O argumento mais utilizado pelos fãs de SHIELD é: A série melhora depois do 1x17/Crossover com Capitão América. O episódio, intitulado Turn, Turn, Turn, mostra uma grande batalha no Hub da S.H.I.EL.D. enquanto a Hydra ataca.

Amigos se tornam inimigos e a série realmente desenvolve-se muito bem a partir desse episódio. Claro que existem ótimos episódios antes desse, como o 1x06 “FZZT” e o 1x13, “T.R.A.C.K.S.”, contudo o crossover com o segundo filme do Capitão América se destaca principalmente ao revelar que um dos principais personagens é, na verdade, um traidor!

Uma das coisas que mais decepcionou grande parte dos fãs no início é que muitos esperavam constantes aparições do Homem de Ferro, Capitão América e Thor. Isso nunca aconteceu, afinal, esta jamais foi a proposta da série.

Contudo, após o péssimo episódio crossover com Thor: O Mundo Sombrio, SHIELD aprendeu a fazer episódios crossovers. O já citado 1x17 faz isso perfeitamente, assim como uma trama desenvolvida na segunda temporada que leva diretamente aos eventos de Era de Ultron.

SHIELD não espera mais que o filme ocorra para criar uma trama a partir dele, mas sim tenta entrelaçar seus personagens e missões para que os fãs saibam o que está ocorrendo, mas que o telespectador ocasional - que ainda não viu o filme - possa acompanhar a série e aproveitá-la, sem sentir-se forçado a ver todos os filmes da Marvel.

Desde a primeira temporada era prenunciado que teríamos alguma trama envolvendo os Kree, logo no início da segunda fomos apresentados do “Divinador”, no meio da mesma, ao Terrigênio e aos Inumanos!

A mitologia Kree sempre esteve presente. Raina já falava dos “anjos azuis” que desceram dos céus, Lady Sif havia garantido que Krees não haviam vindo para a Terra, porém já sabíamos que o soro que ressuscitou Coulson e salvou Skye veio de um alien azul e, possivelmente, Kree.

Ao final da segunda temporada, os fãs foram apresentados a uma pequena facção de Inumanos que, mesmo sendo gentis e interessantes, acabaram se tornando os grandes vilões da temporada, em uma fantástica reviravolta!

Uma das coisas que mais se criticava no início de Agents of S.H.I.E.L.D. era como os personagens não tinham uma boa química, e as interações pareciam forçadas... Isso pois elas realmente eram e deveriam ser forçadas! Coulson montou uma equipe de pessoas que, simplesmente não queriam estar em uma equipe, mas aos poucos a amizade e o sentimento de família foi crescendo e há um bom tempo temos um grande sentimento de união quando assistimos a série.

Daisy/Skye funciona perfeitamente bem com qualquer outro personagem; FitzSimmons é facilmente o grande relacionamento da série e a maneira o qual ele foi desenvolvido é fantástica; Coulson e May, Fitz e Mack, Bobbi e Simmons... qualquer combinação feita na série mostra a química gigantesca de todo o elenco e como eles funcionam bem juntos, sendo uma verdadeira equipe.

As melhores adições da segunda temporada não podiam ficar de fora. Hunter apareceu logo no começo, um mercenário que está sempre fazendo comentários sarcásticos e falando mal de sua ex-esposa, que descobrimos mais tarde ser Bobbi Morse, a Harpia.

Eles formam uma fantástica dupla, brigando como um casal de velhos rabugentos e rendendo momentos divertidos e emocionantes. Não é à toa que, possivelmente, eles ganharão um spinoff chamado “Marvel’s Most Wanted”.

Mesmo o grande mistério do início de Agents of SHIELD ser a ressureição de Coulson, Skye é o grande catalizador. Em busca de sua verdadeira origem, ela acaba conhecendo seu pai, um cientista louco e psicótico, ganhando habilidades inumanas, conhecendo sua mãe e, após diversas outras decepções, toma a alcunha de Daisy Johnson e está prestes a começar sua história como Tremor.

O desenvolvimento da personagem de Chloe Bennet - como a jovem e rebelde hackerativista para a incrível e talentosa agente da S.H.I.E.L.D. culminando em uma poderosa heroína; é facilmente a grande narrativa da série e mesmo que Coulson seja o “principal protagonista”, todos sabemos que Daisy Johnson é a verdadeira condutora da história.

E do que adianta um elenco divertido e talentoso, ótimos efeitos visuais e especiais, inumanos, selo Marvel e todo o resto se não há um roteiro bom o suficiente para amarrar tudo isso?

Jed Whedon e Maurissa Tancharoen fazem um ótimo trabalho juntos. Dollhouse, o primeiro trabalho do casal, é considerado um clássico cult nerd e não é difícil entender o motivo. Além disso, eles se mantem fiéis a suas raízes do Sci-Fi e trazem divertidos elementos das séries neste tema, porém de maneira original e divertida.

Ansiosos para a terceira temporada de Agents of S.H.I.E.L.D.? Não deixe de comentar!