Benzinho é escrito e dirigido por Gustavo Pizzi e conta a história de Irene, uma mulher que se desdobra para complementar a renda da casa e ainda ajudar sua irmã que vem passando maus bocados com o marido. Quando seu filho mais velho é convidado para jogar handebol na Alemanha, Irena vai precisar ganhar forças para deixar seu filho voar pelo mundo.

O filme é estrelado por Karine Teles, Otávio Müller, Adriana Esteves, Mateus Solano e Konstantinos Sarrise, e fez bonito em diversos festivais e premiações, como o Festival de Cinema Luso-Brasileiro, Festival de Gramado, Grande Prêmio do Cinema Brasileiro e Festival de Sundance. Benzinho é aquele tipo de obra rara, que consegue ser impecável em tudo que se propõe, desde suas atuações carismáticas e naturais, até a narrativa repleta de amores, tristezas e aprendizados.

Aqui, o pernambucano Kleber Mendonça Filho discute temas bastante reais sobre o Brasil atual, como a especulação imobiliária, diferenças de classes, ideias pré-concebidas acerca da terceira idade, e reflete sobre passado e memória de forma brilhante. Na trama, uma viúva de 65 anos é a última moradora do edifício que dá título à obra, em Recife e precisa enfrentar a investida de uma construtora que pretende comprar o prédio a todo custo, visando erguer um mais moderno no local.

A produção foi indicada a diversos prêmios nacionais e internacionais, entre eles a Palma de Ouro no Festival de Cannes, o Independent Spirit Awards, o César e o Grande Prêmio do Cinema Brasileiro. Apareceu em diversas listas de publicações estrangeiras como um dos melhores filmes de 2016, e foi um verdadeiro sucesso de público, atingindo meio milhão de espectadores.

Selton Mello estrela e dirige esse filme de 2011 que segue a história do pai e filho Benjamim e Valdemar, que trabalham como os palhaços Pangaré e Puro Sangue, percorrendo as estradas do país junto com sua trupe. A trama se desenrola a partir do momento em que Benjamin começa a entrar em crise e decide que não quer mais fazer isso da sua vida.

O Palhaço brilhou em diversas premiações pelo mundo, e emocionou a todos ao trazer uma narrativa bastante pessoal e tocante, além de fazer uma verdadeira homenagem a nomes da comédia.

Escrito e dirigido por Fernando Coimbra, este filme filme de 2014 é estrelado por Leandra Leal, Milhem Cortaz e Fabiula Nascimento, e conta a história do misterioso desaparecimento de uma criança. Envolvidos em meio a essa trama, estão a mãe, o pai e a amante. A partir dos depoimentos deles, vamos descobrindo uma verdadeira rede de mentiras, amor e vingança que nos ajudam a desvendar o caso.

O Lobo Atrás da Porta se equilibra entre o drama, e o suspense e o estudo de personagem da forma que poucos exemplares do nosso cinema fazem. O filme recebeu, em 2013, o prêmio Horizontes Latinos no Festival Internacional de Cinema de San Sebastián, na Espanha. Dois anos depois, entrou para a lista dos 100 melhores filmes brasileiros de todos os tempos feitas pela Associação Brasileira de Críticos de Cinema. No Grande Prêmio do Cinema Brasileiro, o filme levou diversos prêmios, incluindo o de Melhor longa-metragem.

Neste filme de 2019, assistimos a história de duas irmãs que foram separadas devida a repressão e o fanatismo do patriarcado brasileiro na década de 50. Dirigido por Karim Aïnouz e estrelado por Carol Duarte, Julia Stockler e Fernanda Montenegro, o filme foi o vencedor do prêmio Un Certain Regard no Festival de Cannes.

A Vida Invisível é um drama assustador que mostra a crueldade e insensibilidade com que as mulheres foram e, por vezes, continuam a ser tratadas cotidianamente no Brasil. É poderoso e uma verdadeira pérola do nosso cinema.

Leonardo, vivido por Guilherme Lobo, é um adolescente cego tentando lidar com superproteção da mãe ao mesmo tempo em que busca sua independência. Quando Gabriel, interpretado Fabio Audi, chega na sua escola, novos sentimentos começam a aflorar fazendo com que ele descubra mais sobre si mesmo e sua sexualidade.

