10 razões para ficar animado com a série de Fronteiras do Universo!

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10 razões para ficar animado com a série de Fronteiras do Universo!

Por Chris Rantin

Em 2015, a BBC anunciou que comprou os direitos para adaptar a história e que ela será produzida pela Bad Wolf e a New Line Cinema. Apesar da falta de informações sobre o que acontece desde então, listamos aqui 10 razões para ficar animado com a série de Fronteiras do Universo!

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Sucesso dos livros

Os livros de Pullman são muito bem vistos pela crítica especializada, sendo considerados uma das melhores obras criadas no que é categorizado como “público infantil”. O título chegou a ficar entre os 10 livros mais importantes do gênero nos últimos 70 anos, conforme elegeram os membros da Carnegie Medal em 2017.

O The Observer elegeu A Bússola de Ouro como um dos 100 melhores romances de todos os tempos. Na lista de grandes leituras feita pela BBC em 2003, escolhida através de votação do público, a trilogia chegou a ficar em terceiro lugar, estando apenas atrás de O Senhor dos Anéis e Orgulho e Preconceito.

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Personagens profundos

Nenhum dos personagens escritos por Pullman é simples. Do par de protagonistas, Lyra e Will, aos antagonistas da trilogia, como Marisa, todos os personagens são completos e complexos.

Por exemplo, ao logo dos livros vemos que os sentimentos dos personagens são confusos, que suas motivações mudam ao longo do caminhos - e de suas descobertas, que suas reações para as situações são o mais humana que poderíamos ter - como raiva, medo, tristeza e desejo vingança. Além disso, quando o assunto é moral, nenhum deles é completamente bom, puro ou justo (ou no caso dos vilões, o oposto). Todos acabam sendo cinzas, agindo como acham que precisam agir, mesmo que isso seja questionável ou considerado errado.

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Daemons

Um dos conceitos mais interessantes apresentados nos livros são os Daemons, que são literalmente a personificação da alma dos seres humanos no mundo na forma de um animal. Enquanto criança, os Daemons conseguem assumir diversas formas diferentes, podendo ajudar seu “dono” de diversas formas. Mas uma vez que a criança amadurece, seu Daemon se transforma na criatura que melhor a representa.

Isso faz com que seja muito fácil ler uma pessoa de acordo com a forma do seu Daemon. Se for um cão, significa que a pessoa gosta de obedecer, um pássaro, que ela gosta de ser livre, um macaco dourado - como é o caso da primeira antagonista, Marisa Coulter, significa que a pessoa além de gostar do luxo e requinte é bastante articulada e habilidosa.

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Fantasia, ciência, religião e política

Ao longo dos três livros vemos, de maneira brilhante, como uma trama inicialmente simples é algo muito mais complexo. A aventura fantasiosa e infantil da superfície guarda uma série de questões mais obscuras como experimentos científicos perigosos (e moralmente questionáveis).

Além disso, o que foi razão para muito protesto e reclamação da igreja católica, que condenou veementemente tanto a trilogia quanto o filme, temos uma visão bastante interessante sobre como a religião e política acabam se misturando no livro, de forma muito negativa. Vemos também questionamentos interessantes - e nada infantis - sobre Deus.

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Tramas DEFINITIVAMENTE nada infantis

Como disse anteriormente, muitos podem julgar pelo visual do filme que a trama da trilogia seja uma aventura fantasiosa infantil, mas as coisas são bem mais sombrias e complicadas que isso.

Nos três livros, vemos uma quantidade insuportável de sofrimento pelo qual os protagonistas têm que passar, violência desmedida - inclusive contra crianças, mortes abruptas e cruéis e, para fechar com chave de ouro, algo que já foi dito pelo próprio escritor em entrevistas (logo não pode ser considerado spoiler): existe toda uma trama sobre matar Deus. Definitivamente, não é o tipo de coisa que veríamos em um livro infanto-juvenil.

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Criaturas nunca vistas antes

Uma das coisas mais legais dos livros é que o autor não teve medo de imaginar um universo completamente novo e diferente de tudo que já vimos. Por isso, temos uma série de criaturas incríveis - que geralmente são muito bem descritas - que vão desde Feiticeiras, Anjos e Harpias, até os diferentes Mulefas, Galivespianos e Tualapi.

Isso resulta em uma mitologia única, e em personagens com motivações e habilidades únicas, o que ajuda a compor uma obra bastante diversa e interessante. E se existe uma coisa que o filme conseguiu provar é que qualquer chance de ver os Panserbjornes, os ursos extremamente inteligentes e falantes, é algo positivo.

(A imagem é de um modelo em 3D de uma Mulefa)

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Ursos falantes

Os Panserbjornes são tão incríveis e tão importantes para o desenvolvimento da trilogia, que merecem um item exclusivo nesta lista, especialmente por causa de Iorek Byrnison.

Iorek se mostra um amigo leal para Lyra, ajudando ela em diversos momentos, seja com sua habilidade em combate, afinal estamos falando de um urso polar de armadura, sua habilidade na metalurgia, pelo qual os Panserbjornes são muito conhecidos, ou simplesmente por ser um bom amigo que protege e acompanha Lyra, mesmo quando ferido, cansado ou enquanto disputa o trono do seu reino.

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O filme não foi um fracasso total

Apesar do filme não ter dado muito dinheiro para o estúdio - o que em parte pode ser culpa dos diversos protestos que o filme enfrentou por parte da igreja católica- A Bússola de Ouro conseguiu ter uma recepção “ok” pela crítica especializada.

Conseguindo fica com 51% de pontuação no Metacritic e 42% no Rotten Tomatoes, com a maioria das críticas condenando a falta de ousadia ao explorar toda a profundidade (e delicadeza) da trama dos livros. Mesmo assim, o filme conseguiu conquistar tanto um BAFTA quando um Oscar por efeitos visuais, sendo esse o aspecto mais elogiado nas críticas.

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É uma série da BBC

Apesar de nos dias de hoje a maioria das séries em alta serem produzidas pela HBO, CW e Netflix, não dá pra negar que a BBC tem séries memoráveis em seu catálogo.

Sherlock, Doctor Who, Taboo e até mesmo Merlin foram/são séries da BBC que mostram que grandes produções podem surgir do canal, mesmo que os efeitos especiais possam deixar a desejar, como no caso de Merlin.

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O escritor está envolvido na série

Outro motivo para ficar animado é que o escritor da trilogia Philip Pullman está encarregado de ser o produtor executivo da trama. Em uma entrevista para a Variety quando os planos de adaptar os livros em uma série foram revelados ele disse:

“Ver essa história ser adaptada em diferentes formatos é uma fonte constante de prazer pra mim. Estou muito satisfeito com a versão [em série].” Segundo ele, a televisão permite que os personagens sejam melhor desenvolvidos - e aprofundados - enquanto permite que o suspense das tramas seja abordado sem muita rapidez. “Ela toma o tempo necessário para que os eventos tenham o impacto e o desenlace corretos,” finalizou o autor na época.