10 razões para assistir O Príncipe Dragão, série animada da Netflix!

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10 razões para assistir O Príncipe Dragão, série animada da Netflix!

Por Evandro Lira

Na semana passada, estreou na Netflix a terceira temporada da série de animação O Príncipe Dragão. A história fantástica criada por Aaron Ehasz e Justin Richmond e produzida pela companhia Wonderstorm foi aclamada pela crítica desde a primeira temporada, lançada em 2018.

E se você ainda não deu uma chance para esse desenho incrível, você vai sair daqui com 10 motivos para fazer isso.

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É uma ideia original

Na época em que Hollywood tem passado por uma crise de criatividade, onde grande parte dos materiais produzidos para cinema e TV são adaptações, remakes e derivados, é um alívio se deparar com uma produção totalmente original como O Príncipe Dragão. Aqui não há nenhum material fonte. Trata-se de uma história nova, escrita exatamente para as telas.

A série animada conta a história de um mundo em que os humanos e os seres mágicos estão em guerra depois que o rei dragão foi morto e o ovo que continha seu herdeiro foi supostamente destruído.

Quando um grupo de elfos tentam assassinar o rei humano e seu filho em retaliação pela destruição do ovo, a jovem elfo Rayla, junto do pequeno príncipe Ezran e seu meio-irmão mais velho Callum, descobrem que o ovo de dragão não foi destruído. Juntos, eles embarcam numa jornada contra o tempo para devolver o ovo aos dragões e impedir uma guerra mortal entre humanos e elfos.

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Tem um universo rico

A gente ama um universo ficcional fantástico, não é? E claro que O Príncipe Dragão cumpre bem esse requisito.

A série é ambientada em um mundo concentrado no continente de Xadia, que é repleto de magia provinda dos seis elementos primários: o Sol, a Lua, as Estrelas, a Terra, o Céu, e o Oceano. Porém, os humanos, que não tem o dom de utilizar da magia primária, descobriram o uso da magia das sombras, cuja energia deriva da essência vital de animais e de criaturas mágicas. Por causa disso, eles foram expulsos de Xadia pelos dragões e pelos elfos para o outro lado do continente, onde eles formaram os cinco reinos humanos. Desde então, humanos e seres mágicos de Xadia não se dão bem.

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Do escritor de Avatar: A Lenda de Aang

Nenhuma semelhança com Avatar: A Lenda de Aang é mera coincidência. Na verdade, desconfiamos que O Príncipe Dragão foi feita para ser "a nova Avatar", e embora não chegue perto disso, é uma bela de uma tentativa.

E além das similaridades no estilo, temática, gênero, universo e desenvolvimento de personagens, O Príncipe Dragão e Avatar compartilham do mesmo escritor. A série da Netflix vem das mentes de Justin Richmond e Aaron Ehasz, esse último sendo um dos principais roteiristas da série da Nickelodeon.

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Os personagens são complexos

Uma das razões pela qual Avatar: A Lenda de Aang é tão aclamada é exatamente por causa do brilhante desenvolvimento de personagens, onde "mocinhos" e "vilões" passam por transformações maravilhosas e críveis durante a série. Em O Príncipe Dragão, não poderia ser diferente.

Há um cuidado em nos mostrar que todos os seres daquele mundo tem suas próprias personalidades, e quem nem sempre elas correspondem às causas pelas quais elas batalham. O maior exemplo talvez seja os filhos do Lord Viren, principal vilão da série, que são até certo ponto pessoas adoráveis mas que estão agindo "do lado errado". Até mesmo alguns personagens primariamente "bons" agem com egoísmo e por razões não muito nobres durante as três temporadas.

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A animação é de primeira qualidade

Apesar de causar estranhamento no começo, logo você se acostuma e percebe que a animação de O Príncipe Dragão é mesmo impecável. A série é criada a partir da animação 3D, mas não no modelo tradicional. Há um cuidado em fazer com que a aparência dos personagens soem como um desenho convencional 2D, misturando a modelagem 3D e a pintura à mão.

Da mesma maneira que os artistas criaram belíssimos cenários, cheio de fauna e flora encantadoras, eles também nos dão momentos maravilhosos com os personagens "humanos", com direito a cenas de ação lindas e empolgantes.

Tal qual Avatar: A Lenda de Aang, O Príncipe Dragão também tem influências do estilo anime.

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Se preocupa com a diversidade

O Príncipe Dragão é uma série do final da década de 2010, e como não poderia deixar de ser, ela assume seu compromisso com a inclusão. Neste mundo ficcional, o conservadorismo do mundo real não têm lugar.

Personagens importantes, como o rei e o príncipe de Katolis são negros, e eles não são os únicos. Há muitos coadjuvantes e figurantes negros pela série. Diferentes orientações sexuais também existem nesse mundo e são tratadas da mesma forma que a heterossexualidade convencional.

Há ainda espaço para uma grande personagem com deficiência, a general do exército humano, Amaya, que é surda, e usa a linguagem de sinais para se comunicar.

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Toca em temas pertinentes

O desenho começa à beira de uma guerra, com todas as consequências batendo nas portas dos personagens imediatamente. Temas como consciência ambiental, amizade, lealdade, honestidade, tolerância e perda são alguns dos que perpassam pela jornada dos nossos heróis.

A cada episódio, os jovens protagonistas precisam aprender a amadurecer à força diante de decisões que não são fáceis nem mesmo para um adulto. Em determinado momento, por exemplo, quando Callum implora ao rei Harrow que acabe com o conflito, o homem fala que “a grande ilusão da infância é que os adultos têm todo o poder e liberdade. Mas a verdade é o oposto: uma criança é mais livre que um rei."

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É divertida e cheia de humor

A comédia permeia toda a jornada épica dos personagens de O Príncipe do Dragão. Afinal, ainda estamos falando de um desenho animado, não é?

Em vários momentos, mesmo quando alguns personagens tem uma faca apontada para sua garganta, ou quando uma aparente vilã vê uma criatura fofinha, ou quando os personagens vão se disfarçar em meio a um lugar hostil, dá para se divertir e se encantar com eles.

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É curtinha

Nos dias de hoje, não dá para fingir que isso não importa. Cada dia que passa acumulamos mais afazeres, estamos mais sem tempo e com vontade de assistir coisas que não demandam tanto do nosso dia a dia. O Príncipe do Dragão tem até agora três temporadas, com nove episódios cada, todos eles com duração de 25 minutos em média.

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Há sempre o risco de cancelamento

A terceira temporada de O Príncipe Dragão se encerra com um cliffhanger, deixando o espectador ansiar por mais episódios. Mas com a Netflix, a gente sabe, não se brinca.

Dentro do catálogo da gigante do streaming há uma infinidade de produções originais que a empresa simplesmente não investe em divulgação, o que resulta, é claro, numa audiência baixa e consequentemente no cancelamento dessas séries. E esse pode ser o destino de O Príncipe Dragão, uma série de nicho, que pouca gente conhece, e que por isso, a cada nova temporada sofre com o risco de cancelamento.

Por tanto, se você não assistiu ainda, dê uma chance e faça parte da audiência do programa!