O primeiro grande atrativo de Dragon Ball Super - além de ser uma continuação oficial da saga Z - é a inclusão de novas divindades no cânone. Estamos tratando agora com os Deuses da Destruição!

É algo inédito e legal ver esses seres que possuem um poder muito além de qualquer coisa que o Goku ou o Vegeta possam conseguir - em pouco tempo, pelo menos. Esses são personagens que podem destruir tudo com um toque, que precisam ser tratados com cuidado e que estão construindo, devagar, uma trama muito maior para Super.

Isso sem falar nos estilos e designs dos Deuses, que vão desde as inspirações egípcias, até robôs e palhaços.

Junto dos Deuses da Destruição, surgem os Anjos, que vão ainda além na escala de poder. São eles que treinam esses Deuses e eles respondem diretamente ao Daishinkan, o maior de todos os Anjos e conselheiro do(s) Rei(s) do Multiverso.

O melhor, aqui, é o quanto esses personagens são misteriosos. Até agora, você não consegue dizer as verdadeiras intenções do Whis, ao mesmo tempo que o Beerus tem motivações claras. Tudo isso colabora para a ideia de uma história mais complexa estar se desenvolvendo ao fundo.

Para fechar a escala de poder, não podemos deixar de citar o Rei do Multiverso, que pode apagar universos com um balançar de braços, o Zen’Oh. Obviamente, como estamos falando de Dragon Ball, ele não é o que você espera de uma figura tão magnânima.

O Zen’Oh é uma criança que carrega o maior poder de todo Multiverso - pelo menos, é o que ele transparece até agora. Ele é pequeno, infantil, estranho e parece, só parece, inofensivo. Se não tivéssemos visto as extensões de seus poderes no fim da Saga do Trunks do Futuro, dava até para duvidar de sua capacidade.

Porém, ele é exatamente o que dizem e isso torna tudo muito mais ameaçador e lança um mistério sobre onde a trama quer chegar.

Pessoalmente, o que me deixa mais animado sobre Super é a ideia do Multiverso de Dragon Ball. A nova história coloca que existem 12 Universos - o que conhecemos até agora é apenas o 7º.

Cada uma dessas dimensões possui particularidades, seres completamente distintos e histórias que poderiam render algunS spin-offs (tramas paralelas que acontecem no mesmo universo) para Dragon Ball.

Introduzir isso na narrativa é exatamente abrir espaço para explorar TODAS as possibilidades malucas que uma mitologia como a de DB pode oferecer.

Considerando toda a história até agora, você deveria dar uma chance para Super apenas pela saga do Trunks do Futuro. É uma trama diferente de qualquer outra que Dragon Ball já apresentou: seja na narrativa, no vilão, na ameaça ou até em como os heróis encaram tudo isso. É tudo novo.

Diferente da saga da “Batalha dos Deuses”, “Renascimento de F” e do “Universo 6”, que tinham coisas muito comuns com o que conhecemos de Z, a nova aventura do Trunks do Futuro toma caminhos distintos, trabalha linhas temporais e o desenvolvimento do Trunks junto dos protagonistas. Sensacional é pouco.

Sobre a Saga do Trunks do Futuro, um dos maiores atrativos é o vilão da história, o Goku Black. Começa pelo fato de ele ser idêntico ao Goku, mas aí a trama vai se desenrolando e descobrimos que tudo aquilo são consequências, tanto da saga do Cell, quanto das ações dos personagens naquele momento.

Assim conhecemos o Zamasu, que era um aprendiz de Kaioshin que foi corrompido pela dúvida e ódio aos mortais. É uma ideia de anjo caído, que difere bastante dos alienígenas que eram os vilões principais até agora. E ele é tão maligno quanto qualquer um dos melhores, como o Boo, Cell ou Freeza.

A nova saga de DBS vale muito uma menção também. Afinal, é através dela que estamos explorando o Multiverso Dragon Ball, vendo os Guerreiros Z fazerem as alianças mais inusitadas e os treinamentos mais absurdos para conseguir poder. Além dessa ser a maior ameaça de toda a história do anime.

Dessa vez, não é a Terra que pode deixar de existir; são todos - bom, quase todos - os Universos. O desenvolvimento dos mortais não estava agradando o Zen’Oh e ele também estava entediado, então, para resolver os problemas, ele montou o Torneio de Poder entre os Universos, onde as dimensões perdedoras são eliminadas.

Assim, temos a saga da Sobrevivência Universal e não fazemos a mínima ideia de como tudo vai acabar.

Para a nova saga, o anime apostou em algo que muitos, muitos fãs estavam chorando desde o fim de Z: mostrar o verdadeiro potencial do Gohan, que sempre foi indicado, mas nunca totalmente explorado.

Assim, com uma ameaça dessa proporção, o rapaz é forçado a criar vergonha na cara e voltar a treinar, retomar seu Espírito de Luta, para salvar sua família e o próprio universo.

Nessa já tivemos o retorno da forma mística do Gohan e indicações de uma nova transformação vindo - além de vários momentos bacanas do treinamento dele com o Piccolo, pelos velhos tempos.

Falando em Saiyajins, lá atrás, na saga do Universo 6, descobrimos que na dimensão irmã do 7 a raça Saiyajin ainda existe. Não só isso, como eles são mais evoluídos, pacificadores e não possuem rabo.

A introdução do Kyabe foi uma das melhores coisas daquela aventura, principalmente pelo relacionamento dele com o Vegeta e o Príncipe Saiyajin dando umas lições de orgulho e de como se transformar para o rapaz.

Daí, na nova saga, surgem as primeiras super saiyajins da história de Dragon Ball, Caulifla e Kale, com direito a transformação Lendária. Não dá pra dizer mais nada, só sentir. Já queremos, pra ontem, uma saga só com Saiyajins.

O que vocês precisam entender de Super e que talvez seja mais atrativo que tudo isso, é que essa é a primeira vez que o Goku não é o ser mais forte de toda a história.

Além dos Deuses da Destruição, dos Anjos, do Zen’Oh, os outros Universos parecem ter candidatos fortíssimos para bater de frente com o protagonista. Também, pegando como exemplo a saga do Trunks, estamos vendo os problemas sendo resolvidos por outras pessoas que não são o Goku.

É uma valorização dos outros personagens, ainda que você mantenha a figura do protagonista. Isso é algo que dá mais sabor para a história, não depender apenas de um cara ou não ser tão previsível.

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