Mesmo com bons índices de audiência nas duas primeiras temporadas, a série acabou sendo cancelada por não ter muito retorno na venda de materiais promocionais (principalmente brinquedos).

Por anos, os fãs pediram o retorno da série - e agora que isso finalmente aconteceu, é hora de mostrar que os pedidos não foram em vão.

Assim como nas temporadas anteriores, a terceira temporada está cheia de reviravoltas importantes, muitas delas ligadas aos assuntos do passado, contudo, é preciso prestar bastante atenção nos episódios, pois os roteiristas não têm medo de misturar diversos assuntos diferentes em uma única temporada.

Embora pareça um pouco confuso no início, as peças vão se encaixando e tudo fica bem explicado, fazendo das reviravoltas ainda mais impactantes.

Considerando que essa ainda é uma série adolescente, é claro que os romances e os dilemas dos personagens não poderiam ficar de fora.

Na nova temporada, vemos a continuação das relações apresentadas anteriormente, contudo, com a chegada de novos personagens, temos também a formação de novos casais e como isso afeta a equipe como um todo.

Mesmo mostrando uma vasta gama de personagens conhecidos dos quadrinhos da DC, a série também apresenta diversos personagens inéditos que acabam sendo cruciais para o andamento da história.

Seja pelos irmãos Markov, ou por Violet, uma garota que carrega o espírito de uma Caixa Materna e que possui diversos poderes diferentes, os novos personagens são muito bons e se destacam tanto quanto os membros originais da equipe.

A série segue fazendo diversas referências a arcos importantes dos quadrinhos e os fãs vão ao delírio a cada vez que isso acontece. Tanto no desenvolvimento dos personagens, tais como a sexualidade de Kaldur’ahm, quanto na adaptação de arcos famosos, os roteiristas sabem como agradar os fãs e transportar as narrativas dos quadrinhos para a tela.

É claro que não seria uma boa série de super-heróis sem vilões e a terceira temporada de Justiça Jovem conta com muitos deles.

Como nas temporadas anteriores, vemos os vilões se unindo a fim de derrotar a Liga da Justiça e dominar o mundo, mas desta vez, eles contam com a ajuda de Darkseid e as forças de Apokolips, mas como sabemos, essa parceria tem tudo para dar errado, afinal, Darkseid não faz o tipo que divide suas conquistas.

Em breve, teremos uma adaptação cinematográfica focada nos Novos Deuses, bem como na Guerra entre Apokolips e Nova Gênese. A terceira temporada de Justiça Jovem é uma ótima forma de irmos nos habituando com esse lado cósmico da DC e com os personagens que, provavelmente, aparecerão no filme.

Além de Darkseid, a temporada tem feito um ótimo trabalho em nos mostrar a maligna Vovó Bondade, bem como tentar explicar um pouco mais os aparatos tecnológicos conhecidos como Caixas Maternas.

As cenas de ação da série continuam tão boas quanto antes, agradando tanto os espectadores mais jovens, quanto aqueles que, mesmo adultos, também são fãs de animação, mas espere um pouco mais de sangue e violência, afinal, quando foi renovada pela DC Universe, a série também ganhou uma classificação indicativa maior.

O mais interessante na série, é que ela mescla bem o uso da ação com os poderes dos diferentes personagens e cria um bom balanço com a parte narrativa.

Mesmo se inspirando muito em arcos clássicos do quadrinho, a série também tem liberdade para contar as histórias de sua própria maneira, o que é ótimo, afinal, os fãs de longa data já estão cansado de ver algumas histórias sendo recontadas da mesma forma incansávelmente.

Seja pela formação dos Titãs, que ganha um roupagem e direcionamento totalmente nova e atualizada na série, ou pela recriação de arcos clássicos, as inovações são bem-vindas e funcionam no cânone da série.

Considerando que cada episódio tem em média 20 minutos de duração, a plataforma decidiu liberar três deles por semana, assim, os fãs não precisam esperar tanto para chegar ao fim da temporada, mesmo que ela seja bem extensa (quase 30 episódios).

Além disso, mesmo com tantos episódios sendo liberados simultaneamente, a série mantém sua qualidade, o que é mais um ponto positivo.