Este filme de 2014 encantou a todos por ser um retrato delicado e honesto da juventude e por trazer um lote de personagens carismáticos que ressoam por muito tempo no espectador. Teve sua estreia no Festival Internacional de Cinema de Berlim, e saiu de lá com três prêmios. Concorreu na categoria de Melhor Lançamento Limitado no Glaad Awards e foi aclamado pela imprensa especializada.

Um dos maiores sucessos do cinema nacional, lançado em 2010, traz de volta Wagner Moura na pele do Capitão Nascimento. A obra de José Padilha tocou em uma ferida exposta da sociedade brasileira, que não aguentando mais viver sob as rédeas do crime, se deixa levar por um senso de justiça através das ações extremamente violentas do personagem principal. Mas como diz o subtítulo do filme, o inimigo aqui não é mais o crime violento e armado, e sim a política e toda a nojeira que a envolve.

Em 2011 foi indicado a 16 categorias do Grande Prêmio do Cinema Brasileiro vencendo em 9. O filme ainda bateu recordes de espectadores, com mais de 1,25 milhão em seu primeiro final de semana. É um verdadeiro marco do nosso cinema e ainda hoje um retrato relevante do Brasil.

Esse filme de suspense e horror brasileiro foi uma das maiores surpresas dos últimos anos. Se passando totalmente dentro de um restaurante que é assaltado, o filme investiga a dinâmica das relações de trabalho do nosso país, rompe com qualquer senso de humanidade e racionalismo e dá lugar a uma história de tirar o fôlego.

O Animal Cordial é escrito e dirigido por Gabriela Amaral Almeida e estrelado por Murilo Benício, Luciana Paes, Irandhir Santos, Camila Morgado e Humberto Carrão. Ele foi bem recebido pela crítica e aclamado no Fantasia International Film Festival em 2017.

Em Que Horas Ela Volta?, Regina Casé brilha como Val, uma empregada doméstica de Pernambuco que foi São Paulo em busca de uma vida melhor. Lá, ela tem uma "vida estável", morando com a família de classe alta para quem trabalha, e vai precisar receber a visita da filha adolescente, que decide ir a São Paulo para prestar vestibular. Com a chegada da jovem, a convivência das duas com os patrões de Val se torna complicada, especialmente porque Jessica, a filha, não aceita a separação de classes e posições impostas no ambiente.

Anna Muylaert, escritora e diretora do filme, faz aqui um trabalho realmente preciso sobre as relações entre as diferentes classes sociais do Brasil, ironizando e questionando os privilégios e dilemas dos personagens, atuados de forma magistral pelo elenco. A lista de prêmios que ganhou e aos quais foi submetidos é imensa, mas dá para citar as vitórias do Prêmio do Júri do Festival de Cannes, do Prêmio do Público no Festival de Berlim, do Grande Prêmio do Cinema Brasileiro, e as indicações do Satellite Awards e Critic's Choice Awards.

Uma das produções nacionais mais aclamadas e populares dos últimos tempos, Bacurau é dirigido por Kleber Mendonça Filho e Juliano Dornelles. Conquistou o Prêmio do Júri no Festival de Cannes de 2019, tornando-se um raros títulos da nossa filmografia a se destacar no evento. Além de ter sido premiado em diversos festivais pelo mundo, Bacurau foi selecionado para mostras de prestigiados eventos de cinema, como Festival de Nova York, por exemplo. Considerado um dos mais ousados filmes brasileiros, Bacurau, junto a toda sua força implacável, rapidamente se tornou um ícone pop do final da década.

Sua premissa se concentra numa pequena cidade brasileira de Pernambuco, que se encontra num estado de luto após a perda de uma das figuras mais emblemáticas da cidade. A partir disso, os habitantes de Bacurau começam a notar acontecimentos verdadeiramente estranhos, como o sumiço da comunidade na maioria dos mapas, a chegada de um grupo misterioso e o desaparecimento de algumas pessoas da cidade.