Uma das cenas mais impactantes de Loki em toda a sua história acontece no primeiro filme dos Vingadores, quando ele se revela aos humanos e ordena que todos se ajoelhem diante dele. Em seu discurso, Loki afirma que essa é a natureza dos humanos: serem subjugados por uma “raça superior”. A sequência mostra Loki se transformando de forma impactante e usando todo o seu charme.

A cena também ficou marcada pelo senhorzinho que se levanta afirmando que não vai se ajoelhar para um homem como Loki. É neste momento que o Capitão América de Chris Evans aparece e compara a postura de Loki com a de Hitler, e o Homem de Ferro de Robert Downey Jr. chega ao som de “Shoot To Thrill”, do AC/DC.

Essa provavelmente é uma das cenas cômicas de Loki mais lembradas pelos fãs do MCU. Ela começa, é claro, com o Deus da Trapaça achando que está arrasando, parando uma flecha do Gavião Arqueiro com a mão. O que ele não esperava é que a arma teria um explosivo, e ele é lançado no topo da Torre dos Vingadores.

Lá ele é encurralado por um Hulk muito bravo, e ainda tenta fazer um discurso sobre o quanto é superior, mas não dá tempo: o Gigante Esmeralda perde a paciência e joga Loki de um lado para o outro, arrematando que ele é um “deus fracote”. Além de ter apanhado fisicamente, Loki fica um pouco surpreso por seu discurso não ter colado com o Hulk e fica meio catatônico no chão.

Antes de se tornar o vilão do primeiro Vingadores, Loki foi apresentado em Thor (2011) e teve um arco de desenvolvimento interessante. Desde o começo fica muito claro como ele sente ciúmes do irmão e tenta encontrar seu lugar dentro da família. Mas tudo isso atinge um novo patamar quando o Deus da Trapaça descobre que não é filho de Odin e sim de Laufey, o Rei dos Gigantes de Gelo.

A cena mostra um momento muito intenso entre Loki e Odin, em que o personagem de Tom Hiddleston grita por respostas e acaba fazendo o Pai de Todos passar mal. Esse foi um dos primeiros momentos em que Hiddleston mostrou mais de seu talento na atuação, e passou ao público toda a raiva e frustração que seu personagem estava sentindo.

Uma das relações mais profundas de Loki em sua família é com Frigga, sua mãe. Enquanto o relacionamento com Odin nunca foi dos melhores, o Deus da Trapaça se identificava mais com a personagem de Rene Russo e sempre conversava com ela quando estava aflito. Frigga morre em Thor: Mundo Sombrio, enquanto Loki está preso, e ver como isso o afetou é de partir o coração.

No trecho, Thor vai conversar com o irmão e Loki até tenta criar uma ilusão de que está bem, mas a realidade é que ele está sofrendo com o luto pela mãe e chega a perguntar a Thor se Frigga sofreu na morte.

Essa cena foca bastante em outro aspecto da personalidade de Loki: o humor. Em Thor: o Mundo Sombrio, o Deus da Trapaça está ajudando Thor e aproveita um momento de tensão do irmão para brincar de se transformar em diversos personagens. Depois de virar um guarda e - transformar Thor em Lady Sif - o Deus da Trapaça resolve virar ninguém menos do que o Capitão América de Steve Rogers.

O momento rende boas risadas, especialmente pela atuação de Chris Evans, que assume alguns trejeitos do Loki e fala sobre a confiança que o escudo e o uniforme dão (embora a roupa seja beeem apertada).

Pulando de Thor: Mundo Sombrio para Thor: Ragnarok, com a ausência de Odin, o Deus da Trapaça imagina que aquele seria um bom momento para assumir o lugar do soberano de Asgard. O mais engraçado é que, ao invés de tentar conquistar mundos e ter mais poder, Loki resolve só ficar aproveitando a vida boa por lá, organizando até um teatro que mostra todos os seus feitos incríveis e sua morte edificante.

A cena acontece logo no começo do longa dirigido por Taika Waititi e já deixa claro o tom diferente em relação aos primeiros filmes do herói. Vale citar ainda as participações incríveis no teatro, com Luke Hemsworth (irmão de Chris Hemsworth) como Thor e Matt Damon como Loki.

Ainda em Thor: Ragnarok, Loki volta à Terra com o Deus do Trovão para procurar Odin, mas os dois são abordados pelo Doutor Estranho de uma forma, digamos, peculiar: o Mago Supremo abre um portal para conversar com Thor e outro em que ele esquece Loki caindo por uns 30 minutos.

É claro que o Deus da Trapaça não fica nada feliz com isso e logo quer brigar com Strange, mas tudo termina bem quando o Mago abre um novo portal para levar os asgardianos para bem longe de seu Sanctum Sanctorum.

O terceiro filme do Deus do Trovão tem outro momento icônico de Loki por vários motivos. Primeiro, ele luta ao lado de Thor como raramente foi mostrado antes, em uma cena que explora bastante a relação de irmãos entre os dois.

Além do divertido momento em que os dois atiram juntos, a sequência também explora o lado emotivo entre os irmãos, com uma conversa franca sobre como eles são diferentes e, talvez, fiquem melhor separados um do outro. Ah, e tem o momento de “consigam ajuda”, que fecha o trecho com chave de ouro.

A cena pós-créditos de Thor: Ragnarok já indicava o ataque de Thanos à nave dos asgardianos e esse confronto é confirmado logo no começo de Vingadores: Guerra Infinita. Thor já estava derrotado por Thanos, mas vale lembrar que Loki já tinha trabalhado junto com o vilão na invasão à Nova York no primeiro Vingadores. Exatamente por isso, ele achou que poderia enganar o titã, mas o resultado não é o esperado.

Já com a segunda Joia do Infinito na Manopla, Thanos mata Loki na frente de Thor, em uma cena forte e que soa definitiva para o personagem, já que o próprio vilão diz: “sem ressurreições dessa vez”. Mas, como tudo é possível na Marvel, o Deus da Trapaça voltou - pelo menos uma versão dele.

A cena que deixa a abertura para a série solo do Loki no Disney+ é de Vingadores: Ultimato. Tentando recuperar as Joias para fazer um novo estalo de dedos, a equipe de heróis volta para momentos-chave na história da Marvel, incluindo o final de Vingadores 1, quando Loki é preso e o Tesseract é apreendido.

Porém, uma confusão acontece e o Loki lá do primeiro Vingadores - que ainda não passou por sua “desconstrução” - vê o Tesseract dando bandeira, o pega e some, sem deixar claro para onde foi. Depois disso, os Vingadores voltam ainda mais no passado para conseguir a Joia, mas não é explicado para onde Loki foi, pergunta que será respondida a partir do próximo dia 9 de junho com a série do Disney+.