10 Motivos pelos quais você precisa assistir Mad Max: Estrada da Fúria!
10 Motivos pelos quais você precisa assistir Mad Max: Estrada da Fúria!
Trinta anos atrás foi lançado o terceiro filme da franquia Mad Max, e por trinta anos não houve algo que revolucionasse o cinema de ação da mesma maneira que primeiro Mad Max fez 1979.
Os fãs haviam perdido as esperanças de que um novo filme da franquia fosse lançado. Apesar de que na década passada muito se falou sobre uma nova parceria entre o diretor George Miller e o astro Mel Gibson, que foi o Max original e inesquecível, diga-se de passagem. O ator estava escalado para o novo filme, que na época se chamaria Mad Max: Furiosa, porém alguns problemas pessoais e a idade avançada fizeram com que Gibson e Miller decidissem que era hora de passar a tocha para um ator mais jovem.
Em 2011 Tom Hardy foi escolhido como o novo guerreiro da estrada, e desde então, foram necessários quatro anos para que o filme finalmente ficasse pronto. Óbvio que toda essa espera deixou os fãs cada vez mais ansiosos. O resultado não poderia ser outro; Mad Max: Estrada da Fúria é o melhor filme de ação dos últimos anos, e a concorrência vai ter correr contra o tempo se quiser superá-lo.
Ação
Mad Max: Estrada da Fúria é grandioso, é bonito, é criativo e cheio de cenas de ação de tirar o fôlego. Arrisco-me a dizer que são as sequencias de ação mais vivas já feitas, levando a composição a ter um tom poético.
George Miller se prendeu ao maior nível de realismo possível para esse filme; não existem limites para a ação, provando de uma vez por todas que é possível mudar esse mundo dominado pelo CGI. A parte impressionante da postura de Miller é que as perseguições de carro, as explosões, as batidas nos prendem na poltrona... É impossível não se convencer de que aquilo é real.
Personagens
Tom Hardy, por sua vez, faz uma bela performance no papel de Max, mas a verdadeira estrela do filme é a heroína, durona e desafiante, interpretada por Charlize Theron, a Imperatriz Furiosa. Ela quase não fala, mas seus ideais e motivações são tão bem trabalhados, que não existe a necessidade de nos entregar tudo. Aliás, ponto extra pra beleza dessa mulher.
Fica claro que George Miller quis se desprender dos estereótipos do gênero, nos surpreendendo positivamente com a importância de suas personagens femininas. A Imperatriz Furiosa não é a donzela em perigo; na verdade ela é quem pisa no acelerador; ela é quem revoluciona.
Feminismo mostrado da maneira correta
Não era esperado que Mad Max fosse um Blockbuster feminista, especialmente pelo fato de poucos diretores se arriscarem a desafiar as definições de gênero.
O deserto, a violência, os carros, tudo poderia aportar para o maior nível de testosterona possível, mas a verdade é que tudo fica muito bem equilibrado. Miller soube abraçar a causa e colocar personagens femininas fortes, sem nos enfiar sua visão de mundo goela a abaixo.
Inesperado
Talvez a melhor coisa sobre Mad Max: Estrada da Fúria é que ele vai à contramão do que o espectador espera atualmente; não existe tempo pra descanso, e não precisa; a tensão da velocidade, ação e violência nos colocam em um caminho totalmente inesperado. Tudo o que foi mostrado nos trailers acaba em uma hora de filme, daí pra frente nós temos mais uma hora de material novíssimo. Miller conseguiu nos vender as melhores cenas de perseguição com carros sem abusar no material promocional.
Pouco CGI
É de consenso geral que Miller e sua equipe fizeram um trabalho inacreditável nas cenas de ação. A resistência do diretor para com o uso de CGI nos prova sua dedicação em fazer o melhor filme possível. Foram necessários 138 dias para filmar uma única sequência, que você com certeza reconhecerá quando assistir.
É claro que existe CGI, é praticamente impossível não serem necessários alguns retoques, mas seu uso é mínimo, quase não é reconhecido, não é aparente; exatamente da maneira que o CGI, em tese, deveria funcionar.
Trilha sonora
A edição de som do filme é indescritível de tão boa. Junkie XL fez o melhor trabalho de sua carreira, a trilha sonora é uma obra prima.
Não tem uma faixa de áudio que seja descartável; tudo se encaixa perfeitamente com esse mundo pós-apocalíptico. Ponto para o mutante com a guitarra de dois braços que cospe fogo e rouba a cena com arranjos fenomenais.
Atmosfera
A reprodução de Mad Max: Estrada da Fúria na tela pode ser facilmente comparada a uma pintura surrealista, o tom amarelo desértico logo é contrastado com verde, cinza vermelho e preto. As cenas que se passam durante a noite possuem cores tão frias, que fazem com que seja possível sentirmos o que os protagonistas sentem. É como se nós fossemos transportados para aquela atmosfera.
Hobbes
Mesmo sendo um Blockbuster, Mad Max: Estrada da Fúria é um filme que tem algo a dizer. O homem é a causa, e o apocalipse é a consequência; é algo rude, porém reflexivo. Miller conseguiu reimaginar brilhantemente sua própria criação. Sua visão pós-apocalíptica coloca um ser humano irracional e mal por natureza, que é capaz de fazer de tudo pela sobrevivência, tal como a ideia que o filósofo Thomas Hobbes defendia.
Diretor
Apesar do Mad Max original de George Miller não ter tido a mesma quantidade de adoradores que o outro George teve em Star Wars e Indiana Jones, seus filmes são sempre lembrados.
Miller não fazia filmes de ação há duas décadas, mas todo esse tempo serviu pra que ele criasse algo único; a maior obra de sua vida, seu trabalho definitivo. Ele prova que mesmo aos 70 anos de idade, é mais atual que muitos diretores.
3D
O 3D do filme também conta muito, principalmente pela visão que nós conseguimos ter do horizonte; Não se assuste caso tenha que desviar de um volante sendo arremessado na sua direção.
Diferente de seus contemporâneos, Mad Max: Estrada da Fúria sobreviverá muito bem ao tempo, sejamos honestos; efeitos visuais ficam ultrapassados, genialidade não!
TESTEMUNHE!