O primeiro livro da série de Christopher Paolini conta a história de um garoto que descobre um ovo de dragão e a partir daí é levado para uma aventura fantástica e perigosa. É claro que isso poderia render um ótimo filme de fantasia, mas o longa lançado em 2006 foi o contrário disso.

Acusado de sem originalidade, o longa que adapta Eragon também falha em alguns preceitos básicos que tornam qualquer filme em um filme bom: os personagens. Eles não tem nenhuma profundidade e foram totalmente descaracterizados. Além disso, também não dá para elogiar muito o CGI do filme. Se era para ser uma nova franquia nos moldes de O Senhor dos Anéis e Harry Potter, o fracasso do filme jogou por água abaixo qualquer plano.

Esse épico de ficção científica escrito e dirigido pelo cineasta David Lynch chegou aos cinemas em 1984 adaptando uma das obras da literatura mais aclamadas do gênero, o romance de Frank Herbert, publicado em 1965.

O filme, no entanto, foi um fracasso de crítica e de bilheteria. A crítica especializada massacrou a obra, chamando-a de uma verdadeira bagunça e acusando-a de não ter nenhum respeito pelo material de origem.

Os fãs do livro, no entanto, podem esperar pela nova adaptação comandada por Denis Villeneuve (Blade Runner 2049) com previsão de estreia para o fim de 2020.

Em 2007, Will Smith protagonizou o filme Eu Sou a Lenda, adaptado do livro de ficção-científica escrito por Richard Matheson. O romance pós-apocalíptico é elogiado principalmente pelo seu enredo contemplativo, filosófico e intrigante, mas o filme dirigido por Francis Lawrence transformo-o em um filme de ação genérico.

Os fãs do livro, especialmente, não conseguem engolir o terceiro ato do filme, que deturpa tudo o que a obra original se propusera a refletir.

A Bússola de Ouro é o primeiro livro da aclamada trilogia de fantasia de Philip Pullman, que ganhou um filme em 2007 estrelado por Dakota Blue Richards, Nicole Kidman, Daniel Craig e Eva Green. Apesar do filme adotar a escala épica que o livro pede, ele fracassou em algo básico: no seu conteúdo.

A versão cinematográfica é covarde o suficiente para apagar o subtexto crítico da obra de Pullman em prol de um filme "para família" com belos recursos visuais. Os capítulos finais do livro, os mais reveladores e pesados, são ignorados completamente, e o resultado é um filme oco e esquecível que jamais chega ao ponto.

Felizmente, a série lançada pela BBC/HBO no ano passado fez justiça ao livro, capturando fielmente a atmosfera do material de origem.

A Garota no Trem é um livro de suspense escrito por Paula Hawkins que se tornou um fenômeno editorial quando lançado em 2015. Mas enquanto o romance aborda essa história instigante do ponto de vista de três mulheres, o filme fracassa em estabelecer e cruzar esses três olhares diferentes nas telas.

O filme acaba soando excessivamente melodramático e se afastando cada vez mais do thriller, conduzindo o espectador por decisões que misturam previsibilidade e guinadas nada convincentes.

A Torre Negra é considerado por muitos, a obra máxima de Stephen King. E é realmente inconcebível a ideia de que essa adaptação de 2017 tenha sido tão pífia e esquecível.

Os fãs mais fervorosos da série do escritor americano não ficaram nada satisfeitos com o filme estrelado por Matthew Mcconaughey e Idris Elba, e a crítica fez coro a eles. Enquanto o livro é cheio de enredos tensos, personagens bem construídos e uma rica mitologia, o longa-metragem é considerado simplista, nada fiel ao material original e uma verdadeira bagunça.

Baseado no romance 1993 escrito por Lois Lowry, O Doador de Memórias foi lançado em 2014 e conta com um elenco de primeira, liderado por Jeff Bridges, Meryl Streep, Alexander Skarsgard, Katie Holmes, Taylor Swift e Brenton Thwaites. Porém, mesmo assim, o filme conseguiu se perder em meio a tradução das páginas para as telas.

O longa não se aprofunda nas ideias inteligentes do material original, pelo contrário, ele parece menosprezar as alegorias do texto de Lowry em detrimento de se fazer um drama distópico adolescente como vários que estavam sendo lançados nessa época.

Adaptado do livro de 2006 escrito por Max Brooks, Guerra Mundial Z chegou aos cinemas em 2013 e dividiu opiniões, desagradando especialmente os fãs do material original.

O longa alterou completamente a história do livro, e não apenas exclui personagens e tramas, como também mexeu na essência do romance. Enquanto o livro trata-se muito mais das relações humanas a partir de toda a situação da invasão zumbi, o filme faz de tudo apenas uma gigantesca sequência de cenas de ação.

Fahrenheit 451 é uma das sci-fi mais aclamadas da literatura. O romance distópico de Ray Bradbury foi lançado em 1953 e já rendeu algumas adaptações em diversas mídias diferentes, mas aqui nos concentramos na versão de 2018 estrelada por Michael B. Jordan e Michael Shannon.

Lançada pela HBO, essa adaptação acaba por mascarar vários dos pontos fortes do livro de Bradbury, deixando um monte de caminho inexplorado, sem nunca corresponder à profundidade do material base. Por fim, o filme se torna completamente esquecível.

É quase um consenso de que as adaptações cinematográficas de Percy Jackson são uma vergonha. O primeiro filme, dirigido por Chris Columbus, foi mais uma tentativa de criar um novo Harry Potter - por isso a mudança na faixa etária dos personagens -, no entanto, o resultado foi um filme fraco que desagradou a maioria dos fãs.

Personagens deixados de fora ou mudados completamente, condução desinteressante, efeitos visuais ruins, roteiro burocrático, tudo que a série infanto-juvenil não merecia ao ser levada para as telas. Ainda assim, o filme teve forças para que um segundo fosse lançado em 2013, e este serviu para enterrar de vez o interesse do estúdio de continuar a adaptar a saga de Rick Riordan.

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