Se você não cresceu nos anos 90 e não teve a chance de acompanhar o anime original na Rede Manchete, agora você pode conhecer os Cavaleiros e a batalha de deuses.

A nova versão se comunica com diversas faixas etárias e traz diversos elementos do anime clássico, agradando também os fãs mais antigos. Além disso, ela é ótima para despertar o interesse em conhecer o anime original.

Não é surpresa para ninguém que a dublagem brasileira é um dos fatores decisivos no sucesso de uma animação, principalmente quando falamos em animes japoneses.

Os anos 80 e 90 nos apresentaram dubladores incríveis e, felizmente, a Netflix conseguiu resgatá-los para sua nova versão de Os Cavaleiros do Zodíaco. É um verdadeiro deleite ouvir profissionais tão competentes retornando aos papéis que os tornaram famosos e a qualidade de seu trabalho continua a mesma de antigamente.

Se você assistiu ao original, entrará em um turbilhão de nostalgia logo nos primeiros minutos da nova animação.

Nos trailers, a animação em 3D parecia um pouco estranha, mas ela acaba funcionando muito bem, principalmente nas cenas de ação, onde acrescenta mais detalhes e dinâmica em relação ao anime original.

Além disso, a produção parece mesclar alguns frames em 2D em alguns momentos, dando um ar de pintura que é bem impactante.

Se você é fã de Mitologia Grega, com certeza irá gostar de Cavaleiros do Zodíaco. Embora a trama não siga à risca os contos mitológicos, ela implementa as crenças da antiguidade em nosso mundo de hoje em dia.

Além disso, é interessante tentar descobrir o significado de cada armadura, já que além de deuses e criaturas mitológicas, elas também podem significar constelações e signos.

Como dito anteriormente, a trama do novo Cavaleiros do Zodíaco sofreu algumas modificações em relação ao original.

A princípio, elas podem causar uma certa estranheza, contudo, elas fazem sentido e modernizam a história, dando a ela uma base mais realista e crível. Além disso, parece que o anime mostrará os poderes dos cavaleiros de Athena crescendo gradativamente, de acordo com as novas ameaças que surgem em seus caminhos, o que é bem interessante.

Além das cenas de ação, a animação em 3D funciona bem no anime como um todo. As texturas de roupas e sombreamentos de cenário estão muito bons, fora o fato de que a fluidez nos movimentos dos personagens também melhorou bastante.

É claro, nem tudo é perfeito. As expressões dos personagens, principalmente os olhos, deixam eles com um aspecto de boneco de plástico, mas nada disso importa quando a ação começa.

Hoje em dia, se tornou comum assistir episódios de séries em qualquer lugar e com nosso cotidiano mais corrido, temos cada vez menos tempos para nos dedicar a séries com episódios longos e temporadas extensas.

A nova série conta com apenas seis episódios de cerca de vinte minutos cada, o que facilita bastante terminá-la em pouco tempo. Apesar de parecer pouco, a temporada consegue resolver de maneira satisfatória os eventos do primeiro arco do anime, cortando a enrolação e cenas extensas demais que existiam no original.

Apesar de também ter sofrido algumas modificações, a trilha sonora se mantém bem fiel ao original, adicionando uma camada extra de nostalgia.

A trilha continua melhorando bastante as cenas de ação e deixando mais emocionantes os momentos em que ela é empregada com maestria.

Por mais que muitas modificações tenham surgido e novidades tenham sido implementadas, o remake se mantém bem fiel ao original, tanto em termos narrativos quanto em termos visuais.

As mudanças foram feitas em pontos necessários e para dar uma identidade própria para a nova produção.

Com poucos episódios, a maior parte da série acontece em ritmo frenético, te dando pouco tempo para respirar no meio de tanta ação.

Mesmo assim, a trama é extremamente empolgante e envolvente, deixando um gancho muito interessante para o futuro. Além disso, ela planta sementes interessantes para o que está por vir, principalmente em relação aos Cavaleiros de Ouro.