Convenhamos. Apesar de Steven Spielberg ter dirigido filmes realistas, como O Resgate do Soldado Ryan e The Post: A Guerra Secreta, ele é um nome bem conhecido por quem curte filmes “nerds e geeks”, graças a obras como Tubarão, E.T. - O Extraterrestre, Os Caçadores da Arca Perdida, Jurassic Park: O Parque dos Dinossauros, A.I.: Inteligência Artificial, entre outros.

Em Jogador Nº1, Spielberg tem um enorme playground disponível, incluindo personagens de alguns de suas produções passadas. O diretor, no mínimo, deve ter feito um trabalho criativo e divertido com este material.

Como no livro, Jogador Nº1 é recheado de referências. São personagens, heróis e vilões, de vários outros programas, animações, videogames, entre outros.

Eles aparecem com uma grande frequência na tela e, acredite, os trailers revelados até agora não mostram quase nada do que o filme completo reserva.

Há uma pequena diferença, porém: enquanto na literatura estas referências se resumem aos anos 80, no filme elas se expandem um pouco mais e vão até os anos 2000, com jogos, filmes, séries e desenhos mais recentes.

Isso foi feito para tentar agradar todo tipo de público, então poder dizer que Jogador Nº1 é uma aventura que pode ser aproveitada pela família inteira, seja pelos membros mais velhos ou mais novos.

O elenco de Jogador Nº1 conta com alguns bons nomes de Hollywood. Tye Sheridan, que fez o Ciclope nos filmes recentes de X-Men, é o personagem central, Wade Watts. Olivia Cooke vive Samantha, ou Art3mis, uma das aliadas de Watts, ou melhor, Parzival, dentro do jogo.

Há nomes mais velhos do cinema presentes na produção, como Simon Pegg e Clare Higgins. Até Letitia Wright, de Pantera Negra, está no elenco, ainda que sua participação seja de forma bem tímida.

Se fizer sucesso, é bem capaz que Jogador Nº1 tenha várias sequências, assim como o livro terá. Mas, por ora, o longa-metragem é uma aventura completa, com início, meio e fim. Você deve sair do cinema satisfeito ou satisfeita com sua conclusão, o que é sempre uma boa pedida para quem não curte ficar sem respostas.

E por falar em anos 80… Jogador Nº1 ainda tem algumas referências fortes nesta época, principalmente na trilha sonora. Já é possível notar isso no trailer, que vem com músicas como Jump, de Van Halen, The Safety Dance, do Men Without Hats e Take on Me, do A-Ha.

Se tem algo que é de grande importância em Jogador Nº1, são suas lições sobre tecnologia e como ela pode influenciar no futuro da humanidade. O mais divertido é que o filme faz isso sem deixar a mensagem chata. É tudo bem natural e funciona, de acordo com o que ele apresenta.

O Oasis é um local repleto de jogadores, com seus avatares dos mais diversos, representados por personagens de variadas franquias, séries e marcas. O ambiente também é, por si só, uma mensagem de aceitação e convivência pacífica entre os fãs, que aprendem a se respeitar e respeitar o gosto alheio em locais virtuais – algo ainda bem distante da atualidade, em alguns casos.

Mesmo que você já tenha lido o livro de Jogador Nº1, e saiba toda a história, é interessante ver o filme para saber o que foi mudado – em alguns casos, até o que foi melhorado. Como sempre ocorre, quando um livro vai para as telonas.

E acredite, bastante coisa mudou, ainda que não tenha perdido a essência e seu enredo central.

Calma, não vamos entregar surpresas!

Mas se você acha que viu tudo nos trailers de Jogador Nº1, não se engane! O filme ainda reserva surpresas bem inesperadas em sua história. Mas, olha, muitíssimo inesperadas.

Não vamos falar mais nada e vamos apenas deixar a dica de que o filme estreia em 29 de março, nos cinemas brasileiros.