Big Mouth acompanha a vida de um grupo de pré-adolescentes enfrentando os problemas do amadurecimento e da puberdade.

Os problemas pessoais, a dificuldade de encontrar um grupo com o qual se identificar e as questões que aparecem na mente de todo mundo que já passou por essa fase são a linha central do desenvolvimento de Big Mouth.

A diferença é que tudo é mostrado com muito bom humor, fantasia e exagero. As cenas beiram o absurdo, mas - tirando os elementos que, de fato, são sobrenaturais - podemos perceber que muita coisa ali poderia ser realidade.

Apesar de diversos personagens dividirem os holofotes durante os episódios, a trama gira em torno de Nick, Andrew e Jessi.

A química entre os personagens é extremamente divertida de se ver, seja nos momentos em que eles se dão bem ou quando as coisas começam a ficar esquisitas.

Falando assim até parece se tratar de um triângulo amoroso... embora vocês precisem assistir à série para entender o que acontece.

Mas o modo como situações como: amizades que se transformam em amor e depois se tornam ódio são apresentadas, deixam a série ainda melhor.

Apesar da ideia original da série ser uma ideia colaborativa entre Jennifer Flackett, Nick Kroll e Mark Levin, a ideia original por trás de Big Mouth saiu da mente criativa de Andrew Goldberg.

Se você está familiarizado com o produtor, sabe que ele também está envolvido em séries como American Dad e Family Guy. Portanto, se você é um grande admirador do trabalho dele, pode ter certeza que irá se apaixonar por Big Mouth.

Por outro lado, se você não curte tanto essas produções, ainda assim Big Mouth pode te surpreender.

De qualquer modo, espere todas as situações sem noção, momentos de vergonha alheia e a comédia ácida, típica de Goldberg.

No primeiro item da lista, falamos sobre elementos sobrenaturais presentes na série. Isso é algo que Andrew Goldberg já teve contato em seus trabalhos anteriores.

Em American Dad temos Roger e Klaus. Em Family Guy, Stewie e Brian preenchem a vaga de personagens excêntricos.

Agora, livre para levar adiante sua própria série, Goldberg nos apresenta ao fantasma de Duke Ellington e ao Monstro do Hormônio, Maurice.

Duke Ellington foi um dos maiores nomes da história do Jazz.

Aqui, ele se transformou em um fantasma que habita o sótão da casa de Nick Birch e ajuda os garotos com conselhos sobre suas vidas sexuais.

Duke também é responsável por promover diversos momentos musicais dentro da série, convocando nomes como Freddie Mercury e Whitney Houston para contribuir com as canções.

É engraçado como não existe uma explicação lógica para a inserção do personagem na série. Ele é simplesmente um fantasma que mora na casa e todos os seus habitantes tem consciência disso.

Maurice é, certamente, o personagem mais interessante de Big Mouth.

O Monstro do Hormônio aterroriza a vida de Andrew ao provocar ereções indesejadas, incitá-lo a assistir pornografia e estimulá-lo a se masturbar a todo momento.

A todo momento MESMO!

Maurice é o típico pilha errada e serve, basicamente, como uma metáfora para a puberdade.

Todas as mudanças no corpo, as alterações hormonais e situações constrangedoras são retratadas como um monstro para os pré-adolescentes.

Eles levam os personagens a agir sem raciocinar e são os responsáveis pela maioria das situações cômicas na série.

Aqui é um ponto crítico para decidir se você irá gostar da série ou não!

O humor de Big Mouth é a típica comédia pastelão com piadas de pênis e o melhor "clima 5ª série". Afinal de contas, nossos protagonistas são, de fato, infantis!

A diferença é que por mais que o desenho nos mostre crianças em situações que muitos jovens podem enfrentar, a série é voltada para o público adulto.

Portanto, além de piadas de pênis, nós realmente temos pênis, vaginas, palavrões e tudo mais sendo mostrado em cena.

Como dito na introdução da lista, a série possui 10 episódios com cerca de 30 minutos. Portanto, confira o primeiro episódio para sentir o clima da animação. Se ele não te agradar, pode ter certeza que você não vai curtir o restante de Big Mouth.

Se você gostou... as coisas ficam ainda melhores!

Apesar do foco da história ser o desenvolvimento das crianças, o núcleo adulto ajuda a deixar a série ainda melhor.

Os pais dos protagonistas possuem características únicas e ajudam a entender como o perfil de cada criança foi moldado.

Alguns núcleos podem parecer mais cômicos a princípio, mas conforme a trama vai avançando nós entendemos como isso contribui para deixar determinado personagem mas depressivo ou confuso.

Outros personagens, como o Treinador Steve, são o típico alívio cômico constrangedor. Você ri dele, mas sabe que é errado.

Além da abertura do Black Sabbath e a presença de fantasmas famosos, nós temos diversas referências tanto ao mundo real quanto a elementos apresentados na própria série e que são relembrados em diferentes episódios.

The Rock é citado em um dos primeiros episódios da série, além do filme pornô de Sylvester Stallone ser uma piada recorrente dentro da animação.

Há até mesmo um episódio com uma clara referência a Clube da Luta... embora as coisas discorram de maneira bizarra.

Enfim, Big Mouth é uma verdadeira caça ao tesouro tanto no quesito de referências quanto em nos apresentar uma história divertida e, por mais que com seu humor bizarro e constrangedor, ainda assim consiga passar uma mensagem.

Deixe nos comentários qual foi sua experiência com a série!