Primeiro de tudo, tenha em mente que Voltron: O Defensor Lendário é um remake bem feito. Nem um pouco preguiçoso.

Ele pega conceitos que deram certo no original e atualiza para uma nova geração – além de contar com outras melhorias, que falaremos mais adiante.

Em resumo: é um remake que respeita a obra e seus fãs antigos, mas também agrada os mais jovens.

Se nos desenhos mais antigos o Voltron, o robô gigante, era de suma importância, aqui ele tem um papel bem definido, sem roubar protagonismo de seus pilotos.

Todos os personagens têm igual importância ao longo da história e não são eclipsados pelo robô. Além disso, suas personalidades fortes se destacam em cada capítulo.

Voltron: O Defensor Lendário traz uma série de quebra de estereótipos em seus personagens e momentos da história – e isso é ótimo.

Hunk, por exemplo, não é apenas o “gordinho engraçado” do grupo, como na maioria dos desenhos similares. Ele é super inteligente e o responsável por dar as ideias mais brilhantes que o grupo tem para se livrar dos problemas.

A princesa Allura deixou de ser uma dama para ser resgatada e passou a ser co-protagonista, participante da ação e com muitos bons momentos.

E estes são apenas alguns dos exemplos.

A animação em Voltron: O Defensor Lendário é muito boa mesmo. O desenho mescla sequências 2D com 3D de forma bem natural e, nos momentos de ação, se destaca bastante.

Os estúdios responsáveis lidam com técnicas usadas em outros programas modernos e animes recentes, para passar o sentimento certo em cada uma das cenas. Trabalho de muito bom gosto.

Quer assistir e está com pressa? Voltron: O Defensor Lendário é bem curtinho!

Os episódios seguem o padrão de desenho animado, com pouco mais de 20 minutos cada. A primeira temporada tem apenas 11 episódios, a segunda 13, terceira e quarta contam com sete e seis episódios, respectivamente.

Dá para matar em um final de semana!

Quem não gosta de um robô gigante? Eu me amarro! Ok, essa citação pode ter vindo de outro desenho…

Mas falando sério agora, robôs gigantes sempre tiveram grande apelo junto ao público que consome este tipo de desenho animado e seriados japoneses – ou inspirados pelo Japão. Em Voltron temos algo que remete à origem disso tudo, com cinco robôs menores que formam um maior. É sempre divertido ver este tipo de coisa.

Um dos melhores motivos! Se você assistiu Avatar: A Lenda de Aang ou A Lenda de Korra, vai se sentir em casa em Voltron: O Defensor Lendário.

Quase todos os nomes envolvidos são os mesmos destas duas séries, incluindo o elogiado Studio Mir, que foi responsável pelos melhores episódios de Avatar e Korra.

Apesar de tratar de questões sérias e lidar com fatos ruins, em alguns momentos, na vida dos personagens, Voltron: O Defensor Lendário é facilmente indicado para qualquer idade.

Se você é pai ou mãe e tem filhos ou filhas, este é um desenho animado que você pode ver sem qualquer preocupação com os pequenos.

Há violência, é claro, mas nada gráfico e nem exagerado. Sem falar nas boas lições que ele sempre passa, sem forçar a barra

Nostalgia é algo muito perigoso. Nas mãos erradas, pode ser uma arma fatal contra um produto.

Não é o caso de Voltron: O Defensor Lendário. O desenho trata a nostalgia de forma correta e lida com homenagens e referências por meios naturais.

Além disso, como citamos, o programa é bem leve e isso vale para o humor: leve e sempre para cima, com boas piadas, nas horas certas.

Se você curte The Walking Dead pode ter a chance de acompanhar mais do trabalho do ator Steven Yeun, o Glenn, em Voltron: O Defensor Lendário. Ele dubla um dos personagens centrais, o piloto Keith, que tem bastante destaque na saga.

Todo o elenco, na real, é formado por bons dubladores e atores, em suas vozes originais americanas, como Josh Keaton, Bex Taylor-Klaus e Tyler Labine.