10 momentos divinamente sensacionais da 1ª temporada de Deuses Americanos!
10 momentos divinamente sensacionais da 1ª temporada de Deuses Americanos!
“Todas as suas perguntas podem ser respondidas, se é isso o que você quer. Mas assim que você ouvir suas respostas, você nunca poderá esquecê-las”.
Atenção: Alerta de Spoilers!
A primeira temporada de Deuses Americanos chegou ao fim e só podemos resumi-la em uma palavra: fantástica! Essa lista tem a intenção de escolher os 10 melhores momentos, mas garanto, foi um parto essa decisão.
Se esquecemos algum momento f*da dessa aventura divina, deixem aí nos comentários! E não se esqueçam de fazer suas oferendas às divindades – elas podem cobrar.
Imagens: Divulgação
Eu não concedo desejos
Controversa, porém magnífica. Quem leu Deuses Americanos sabe que essa foi uma das cenas mais fiéis adaptadas do livro.
Toda a história entre o Salim e o Jinn - ou Ifrit - foi trabalhada nos mínimos detalhes, criando algo poético, delicado e, ainda assim, forte e fantástico.
É uma tradução perfeita do encontro da entidade, desgastada, com o estrangeiro, inseguro e deslocado, que vemos no livro. Vai além do sexo ou romance: é um renascimento para os dois - mesmo que o Jinn não conceda desejos.
Rainha de Sabá
Bilquis é uma figura que muitos estavam apreensivos e curiosos para ver na série - e a produção acertou em cheio. Da primeira à última aparição ela é intrigante e a cena que poderia dar super errado - dela, literalmente, sugando as pessoas pela vagina - deu muito certo.
Porém, dentre as aparições da Rainha de Sabá, sua “Vinda à América” foi a melhor parte. É uma aventura linda, bem produzida, com câmera e trilha sonora de tirar o fôlego, seja nos tempos antigos, seja na discoteca. Ah, e triste. Não tem como não se comover com ela assistindo seus templos serem destruídos. A narração do Mr. Nancy foi um plus.
Essie e o Leprechaun
Se não fosse a season finale, o episódio focado na história do Mad Sweeney seria meu favorito. Simplesmente porque ele traduz, de forma perfeita, uma das histórias mais legais dos livros, que é a vida da Essie.
Originalmente, a Essie, Laura e Mad Sweeney não possuem ligação, mas a transição para a série foi uma ótima sacada. O destaque, sem dúvida, fica para Emily Browning nos dois papéis.
Esse conto é especial porque mostra o melhor lado do Neil Gaiman, trabalhando com mitologia, imaginário e percepções de mundo.
Também, o Mad Sweeney não decepciona em nenhum momento da temporada. Vale citar aqui a primeira aparição dele e a briga com o Shadow, que foi mais que sensacional.
Muitos Jesus
Nos livros, Jesus não é uma figura presente. Ele é citado uma ou outra vez e, na edição revisitada da obra, existe um trecho cortado da publicação original com um encontro entre o Shadow e ele.
A série, porém, foi corajosa e resolveu abordar o moço de Nazaré. E as cenas foram geniais! Tanto a primeira, quando o Mr. Wednesday explica a multiplicidade de divindades usando o exemplo do Jesus Mexicano, até a própria “Vinda à América” do personagem e a aparição das várias versões de Cristo no último episódio.
Inclusive, o encontro entre o Shadow e o Jesus “Tradicional” foi hilário e lembrou um pouco a ideia da conversa dos dois no livro.
Laura no mundo dos vivos
MUITA gente reclamou da atenção dada para a Laura na série - ela não tem tanta participação assim no livro - porém, ela rendeu cenas épicas. O episódio 4, que mostra toda a trajetória da personagem, é sensacional e te faz gostar de alguém que, até aquele momento, você não dava a mínima.
Citando algumas coisas mais específicas, temos ela arregaçando com as crianças do Garoto Técnico, tentando costurar o braço e encontrando a irmã, ou as interações dela com o Mad Sweeney.
O preço da Páscoa
A season finale terminou com os Deuses antigos mostrando seus verdadeiros poderes. Como se ela não tivesse roubado o episódio antes desse momento, a Easter foi o ponto principal do encerramento, quando ela resolve seguir o conselho - não tão amigável - do Mr. Wednesday e toma a Primavera da América.
No livro, a Easter tem uma grande importância, mas não mostra sua capacidade dessa forma. O jeito que exploraram a Deusa na série foi estupendo do começo ao fim, fechando com ela mostrando do que uma divindade antiga é capaz.
Reino da Mídia
Vi alguns comentários falando que tivemos pouco dela, mas acredito que a quantidade foi ideal. A Deusa Mídia foi uma das melhores coisas dessa temporada e isso aconteceu tanto pela atuação impecável da Gillian Anderson, quanto por suas aparições extremamente pontuais.
Da primeira vez que a vemos, como Lucy Ricardo, passando por Marilyn Monroe, Judy Garland, no último episódio, mas, principalmente, David Bowie. A Mídia foi certeira e tão icônica quanto os personagens que dava vida e aquilo que representa - ela é a entidade da Mídia, o papel dela é ser um caminho, mas também entreter e causar impacto.
Reunião divina
Não podemos passar sem citar aquela que deve ser a melhor sequência da série: quando os Novos Deuses encurralam o Shadow e o Mr. Wednesday na delegacia.
É uma reunião insana de personagens que, quem leu os livros, só esperava ver algo do gênero um tempo depois. Tem o Garoto Técnico sendo humilhado, a Mídia em sua forma mais sarcástica e a apresentação do Mr. World, confrontando o velho Deus e seu parceiro no crime. Você tem que se lembrar como respira depois que a cena acaba.
Casa das Irmãs Zorya
Outro ponto muito fiel na adaptação do livro para a série foram as Irmãs Zorya e o Czernobog.
Seja as interações com a Zorya mais velha ou do meio, o confronto entre o Shadow e o Deus da escuridão ou o encontro do protagonista com a Zorya mais nova, que explica seu propósito de vigiar os céus e lhe dá a Lua; Tudo perfeito, com a dose certa de humor e tensão.
Odin
“É assim que me chamam. Alegria da Guerra, Sombrio, Saqueador e Terceiro. Eu sou o Caolho. Sou chamado de O Mais Alto e de Adivinho. Sou Grímnir e o Encapuzado. Sou o Pai de Todos e sou Gondlir, Portador da Varinha. Meus nomes são tantos quanto os ventos, meus títulos são tantos quanto as formas de morrer. Meus corvos são Hugin e Munin: Pensamento e Memória; meus lobos são Freki e Geri; meu cavalo é o cadafalso. Eu sou Odin”.
Os fãs do livro devem ter esperado isso a temporada toda, enquanto quem acompanha só a série devia estar curioso para ver como o Pai de Todos revelaria sua identidade. E foi da forma mais épica possível. Ian McShane arrasou no papel do começo ao fim e mal posso esperar para vê-lo como Mr. Wednesday na segunda temporada.