10 motivos pelos quais as séries são o melhor do Universo Cinematográfico da Marvel!

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10 motivos pelos quais as séries são o melhor do Universo Cinematográfico da Marvel!

Por Gus Fiaux
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Múltiplos holofotes

Diferente dos filmes, as séries de televisão não se restringem à uma necessidade limitada de produzir filmes que precisem render um bom lucro para a Marvel Studios ou justificar sua existência apenas por constar como importante capítulo do Universo Cinematográfico da Marvel.

Isso gera a margem para que as séries possam adaptar e dar destaque a personagens menos influentes dos quadrinhos, ou que até fizeram sucesso no MCU mas jamais teriam a capacidade de carregar um filme próprio nas costas.

Exemplos disso são Luke Cage, Jessica Jones e Agent Carter, que conseguiram, através da televisão, se manter por um bom tempo, sem a necessidade de orçamentos multimilionários e um público tão urgente quanto o do cinema, enquanto nos presenteava com ótimas histórias.

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Resgate

Apesar de ser pioneiro no que faz, o Universo Cinematográfico da Marvel está longe de ter sido o primeiro a abordar alguns personagens da editora em mídias fora dos quadrinhos. E, infelizmente, alguns casos causaram arrependimento para os estúdios que adaptaram esses personagens antes.

Porém, as séries têm servido como um ótimo termômetro para "resgatar" esses personagens que já foram adaptados, sem arriscá-los novamente em um filme próprio. É o caso do Justiceiro, do Demolidor e até mesmo do Motoqueiro Fantasma - embora este último, em uma versão diferente da que foi adaptada nos filmes.

Além disso, as séries de TV possuem um modelo diferente - mais episódios, mais tempo de tela - que permite com que os criadores possam experimentar novas adaptações para esses personagens, fugindo do que já foi feito e recriando com sucesso alguns ícones das HQs.

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Senso de urgência menor

Como mencionamos anteriormente, os filmes do Universo Cinematográfico da Marvel existem sob rígidas normas. Eles precisam ter uma prerrogativa para existirem, precisam fazer um determinado sucesso de público e, principalmente, precisam ter um papel determinante dentro desse Universo.

Por não dependerem tanto desses fatores, as séries podem ser mais experimentais, buscando temas e abordagens menos urgentes para o Universo Cinematográfico. E os maiores exemplos disso estão em Agent Carter e *Agents of S.H.I.E.L.D."

Ali, experimentamos um ângulo da Marvel que jamais teríamos a oportunidade nos cinemas: analisando conflitos menos megalomaníacos e abordando recortes temporais que já não têm relevância no universo extensivamente construído nos filmes.

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Conectividade

Por mais que o cinema não reconheça tanto o que surge das séries, o contrário não é verdadeiro. Na realidade, é justamente o segmento televisivo do MCU que ajuda a criar a maior coesão entre todas as franquias ali criadas.

Isso tudo começou em Agents of S.H.I.E.L.D., que a princípio, era apenas uma derivada dos acontecimentos dos filmes. Com o tempo, a série ganhou vida própria, funcionando interdependentemente do cinema, mas sempre referenciando acontecimentos e eventos abordados nas telonas.

As séries seguintes se mantiveram na mesma linha, co-existindo com os filmes e mantendo suas próprias narrativas, enquanto ao mesmo tempo, faziam breves - e inteligentes - menções aos personagens e fenômenos dos filmes, sem que o público precisasse assisti-los para entender tudo que acontecia.

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Realismo

Em termos de abordagem, pode-se dizer que todas as séries do MCU - e não apenas as do Netflix, como também as da ABC - são as que mais se assemelham ao mundo real, criando um fenômeno de identificação mais abrangente, ao mesmo tempo que conseguem ser tão escapistas quanto os filmes.

E isso parte de vários fatores: os temas abordados são muito presentes no cotidiano, a diversidade representativa no elenco e nos personagens e, por fim, os heróis e vilões abordados fogem um pouco da divindade dos heróis e vilões dos cinemas - ainda que alguns possuam super-poderes irreais.

Tudo isso contribui para que as séries consigam falar mais diretamente com o público que os filmes, ainda que o cinema continue se mantendo como principal pilastra do MCU.

