Mesmo com a grande decaída na qualidade e falta de foco, The Walking Dead continua sendo um sucesso de vendas e marketing. O seriado baseado nos quadrinhos continua sendo um dos mais adorados pelo publico e isso reflete nos quadrinhos que sempre estão no topo de vendas. E mesmo sem ter a real ousadia e ótimas tramas de antigamente, consegue segurar as pontas e ser um bom quadrinho.

Escrito por Jonathan Hickman, em “MP”, como é conhecido pelos fãs, o autor da Marvel faz tudo o que você espera que um dia ele vá fazer na Casa das Ideias. A trama é bem simples: É revelado, após a segunda guerra mundial, que o projeto Manhattan (da bomba atômica) era apenas uma farsa para disfarçar as outras coisas que eles estavam trabalhando.

Até agora eles já colocaram Aliens, dimensões alternativas, robôs, a inteligência alternativa de Roosevelt e mais... MUITO mais. E o melhor de tudo, é que Hickman ainda consegue fazer da história acessível. Você não precisa saber quem foi Roosevelt para apreciar sua aparição no quadrinho, entre outras coisas.

Também de Hickman, East of West conta a história de “Morte”, em uma trama de ficção-cientifica com um ar de “bang-bang” dos anos 50 e um futuro distópico. Parece que nada disso faz muito sentido, porém ao ler, tudo se junta de uma maneira fantástica. Na trama a Morte busca vingança por todas as pessoas que o traíram e assassinaram sua esposa.

Na trama, aparecem os outros três cavaleiros do Apocalipse, no corpo de crianças, que estão tentando eliminá-lo. Já que a Morte os abandonou e acabou com os planos deles de destruírem o mundo. East of West é, definitivamente, uma história estranha, mas também é muito boa!

Uma aventura medieval com diversas personagens femininas fantásticas que tem características atuais. No primeiro volume, o grupo deve se defender de um grupo de assassinos que está tentando mata-las, além de enfrentar outro grupo que vem aterrorizando sua cidade. Depois, vemos elas tentando derrubar um famoso empresário que quer invocar diversos monstros para destruir a cidade. É uma trama simples, com personagens fantásticos, arte belíssima e com o divertido e encantador roteiro de Kurtis J. Weibe.

Kelly Sue DeConnic (Capitã Marvel) se junta a artista espanhola Emma Rios e criou o belíssimo Pretty Deadly. A história combina elementos de “bang-bang” com contos de Terror e é desenhada de um modo mais mitológico e folclórico. É simplesmente um dos mais belos quadrinhos nas bancas atualmente.

A história de Greg Rucka e Michael Lark se passa em um futuro distópico (escritores gostam deles, não?) onde algumas famílias controlam o mundo, eles são terríveis e mesquinhos e exploram a classe trabalhadora que vive em seu setor. Cada uma dessas famílias tem um “Lazarus”. Um protetor superpoderoso, criado artificialmente. Na série acompanhamos Forever Carlyle, a Lazarus da família Carlyle.

Uma trama feminista que faz uma “comédia para pessoas sérias” com a exploração feminina, mostrando uma realidade distópica onde mulheres “não-complacentes” (aka não-submissas) são mandadas para um “planeta-prisão”.

Escrita por Kelly Sue DeConnick e com arte de Valentine de Landro, Bitch Planet já é um sucesso de vendas, de critica e, principalmente, nas redes sociais.

Se você gosta de quadrinhos, provavelmente já ouviu falar de Saga. Saga é o título mais aclamado e popular desta lista, e com um bom motivo. Primeiro, porque é uma trama feita para pessoas entre seus 20/30 anos, e não para adolescentes. Segundo, que a trama de K. Vaughn e Fiona Staples conta a história de um casal, Alana e Marko, que estão fugindo das autoridades de todos os lados da Galáxia, enquanto tentam criar seu bebê, Hazel.

É uma interessante e charmosa mistura do fantástico com o mundano, Vaughn cria todo um universo para os leitores conhecerem, e a arte de Fiona Staples é uma das mais belas nos quadrinhos atualmente. Se você não está lendo Saga, pode começar agora mesmo, não irá se arrepender!

Sex Criminals parece ser uma piada de mal gosto = dois jovens que podem parar o tempo quando tem um orgasmo decidem assaltar um banco para salvar uma biblioteca. O que não se espera é que esta seja uma das mais belas histórias contadas nos quadrinhos, com uma alta carga emocional, falando de maneira aberta sobre sexo, relacionamento e problemas mentais, como depressão. Além de contar com toda uma “Polícia do Sexo”, que é uma fantástica alegoria para os puritanos que decidem “enfiar o dedo” na vida sexual dos outros.

Além disso, o sucesso foi tão grande que (além de fazer uma paródia pornô do próximo item) Matt Fraction e Chip Zdarsky ainda lançaram um guia sexual - com dicas, truques, movimentos, conselhos, posições, sugestões, histórias e confissões; como fazer, como não fazer e como fazer, mas mais lentamente dessa vez - chamado “Apenas a Ponta” (fazendo um trocadilho com a palavra Tip, que pode tanto significar “ponta”, como “dica”).

Era alguma surpresa que este seria o primeiro lugar? Acho que não. E aqui está. The Wicked + the Divine, novamente como o melhor quadrinho da Image atualmente. E mesmo que você ame Saga e Sex Criminals e The Walking Dead, não pode compreender a beleza de “WicDiv” até ter lido o primeiro volume desse fenômeno de critica e público.

“A cada 90 anos, doze deuses reencarnam como estrelas do pop. Eles são amados. Eles são odiados. Em dois anos estão mortos.” Essa é a principal ideia mostrada na trama de Kieron Gillen e Jamie McKelvie, a fragilidade da mortalidade humana, tudo isso enrolado em uma fantástica analise de uma sociedade que idolatra estrelas do pop. A escrita é fantástica, a arte é bela, a trama é genial, os personagens são um bando de jovens egoístas, manipuladores e perversos. E não há como não amar cada um deles. The Wicked + the Divine é um ótimo quadrinho, que estará por ai por um bom tempo, então é bom já começar a acompanhar logo no começo!