Logo no início do filme, tomamos um belo soco no estômago com a nostalgia proporcionada pela cena que mostra os animais se dirigindo à Pedra do Rei para conhecer o príncipe Simba.

A cena reproduz nos mínimos detalhes a animação original, algo que impressiona os fãs e mostra o quão cuidadoso e respeitoso Fraveau foi ao trabalhar no longa.

Um dos momentos favoritos dos fãs da animação original é quando Simba e Nala despistam Zazu para irem ao cemitério de elefantes. Ao som da canção “O Que Eu Quero Mais É Ser Rei”, a dupla de filhotes encena um colorido e divertido musical.

Com a proposta de ser mais realista, o remake não abusa das cores e das acrobacias do original, contudo, o sentimento é bem similar e a atmosfera criada pela música torna impossível não se divertir tanto quanto antes.

Depois do incidente com as hienas, Mufasa precisa ensinar uma lição a Simba e lhe mostrar que até mesmo os reis sentem medo.

Assim como no original, a relação fraternal entre pai e filho é linda, algo que talvez não fosse possível recriar sem o talento de James Earl Jones, que também deu voz a Mufasa na animação. A conversa entre pai e filho acaba reforçando ainda mais o elo entre eles e deixando ainda mais difícil o momento que virá mais à frente na trama.

Ao contrário da animação original, onde a canção “Se Preparem”, interpretada por Scar, era um hino militar que ecoava o golpe de estado que ele e as hienas dariam no reinado de Mufasa, no remake, a canção se tornou uma espécie de prosa.

Ainda com o objetivo de mostrar a união entre Scar e as hienas para um objetivo em comum, no remake, a relação entre eles é menos intimista e as hienas ganham um papel maior do que meros lacaios.

Assim como a cena da apresentação de Simba, a cena da debandada também é uma réplica quase que exata do longa original, porém com muito mais realismo e desespero.

Vemos enquadramentos que nos remetem diretamente ao material base, além do fato de que os Gnus parecem realmente ameaçadores, não só por poderem pisotear o jovem Simba como pelas cabeçadas que dão em Mufasa com seus chifres afiados.

Sim, infelizmente temos de viver esse momento chocante novamente e ele é tão excruciante quanto o original.

A morte de mufasa é uma das cenas mais impactantes em uma animação e ela parece ficar ainda mais dolorosa na versão em live-action, principalmente pela relação entre ele e Simba, que se tornou mais encorpada.

Um dos pontos mais aguardados do remake é o momento em que Timão e Pumbaa apresentam o lema “Hakuna Matata” para Simba e ele não decepciona.

Assim como no original, o javali e o suricate roubam a cena e são excelentes alívios cômicos. A cena também nos dá uma prévia da bela voz de Childish Gambino, que dá voz à versão adulta de Simba na versão legendada do longa.

Por mais que Simba e Nala sejam um leão e uma leoa, o filme te faz criar empatia o bastante para você torcer para que eles fiquem juntos.

Se você ainda tiver alguma dúvida, ela será dizimada no momento em que Gambino e Beyoncé, que dá voz à Nala no filme em inglês, começarem a cantar “Nesta Noite o Amor Chegou”. A harmonia vocal dos dois é belíssima, enriquecendo ainda mais a música composta por Elton John.

Um dos momentos mais divertidos do filme original era quando Simba retornava para as Terras do Reino e precisava de uma distração para as hienas. Na cena, Timão e Pumba servem de isca viva para afastar as seguidores de Scar.

No remake também temos esse momento, porém não temos Timão dançando hula, mas calma, ele é ainda melhor!

Por fim, temos o confronto entre Simba e Scar, que define o futuro das Terras do Reino.

Apesar de recriar com perfeição o original, o confronto traz algumas novidades, principalmente envolvendo Nala, que lidera a rebelião das leoas contra a tirania de Scar. Além disso, o remake também deixa o gancho para uma continuação, mas será que veremos a história de Kiara em live-action?