que lidar. A saga iria incorporar elementos que vinham sendo construídos desde Vingadores: A Queda para mostrar uma invasão de escala global dos Skrull na Terra. E no fim, o que tivemos foi algo menos surpreendente que isso.

Embora a saga seja bastante divertida, ela se perde em sua escala. O que era pra ser um confronto global acaba ficando muito restrito aos Vingadores e aos Estados Unidos, de forma que o resto do mundo mal sofre com uma invasão colossal. Além disso, alguns plot twists e reviravoltas não foram bem aceitos, como a trama envolvendo a Harpia Skrull.

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Guerra Civil II

Uma das sagas da leva mais recente da Marvel, Guerra Civil II até pode ter surgido apenas para promover Capitão América: Guerra Civil, o que não significa que sua premissa não foi instigante. A ideia era abordar uma série de conceitos de Minority Report para falar de problemas reais do mundo, como violência policial e preconceito.

E embora o primeiro ato da saga tenha seguido à risca esse molde, ela foi se perdendo aos poucos e se tornando uma história bem criticada entre a maioria dos fãs. A representação da Capitã Marvel foi alvo de críticas, bem como as "mortes" de personagens principais e o final, que acabou servindo apenas como um gancho para Império Secreto.

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A Essência do Medo

Lançada em 2011, A Essência do Medo pretendia focar na mitologia de dois heróis consagrados da Casa das Ideias: o Capitão América e o Thor, uma vez que a filha do Caveira Vermelha ressuscitaria uma divindade do medo asgardiana, que por sua vez traria destruição à Terra e aos Nove Mundos.

Entretanto, a saga acabou sendo refém de diversos problemas. Ao tentar retratar a batalha de Thor contra a Serpente de Midgard, a saga falhou miseravelmente e ainda queimou a reputação de uma das maiores histórias do Deus do Trovão. Além disso, o final foi amplamente criticado pelos "Vingadores asgardianos" e por duas mortes principais que foram revertidas antes mesmo do fim da saga.

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Pecado Original

"Potencial desperdiçado" resume muito bem Pecado Original. Lançada em 2014, a saga pretendia trazer todo um clima de thriller e mistério noir para a morte do Vigia na Lua. Aos poucos, Nick Fury retornaria como uma peça central, enquanto definia seu próprio esquadrão de heróis para solucionar o caso.

E o resultado final começa bom mas desmorona feiamente. A reviravolta do plano de Nick Fury é absurdamente sem sentido e serve apenas para deixar o personagem de lado no Universo Marvel. Além disso, o mistério por trás da morte do Vigia se torna uma trama secundária em meio a uma série de eventos desinteressantes e já esquecidos. De duradouro, a saga teve apenas a inserção do Thor indigno.

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Guerras Secretas II

Quem conhece um pouco de histórias em quadrinhos sabe que Guerras Secretas - de 1984 - foi a primeira grande saga das HQs, movimentando um mercado absurdo para a Marvel. Aproveitando o sucesso da história, a editora resolveu lançar uma continuação, que mostrava o Beyonder na Terra, aprendendo a ser humano.

E o resultado é catastrófico. Por mais que a série tenha pontos positivos e divertidos, ela não tem nada a ver com as Guerras Secretas originais, e aborda o Beyonder de uma forma bem contestável. Além disso, foi aqui que surgiu o costume irritante de trazer vários tie-ins desnecessários para a leitura da série principal.

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Ultimatum

Fugindo um pouco do Universo-616, a Marvel teve outro selo importante de publicações no século XXI: o Universo Ultimate. A ideia era contar histórias mais adultas, modernizadas e realistas. Tanto que, quando o propósito do universo se perdeu, a Marvel decidiu que seria hora de acabar com ele em Ultimatum.

Entretanto, a história vai de nada a lugar nenhum, uma vez que Magneto inunda Nova York e mata diversos heróis dessa realidade, ao mesmo tempo em que o universo se manteve intacto no que parece ter sido uma decisão de última hora da editora. E sem contar os momentos de extremo mal-gosto, como o Blob canibal.

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Inumanos vs X-Men

Desde as Guerras Secretas mais recentes, os mutantes estavam passando por momentos extremamente difíceis. Morrendo pelas Névoas Terrígenas, os Filhos do Átomo haviam entrado em uma situação instável com os Inumanos, que viviam uma nova era de prosperidade na Terra.

Após Morte do X, a Marvel decidiu trazer o confronto final entre as duas equipes... e até agora não entendemos muito bem o que aconteceu. Medusa saiu no final como a boa moça heroína - quando ela diversas vezes demonstrou uma tirania insaciável - e os mutantes mais uma vez foram pintados como intolerantes sem abertura ao diálogos, como em outras sagas anteriores... ao menos Vingadores vs X-Men tinha sido divertido...

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Era de Ultron

Era de Ultron me afeta em níveis pessoais pela decepção causada pela história. Quando Brian Michaen Bendis teceu o segundo volume de seus Vingadores, ele deixou claro que queria trazer uma grande guerra envolvendo Kang e Ultron, que resultaria num futuro pós-apocalíptico para os heróis da Terra.

A saga começa de forma brilhante e extremamente instigante, com um clima desolador. A arte de Bryan Hitch é outro ponto extremamente elogioso. Contudo, o artista deixa a história e a narrativa logo se torna uma bagunça, focando no Wolverine e na Mulher Invisível em vez do vilão principal - que aliás, nem aparece na saga. Assim fica difícil te defender, Marvel...

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Heróis Renascem

Diferente da DC Comics, a Marvel nunca teve uma inclinação para os reboots e reformulações completas de universo. Em vez disso, a editora sempre lidou com retcons ocasionais, que não mudavam a essência dos personagens ou a história construída até ali. Porém, na década de 90, à beira da falência, a editora resolveu investir em um grande reinício de seu universo.

Seguindo a história de Massacre Marvel, a trama de Heróis Renascem tinha muito potencial por trazer os heróis às suas raízes mais essenciais. Contudo, as tramas situadas no "universo renascido" são bizarras e desvirtuam completamente o papel desses heróis, sem contar na arte horrorosa trazida para dar vida a esses personagens.

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Império Secreto

Por fim, nos resta aceitar que nenhuma saga teve tanto potencial desperdiçado quanto Império Secreto. Polêmicas à parte, a trama envolvendo o Capitão América da HIDRA estava sendo muito bem construída no título solo do personagem, e quando a saga começou, a ideia era debater o fascismo mundial sob uma ótica extraordinária.

As primeiras edições começam bem, trazendo esse assunto à tona. Entretanto, aos poucos, a qualidade da história - e a consistência da arte - vai caindo miseravelmente, e o resultado final é uma explosão de clichês e deus ex machina, que já eram previsíveis desde a primeira edição. Resta-nos saber quais consequências esse momento sombrio trará para o Universo Marvel.