10 motivos pelos quais você precisa assistir a Fugitivos!
10 motivos pelos quais você precisa assistir a Fugitivos!
Ainda não começou a assistir? Está perdendo tempo!
Lançada na metade do mês passado, Fugitivos já está em seu sexto episódio e é, atualmente, uma das melhores estreias da Marvel na televisão. A série tem conquistado os fãs por manter-se extremamente fiel à obra de Adrian Alphona e Brian K. Vaughan, ao mesmo tempo em que dá uma nova atualização para esses personagens.
Caso você conheça os Fugitivos das HQs – ou mesmo que não faça ideia de quem são -, mas ainda não sabe se deve ou não ver a série, separamos dez motivos especiais pelos quais você merece dar uma chance à nova co-produção da Marvel Television e da Hulu!
Créditos: Divulgação (Hulu, Marvel Comics)
Uma série mais isolada...
Por mais que uma das grandes críticas às séries de TV do Universo Cinematográfico da Marvel seja a falta de conexão com os eventos dos filmes, Fugitivos usa esse "defeito" ao seu favor, quase como um mérito próprio. A série consegue se passar em um universo mais isolado, sem deixar de fazer referências quando necessário, mas com um foco muito maior em criar sua própria história e a trajetória de seus personagens.
Além disso, o fato dela se passar em Los Angeles - uma locação incomum para os outros filmes do MCU - ajuda a trazer um nível maior de isolamento, sem que isso seja prejudicial ou interfira na criação desse universo compartilhado. Assim como nas HQs, Fugitivos sobrevive pelas margens, e faz isso de uma forma excepcional.
Adolescente, mas madura
Toda vez que surge uma matéria nova de Fugitivos nos comentários, muitos de vocês falam as mesmas coisas: "Adolescente demais para o meu gosto. Parece série da CW." E eu entendo caso isso seja questão de gosto, afinal de contas, vocês são livres para acharem o que quiser. Contudo, Fugitivos consegue equilibrar tudo de uma maneira extraordinária.
Sim, não deixa de ser uma série adolescente, até porque esse é o foco dos personagens e de suas tramas. Mas a série trabalha temas da juventude com uma maturidade inédita nesse "gênero" de super-heróis. As tramas tangenciam assuntos pesados, sem afastar o público mais novo, mas também sem soar bobinho e inocente demais para os fãs mais adultos.
Sem medo de mostrar poderes
Enquanto a Marvel Television tem sofrido baixas pesadas com séries como Inumanos e Punho de Ferro, que parecem ter medo de abraçar todo o potencial fantástico de seus personagens, Fugitivos reconhece suas origens nas HQs e não tem medo de fazer isso da forma mais sincera o possível, respeitando o legado desses heróis, ainda que eles sejam relativamente novos.
Em seis episódios, já vimos quase todos os personagens usando seus poderes, habilidades, apetrechos místicos ou tecnológicos, ou apenas esbanjando inteligência e dons estratégicos. E tudo isso é feito de forma que sirva para movimentar a história, sem soar "pseudo-realista" demais ou "tão-fantasiosa-que-chega-a-ser-brega".
Efeitos visuais caprichados
Além disso, a Hulu tem feito algo de diferente em relação às outras emissoras e plataformas de exibição das séries que se passam no Universo Cinematográfico da Marvel. Apesar do orçamento visivelmente limitado, vemos aqui que o foco é criar efeitos críveis e realistas, por mais que, vez ou outra, isso não possa ser mantido pela cara necessidade de CGI.
Um dos exemplos mais importantes disso tudo está em Alfazema, que apesar de ter retoques em computação gráfica, está sendo mais utilizada através de efeitos práticos e marionetes, o que gera um nível de realismo e profundidade em cena maior do que poderíamos esperar. A equipe da série está multiplicando pães e peixes e realmente fazendo mais com menos.
Subverte clichês!
Sabe o valentão atleta? A garota emo com um passado obscuro? A patricinha metida? Ou o líder estrategista com segredos na manga? E que tal a jovem irritante e amável, ou a rebelde por uma causa nobre? Então, Fugitivos explora todos esses arquétipos de personagens, até mesmo caminhando na linha do clichê.