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Amadurecimento

Um fenômeno observado principalmente na Netflix - embora Agents of S.H.I.E.L.D. também tenha seguido por esse viés nas suas últimas temporadas - é a constante abordagem mais madura das séries em relação aos filmes.

Isso acontece porque, diferente do produto lançado nos cinemas, as séries não precisam ter uma classificação indicativa baixa para conseguir chamar públicos de todas as idades. Dessa forma, restringindo seu público consumidor, o material televisivo pode abordar temas mais maduros e fazer isso de uma forma mais adulta.

Os níveis de violência são maiores - o que é interessante, pois mostra uma dimensão mais ampla desses heróis da Marvel -, bem como o uso de palavrões e sexo - criando todo o senso de realismo que já foi mencionado anteriormente. Claro que nada disso é necessário para se fazer um bom produto, mas ajuda bastante a inovar no mercado.

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Desenvolvimento de personagens

Há uma diferença considerável entre filmes e séries, seja dentro do MCU ou não: um filme te prende por duas horas, onde ele precisa resolver todos os seus problemas e trazer soluções rápidas para os dilemas de seus personagens. Numa série, isso não existe, já que acompanhamos mais de um personagem por bem mais que duas horas.

Dessa forma, o desenvolvimento dos personagens se torna ainda mais essencial, já que temos tempo bastante para conhecer um novo personagem e entendê-lo. E isso gera algo bem interessante: as séries acabam de um jeito que as cenas de ação, embora atrativas, não são o "ponto alto" de suas temporadas.

Às vezes, é nos diálogos e ações menores que vemos o desenvolvimento das tramas e personagens, e isso é um ponto extremamente positivo, já que o cinema acaba trazendo histórias rápidas demais, em alguns casos tornando-as rasas.

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Vilões e antagonistas

É um consenso geral entre a maior parte dos fãs que os filmes da Marvel têm um ponto fraco em comum: seus vilões. Em menos de dez anos, o estúdio produziu heróis memoráveis, mas a grande parte de seus antagonistas eram descartáveis.

Contudo, as séries de TV vieram para mudar esse status. A começar por Demolidor que apresentou o Rei do Crime e Jessica Jones com o Kilgrave. Aos poucos, as séries trouxeram antagonistas humanizados, mas bem desenvolvidos e ameaçadores, como foi o caso de Grant Ward em S.H.I.E.L.D.

Além disso, as séries conseguiram se livrar de um problema recorrente nos filmes: o "vilão que é a versão maligna do herói". Aqui, cada antagonista tem sua própria identidade e habilidades, sem ser uma cópia reversa de seus opositores.

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Desbravando novos territórios

Justamente por apresentar mais tempo de tela, as séries conseguem apresentar novos temas e elementos dos quadrinhos com uma facilidade maior que a dos filmes, até mesmo abrindo as portas para que esses personagens sejam abordados no futuro.

E nenhum exemplo encaixa tão perfeitamente nesse ponto quanto Agents of S.H.I.E.L.D., que em três temporadas, conseguiu apresentar Inumanos, Kree, subdivisões da HIDRA, Deathlok e outros elementos e agora está abordando o "Motorista" Fantasma.

Outro ponto positivo nisso é a expansão desse universo cinematográfico, recuperando elementos dos quadrinhos que, normalmente, não teriam espaço nos cinemas por não chamarem tanto a atenção quanto outros carros-chefe da editora.

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Heróis?

Um dos lados mais interessantes das séries televisivas - todas as lançadas até agora, pelo menos - é que diferente dos filmes, o fator "humano" sempre está acima do fator "super". Não importa quais os poderes de cada herói ali, eles sempre serão pessoas por baixo, com dilemas de pessoas normais.

Sejam nos agentes secretos de S.H.I.E.L.D, na trama progressiva e feminista de Carter, no emaranhado judicial que é Demolidor, na história sobre agressão e relacionamentos abusivos de Jessica Jones, ou no poder da comunidade de Luke Cage, os personagens ali presentes servem mais como alegoria do que como verdadeiros símbolos heroicos.

E isso acaba conferindo uma profundidade maior do que qualquer outro filme já produzido pela Marvel Studios e pelas rivais. Trata-se de um nível de estudo de personagem que é recorrente nos quadrinhos, mas que quase nunca é bem transpassado para as telonas. E é um dos motivos pelos quais as séries estão bem mais à frente que os filmes.