10 Motivos pelos quais a primeira temporada de Demolidor é a melhor coisa do Universo Marvel!

Capa da Publicação

10 Motivos pelos quais a primeira temporada de Demolidor é a melhor coisa do Universo Marvel!

Por Felipe de Lima
Imagem de capa do item

Urbana

O final do primeiro filme dos Vingadores deixou muitos resquícios difíceis de serem abordados na megalomania das produções da Marvel Studios. Enquanto os grandes super-heróis voam pelos céus como um sinal de esperança, os vilões se aproveitaram da destruição causada pela batalha de Nova Iorque para enriquecer.

Demolidor acerta por mostrar o outro lado da moeda, onde as ações dos super-heróis tem grandes consequências nas vidas das pessoas comuns e que, apesar de toda iconografia em torno da imagem dos Vingadores, eles não têm poderes para curar as falhas humanas que geram desvios de caráter e corrupção.

Imagem de capa do item

O Elenco

O Universo Cinematográfico da Marvel foi extremamente feliz em escolhas de elenco ao longo de nove anos de existência. Demolidor não vai na contramão deste quesito.

Charlie Cox se tornou o Matt Murdock ideal, Elden Henson faz um Foggy Nelson de uma fidelidade absurda, Deborah Ann Woll conseguiu nos transmitir toda a profundidade de Karen Page, enquanto Rosario Dawson que, foi inicialmente pouco utilizada, mostrou um pouco de luz ao vigilante. No entanto, ninguém se compara a Vincent D’Onofrio como o Wilson Fisk. Ao acompanhar a evolução do Rei do Crime, é de ficar boquiaberto com o quão perigosa a presença do ator em cena pode ser.

Imagem de capa do item

A profundidade dos personagens

Demolidor consegue fazer com que o espectador se conecte muito facilmente aos personagens, criando um vínculo emocional com cada um deles.

Tanto o Demolidor quanto os personagens de apoio são muito bem desenvolvidos. A relação entre Matt e Foggy é extremamente convincente em relação a amizade dos dois, até mesmo Karen se torna muito mais que interesse amoroso. Wilson Fisk começa a série meio sem rumo, digno de pena. Isso acontece porque ele é apresentado pelo olhos de Vanessa e é de acordo com a visão dela que a evolução de Wilson evolui ao ponto de conseguir aterrorizar qualquer pessoa com apenas um olhar, um genuíno vilão.

Imagem de capa do item

Uma origem diferente

Histórias de origem tendem a se desgastar pela repetição e saturação de alguns elementos universais usados nas adaptações de histórias em quadrinhos. A história de Frank Miller e John Romita Jr., entretanto, quebra tantos paradigmas que é digna de ser contada.

Por não seguir uma narrativa linear e aproveitar do recurso de flashbacks em momentos-chave, Demolidor não deixa o espectar sobrecarregado com o conteúdo e consegue gerar interesse para acompanhar uma jornada de herói nada peculiar.

Imagem de capa do item

A realidade

A Marvel no cinema é deslumbrante. Ver os Vingadores Unidos para salvar o mundo é uma das melhores experiências cinematográficas que qualquer fã pode ter, mas a sensação de realidade é quase ignorada pelas produções.

Demolidor não é sobre isso. A série tem uma base cravada na realidade e consegue usar isso a seu favor para guiar e estabelecer um protagonista com habilidades especiais. Mesmo com algumas coisas exageradas dos quadrinhos, não há nada que fuja absurdamente a realidade. O crime e quem se beneficia dele são o problema. Hell's Kitchen é o palco e a guerra urbana move a história.

Imagem de capa do item

Uma história fechada

Não é à toa que a primeira temporada de Demolidor é qualificada como um filme de 13 horas de duração. Todo esse tempo - e poderia ser menos - conseguiu estabelecer personagens, explorar facetas ocultas e investir em uma trama principal interessante o suficiente para se estender pelos 13 episódios até finalmente chegar à uma conclusão.

Imagem de capa do item

O conjunto funciona

A Marvel se distanciou da ideia de que apenas um herói é necessário para salvar o dia. O Capitão contou com a ajuda da Viúva Negra no seu segundo filme e o Homem de Ferro se alia com Rhodes de vez em quando. Até mesmo o Thor terá a ajuda do Hulk no terceiro filme.

A primeira temporada de Demolidor não deixou isso de lado, Matt precisou de uma equipe para conseguir se manter são. Foggy, Matt, Karen e Ben trabalham muito bem juntos, sendo todos peças essenciais no quebra-cabeça.

Violência

Apesar de carregar o selo da Marvel, Demolidor definitivamente não é um programa de família. As coreografias da série são tão admiráveis, que superam qualquer filme de grande orçamento produzido pelo estúdio.

As lutas em Demolidor são orgânicas e cheias se significado, cada soco é tomado e cara feridas é sentida. A sequencia do aeroporto em Capitão América: Guerra Civil é eufórica, mas não tem o mesmo peso de ver Matt Murdock enfrentando dezenas de capangas para resgatar uma criança sequestrada.

Imagem de capa do item

Consequências

Matt confessa suas ações a um Padre sempre que pode, a figura religiosa serve de guia para algumas ações de Matt, principalmente se referindo às consequências que tais ações podem ter.

Consequências são palpáveis na primeira temporada de Demolidor, as mortes são reais e decisões ruins podem reverberar por muito tempo. Há um sentimento de impotência que permeia a vida de Matt Murdock. Nem todas as pessoas podem ser salvas.

Imagem de capa do item

Uma influência

A partir de certo momento, a primeira temporada de Demolidor abandonou completamente os clichês de séries de heróis, seguindo seu próprio caminho, sem se importar com as amarras, sendo única, madura, bem escrita, bem atuada e brutal.

Na época em que foi lançada, não haviam referências de gênero suficientes para se basear e a primeira temporada de Demolidor definiu conceito praticamente inédito dentro de séries do tipo criando um tom e deixando um legado a ser seguido por produções além do âmbito de quadrinhos.