Esses dois workaholics sempre estiveram totalmente engajados nos esquemas e maquinações dos Underwood.

Foi realmente uma surpresa que pudessem momentaneamente achar conforto um nos braços do outro. Por um momento fugaz, chegamos a pensar que talvez houvesse uma saída para os dois desse ciclo vicioso e corrompido, mas acabamos por ver Doug ser indiciado por assassinato e Lean morta em uma batida de carro, fruto de conspiração governamental.

Na quarta temporada, Frank conheceu um homem que participava da re-encenações da guerra civil e que lhe chamou a atenção com uma história sobre seu tataravô.

Vemos o retorno desse personagem nessa quinta temporada, como uma espécia de personal trainer do presidente, o qual observamos a relação se desenvolver de forma incomum.

Eis que totalmente do nada, um flerte na escadaria escondida da Casa Branca termina em uma troca calorosa de beijos entre os dois.

O personal trainer termina apaixonado por Frank, que simplesmente não dá a mínima para algo que não vai lhe ajudar em nada a conseguir mais poder.

Durante o processo de inquérito contra Frank Underwood, a secretária Cathy Durant pesa suas opções e finalmente decide tentar se libertar do controle de Frank, ao aceitar testemunhar contra ele no tribunal.

Eis que Frank utiliza de uma rápida solução e a empurra violentamente das escadas, aproveitando um espaço não monitorado pelas câmeras na casa Branca.

O mais intenso é a completa indiferença no rosto do presidente enquanto grita aos guardas pedindo por socorro para Durant.

Sofrendo constantes ataques e pressões psicológicas durante a campanha, vimos a queda de compostura do candidato Will Conway, que termina protagonizando uma cena tensa em um avião particular, onde ele perde o controle porque os pilotos não lhe deixaram controlar a aeronave.

Essa cena marca claramente o ponto onde o adversário de Underwood mostra o quão frágil está na verdade.

Matar alguém é algo cruel. Matar alguém durante o sexo com a vítima é descer para um novo nível.

Desde a primeira temporada, vimos que Claire já lidava bem com o papel de cúmplice nos crimes de Frank, mas presenciarmos ela envenevar Thomas Yates e observá-lo morrer enquanto transavam foi algo totalmente impactante para o público.

Recebendo todos os prêmios de melhor funcionário do mês (do pior chefe da história), Douglas Stamper aceita a proposta absurda do casa Underwood de assumir a culpa pelo assassinato da jornalista Zoe Barnes.

Podemos esperar uma jornada completamente distorcida de redenção de Doug na próxima temporada? Talvez, mas o fato é que ele tem um amor platônico distorcido e doentio por Frank Underwood, é a única explicação plausível.

Uma demonstração clara do toque de podridão de Frank é a jovem Lisa, ex-namorada de Rachel.

Antes de Frank: Uma bela jovem, participante do grupo da igreja e uma pessoa simpática e positiva.

Depois de Frank: Uma garota abandonada ao vício da heroína e tentativas desesperadas e insanas de tentar provar a todos que o presidente dos Estados Unidos matou sua namorada.

Tudo isso sendo tratado da forma mais simples e casual pelo Presidente, lembrando ao público que a verdade é clara: Frank Underwood faz o que tiver que fazer para chegar ao seu objetivo.

Frank é um assassino, fato. Mas todas as mortes que causou sempre serviram diretamente ao seu objetivo profissional.

No entanto, durante o arco dos dois americanos terroristas da ICO, um deles é capturado logo cedo e vemos na história que ele não representa ameaça direta a Underwood.

Mesmo assim ele mandar executar o rapaz e depois forjar ao povo americano que ele foi encontrado morto. Temos ai um novo ponto de descida rumo à completa degeneração moral de Frank.

Até então, todas as falcatruas de Frank Underwood sempre foram meticulosamente encobertas, seja por Doug Stamper, Claire ou o próprio Frank. No entanto. vimos os escândalos acontecerem por conta de vazamentos de informações da Casa Branca sobre os esquemas do presidente Underwood.

Tudo isso para descobrirmos no final que Frank havia instruído Doug a enviar os arquivos confidenciais ao repórter do Washington Herald, Tom Hammerschmidt, de forma anônima.

Um tremento de um plot twist.

Após assumir como Presidente dos Estados Unidos, Claire decide ignorar uma parte chave do acordo com Frank e, ao invés de perdoá-lo publicamente por seus supostos crimes, toma para si a liderança no jogo de poder.