10 Pontos fortes e fracos de Esquadrão Suicida!

Capa da Publicação

10 Pontos fortes e fracos de Esquadrão Suicida!

Por Felipe de Lima

Atenção: Alerta de Spoilers!

Imagem de capa do item

Roteiro

Esquadrão Suicida foi anunciado em outubro de 2014, com um tempo curtíssimo entre a pré-produção e início das filmagens.

O diretor David Ayer escreveu o longa em apenas seis semanas e partiu para as gravações. Isso fica claro quando as resoluções da história são oportunas e ficam completamente aparentes.

Se na trilogia Nolan houve um cuidado para que os vícios do roteiro de David Goyer fossem mascarados, essa preocupação é ausente em Esquadrão Suicida.

Imagem de capa do item

Direção

David Ayer se tornou referência em filmes de ação depois do aclamado Corações de Ferro. A boa recepção do longa chamou a atenção da Warner e logo ele foi contratado para se tornar parte do cinema de quadrinhos. No entanto, o homem por trás das câmeras peca na criatividade.

A grande maioria das cenas são bem executadas, com destaque para todas as sequências que envolvem a equipe, mas há uma quebra de ritmo que faz parecer dois filmes diferentes. Enquanto o primeiro ato é notável por uma direção frenética, o segundo é totalmente cansativo, só voltando a empolgar quando a batalha final está prestes a começar.

Imagem de capa do item

Personagens

Apesar do roteiro não ser cativante, os personagens são bem desenvolvidos e a maioria deles representa as melhores versões de si mesmos. E é aqui que está a sustentação do filme.

A princípio, Katana, Bumerangue, El Diablo, Crocodilo e Amarra não são personagens de extrema importância dentro da história. Mas conforme a trama avança, alguns deles vão ganhando mais visibilidade e um bom entrosamento entre a equipe começa a ficar evidente.

Mesmo não sendo um dos focos de divulgação do filme, o El Diablo se mostra um dos personagens mais interessantes da trama. A Katana possui momentos inacreditáveis. Bumerangue é o alívio cômico menos forçado e o Crocodilo consegue ser engraçado e amedrontador ao mesmo tempo.

Os três principais, Rick Flag, Pistoleiro e Arlequina são quem movem a equipe. Cada um deles tem uma espécie de liderança, mas todos sabem dos riscos e isso une ainda mais o grupo.

Imagem de capa do item

Pistoleiro

Will Smith se esforça no papel de Floyd Lawton e entrega um grande personagem. Houve mudanças em relação ao material original para que uma espécie de redenção fosse adicionada. Isso funciona e ajuda a mover a trama até determinado momento, mesmo que aos poucos sua história caia no clichê.

Imagem de capa do item

Arlequina

Como ficou claro nos trailers, quem rouba a cena é a Arlequina. A personagem é corajosa e valente, fato justificado pela sua loucura, que é constantemente ressaltada durante o filme.

Margot Robbie entrega uma versão fiel e consistente da personagem. Há uma nítida diferença entre a psiquiatra e a criminosa, além de ficar claro o quanto o Coringa consegue mexer com a mente de Harley.

Imagem de capa do item

Coringa

O Palhaço do crime, entretanto, seguiu na contramão do esperado. Jared Leto entrega uma incrível performance, mas o grande problema é que o personagem não possui uma única cena memorável.

Ao assistir aos trailers, é perceptível que diversas cenas no Coringa foram cortadas, o que prejudica bastante a experiência de quem estava louco para ver a nova versão cinematográfica do criminoso.

Imagem de capa do item

Amanda Waller

É uma pena que um filme cheio de personagens femininas fascinantes acabe sendo reduzido apenas a Arlequina, que de fato, rouba a cena. No entanto, é Amanda Waller quem realmente manda na coisa toda. Ela é pior do que a equipe, se mostra inescrupulosa e má, é o tipo de diabo que não dá pra ter compaixão.

De quebra, Viola Davis entrega umas de suas melhores performances no cinema e fica aquela vontade de saber quais são os seus limites.

Imagem de capa do item

Trilha Sonora

Esquadrão Suicida tem uma trilha sonora incrível. As músicas se encaixam muito bem em determinadas cenas e, logo no início, há uma apresentação de cada membro da Força Tarefa X, que mais parece uma sequência de clipes musicais, mas funciona de maneira excelente para introduzir o Esquadrão.

A escolha das músicas são tão precisas, que parece que cada personagem tem sua própria trilha sonora. No entanto, a presença de Spirit In The Sky, de Norman Greenbaum, deve causar controvérsia entre alguns fãs.

Quanto a trilha orquestral, não há nada de memorável, mas ela é competente nos momentos convenientes.

Imagem de capa do item

Diversão

Se era diversão que faltava nos filmes da DC, Esquadrão Suicida consegue suprir essa ausência com maestria. Mesmo com a falta de coerência no roteiro, os personagens cativantes, a trilha sonora e os diálogos ajudam a colocar aquele sorriso no rosto dos fãs.

O problema, neste caso, é que grande parte das piadas já ficaram saturadas por aparecerem diversas vezes nos trailers. Logo, se você acompanhou todo o material divulgado, sua experiência tende a ser prejudicada.

Imagem de capa do item

Mas e aí?

Em resumo, Esquadrão Suicida é prejudicado pela falta de coerência e excesso de coincidências de um roteiro fraco, com uma direção pouco arriscada. No entanto, o filme acerta em cheio na dosagem de referências e conexões com o Universo Estendido da DC.

Pela primeira vez, a DC mostra potencial para conquistar no cinema uma base de fãs tão feroz quanto a da Marvel. Esquadrão Suicida é o primeiro passo pra isso devido aos personagens cativantes e à diversão que o filme entrega.

--

Esquadrão Suicida estreia amanhã em diversas salas de cinema do Brasil!