A diferença é que a série, assim como as HQs, sabe subverter esse tipo de clichê, adicionando elementos que dão profundidade e complexidade para os personagens. E se o valentão fosse, secretamente, super-inteligente? E se a patricinha metida tivesse sua vida destroçada por segredos e precisasse se descobrir novamente? E se a rebelde evitasse a todo custo ser o que ela mesmo critica? São perguntas respondidas brilhantemente no desenrolar da trama.
Uma trama de personagens
O que nos faz apaixonar por filmes e séries de super-heróis, sobretudo se eles trabalham em equipes, é justamente a qualidade dos personagens que nos são apresentados. E Fugitivos é uma das poucas séries que sabe trabalhar isso de forma orgânica e natural, usando as HQs como uma base simples para construir um território firme ao redor desses personagens.
Por mais que as cenas de ação e o uso dos poderes sejam grandes atrativos, os melhores momentos da série acontecem quando toda a equipe está reunida e interagindo, seja em conversas despretensiosas ou em planos arriscados para desmascarar os seus pais. São esses momentos que fazem a trama caminhar e que geram elementos verdadeiramente memoráveis.
Destaque equivalente para os vilões
E se os heróis são peças fundamentais de uma história, por outro lado, eles só são tão interessantes quanto os vilões que precisam enfrentar. E a série sabe disso como ninguém. Uma das maiores diferenças em relação às HQs, mas que funciona de forma arrebatadoramente positiva é o foco equivalente nos pais dos Fugitivos, que ajuda a construir suas motivações e seus planos de forma clara.
Se, nas HQs, é muito fácil odiar Victor Stein ou os pais de Alex Wilder, a série nos dá motivos mais concretos para entendê-los e ver o que os levou até onde estão. Particularmente, arrisco a dizer que consigo até mesmo sentir empatia e compaixão por alguns dos vilões, como os Yorkes, Robert Minoru e Janet Stein.
Alfazema!
É bem difícil acreditar que você possui um coração se você não se derrete com a foto dessa bebê maravilhosa que é Alfazema. Tudo bem que um dinossauro já é uma boa prerrogativa para assistir qualquer coisa, mas um dinossauro geneticamente modificado, com piercing no septo e elo telepático com uma das protagonistas é quase uma sirene indicando que você está errado de não ter começado a ver a série ainda.
Tudo bem que ela não aparece muito, a princípio. Mas ainda assim, suas participações são críveis, impactantes e importantes, de forma que ela não é apenas um fan service e terá grande utilidade no futuro, ao contrário de um certo cachorro teletransportador por aí...
Fidelidade às HQs...
De todas as séries da Marvel até o momento, nenhuma - com exceção de, talvez, apenas a primeira temporada de Jessica Jones - mostrou tanto interesse em se manter fiel e próximo aos quadrinhos como Fugitivos. Se você é fã de longa data da equipe, vai reconhecer detalhes e diálogos tirados perfeitamente das revistas, de uma forma que realmente honraria Adrian Alphona e Brian K. Vaughan.
Por mais que a trama esteja seguindo seu caminho e traga algumas divergências, os personagens - principalmente os seis Fugitivos originais - estão completamente fieis à sua essência tradicional, o que pode ser uma boa notícia para quem prefere obras com um nível maior de fidelidade à fonte.
... e novos elementos!
Mas, se você têm medo de ler apenas uma réplica das HQs, pode perder esse receio exatamente agora, uma vez que Fugitivos também insere elementos novos e envolventes o suficiente para capturar a imaginação e a audiência do público, ao mesmo tempo que nos recompensa com boas surpresas e reviravoltas marcantes.
Nada aqui é acrescentado apenas pelo valor de choque, e a maior parte das mudanças têm uma importância estrutural na construção da narrativa, fornecendo perspectivas únicas para personagens como Karolina e Molly, além de remodelar toda a interação delas com a equipe e com os vilões.