O grupo central em Nanatsu no Taizai é formado por personagens que são conhecidos como Os Sete Pecados Capitais, cavaleiros místicos com poderes incríveis e superpoderosos – poderosos mesmo. Eles são carismáticos e divertidos, sempre convencidos da vitória e com algum tipo de diferencial entre si.

Dos conhecidos na primeira temporada, Meliodas, Ban, King, Diane, Gowther e Merlin formam este grupo, cada um representando um pecado e cada um com suas peculiaridades.

A história de Nanatsu no Taizai se mistura um pouco com lendas e fatos históricos do reino de Britânia e isso é bem interessante, pois o anime utiliza figuras populares, conhecidas de outras obras, em seu enredo – como o próprio Rei Arthur.

É sempre divertido ver como obras japonesas absorvem este tipo de cultura ocidental em seus enredos.

O traço de Nanatsu no Taizai se diferencia de qualquer outro anime de seu gênero. Limpo e com muitas curvas, ele apresenta personagens de características únicas. O mangá, por exemplo, quase não usa retículas, trazendo painéis muito claros, fáceis de entender e de se criar cenas de ação, o que é primordial para uma história deste tipo.

Esta qualidade se repete de forma fiel no anime!

Como todo anime do gênero shounen, Nanatsu no Taizai está preso a alguns de seu clichês, como heróis que gritam os nomes de seus poderes e o vilão que muda de forma para ficar mais forte.

Porém, o anime também foge de muitos deles. O protagonista não é fraco nem bobo e seus aliados seguem o mesmo estilo, ainda que suas aparências enganem. Além disso, como alguns deles são imortais, eles passam por momentos inesperados de violência gratuita que podem até chocar momentaneamente.

Como citado, nem todos os clichês estão de fora de Nanatsu no Taizai. Se você gosta de um bom anime shounen, com tudo que o gênero pede, este é um programa extremamente recomendado.

Tem de tudo: poderes exagerados, lutas extravagantes que duram mais de um episódio, torneios, treinamentos, traições, batalhas em grupos, aliados que ficam para trás para que o líder avance. Enfim, uma série de clichês bem trabalhados.

Clichês são bons, quando bem usados!

Para quem curte fantasia medieval, Nanatsu no Taizai é um ótimo título. O anime usa bem seu cenário, apesar de não ser extremamente preso a ele.

Digo, o cenário é primordial para a existência de alguns de seus conceitos, mas não faria diferença se tivéssemos outro local como ambientação. Porém, temos cavaleiros, criaturas fantásticas, mundos oníricos, magia, entre outros elementos clássicos.

Sim, Nanatsu no Taizai sabe reconhecer seu lugar no mundo e sabe também quem veio antes dele, principalmente no gênero shounen!

Se você assistir analisando bem, é possível enxergar inspirações claras em animes mais clássicos, como Dragon Ball e até mesmo Fly: O Pequeno Guerreiro (Dragon Ques no Japão).

E, como todo bom shounen, Nanatsu no Taizai é recheado de momentos engraçados.

É verdade que as piadas são bem básicas e não vão te fazer rir como um bom episódio de Hermes & Renato (espera aí, todo mundo aqui curte Hermes & Renato?), mas ainda assim, é um humor agradável de acompanhar – descontando as partes onde Meliodas decide apalpar suas amigas.

Antes de iniciar Nanatsu no Taizai, o autor Nakaba Suzuki era assistente de Hiro Mashima, criador do mangá Fairy Tail.

Como assistente, ele absorveu muito das técnicas, traço e forma de contar história. Então podemos dizer que, de certa forma, há muito de Fairy Tail em Nanatsu no Taizai.

No final do ano passado a Netflix divulgou quais foram as séries mais maratonadas pelos brasileiros em sua plataforma durante o ano. Sabe qual ficou em primeiro lugar? Nanatsu no Taizai.

E isso somando todas as séries, incluindo produções com atores reais, incluindo seriados da Marvel e até sucessos como House of Cards e Orange is the New Black.

Mesmo que você não curta animes, é sempre bom tentar entender o sucesso de algo que está em voga e dar uma chance de descobrir algo legitimamente divertido, afinal, a enorme aprovação do público não deve ser por um acaso.