10 maneiras pelas quais a versão estendida de Esquadrão Suicida pode melhorar o filme!
10 maneiras pelas quais a versão estendida de Esquadrão Suicida pode melhorar o filme!
Depois de meses de relutância por parte do diretor e controvérsias entre os críticos e os próprios fãs, foi confirmado que Esquadrão Suicida ganhará uma versão estendida. Essa é a chance de corrigir vários problemas da versão cinematográfica do filme e temos, aqui, algumas ideias sobre o que precisa ser corrigido com as novas cenas que serão incluídas!
Atenção: Alerta de Spoilers!
O papel de Rick Flag
Um militar que conduz o Esquadrão Suicida por boa parte do filme, Rick Flag é, também, um dos personagens mais apagados da trama. Ele é pouco desenvolvido, de modo que suas ações não condizem com sua personalidade - sempre criticando os vilões da equipe, mas não esboçando reação nenhuma quando Amanda Waller mostra suas garras.
Além disso, a principal característica de Rick Flag que precisa ser melhorada nas cenas adicionais do filme é sua relação com a arqueóloga June Moon, o que o torna um personagem valioso para controlar e manipular a bruxa que possui June, Magia.
Família?
Por mais que El Diablo seja um dos destaques do filme, uma de suas cenas finais beira o ridículo, quando ele faz o sacrifício supremo para salvar sua "família" - no caso, o Esquadrão Suicida, que para quem não sabe, é o grupo de vilões que ele conhecia há menos de um dia.
É necessário mostrar o porquê do vilão considerar a equipe dessa forma. A cena do bar, em que os personagens têm mais diálogos, precisa ser expandida para dar uma ideia maior da relação entre os integrantes do grupo e como eles podem ser a salvação de seus colegas de equipe.
Desenvolvendo mais a equipe
Outra ideia que pode ajudar a consolidar esse "espírito de família" do Esquadrão Suicida é desenvolver melhor alguns personagens que ficaram completamente ofuscados na trama. Katana, Crocodilo, Bumerangue e o Amarra precisam ser melhor trabalhados para que o público ao menos consiga desenvolver empatia por eles.
Tomando como exemplo os dois últimos mencionados, o Bumerangue pode ter mais destaque cômico e psicológico, de modo que possamos entender o porquê dele ter voltado após "abandonar" a equipe. Ao mesmo tempo, Amarra pode ter uma introdução decente, para que saibamos melhor quem ele é e possamos esboçar alguma reação além do tédio na cena da morte do vilão.
O segredo de El Diablo
Ao final do filme, El Diablo revela um segredo para toda a equipe: ele consegue libertar uma entidade mística poderosa em seu corpo, que é extremamente útil na luta contra o irmão demoníaco de Magia. Porém, o nível de desenvolvimento dessa criatura no filme é praticamente nula.
Uma pequena cena que dê indícios de que o El Diablo pode se transformar nesse colosso de fogo seria importante para fazer com que a revelação não soasse como um deus ex machina, ou uma solução conveniente para o confronto final do filme.
Magia e Incubus
Uma das maiores reclamações do filme por parte dos críticos e dos fãs é a Magia, que é uma vilã com grande potencial, mas acaba se tornando uma oponente fraca, com um plano sem sentido e motivações pouco sustentadas no roteiro.
Por menor que sejam as alterações proporcionadas pela versão estendida, elas precisam melhorar o papel da vilã no filme, tornando-a mais ameaçadora. Além disso, seu irmão, o Incubus - uma adição de última hora nas refilmagens feito inteiramente em CGI - precisa ter uma importância maior no roteiro e não ser apenas o "peso pesado" que não tem nenhuma utilidade além disso.
Coringa e Arlequina
Por mais que Will Smith acabe roubando a atenção do público no papel de Pistoleiro, o foco central do filme está na relação entre a Arlequina e o Coringa, já que é uma subtrama que permeia toda a história. Contudo, falta um pouco mais de desenvolvimento para que seja explorado o lado sombrio da relação dos dois.
Conforme rumores espalhados dizem, em determinado momento do filme, o Coringa e a Arlequina deveriam ter uma grande briga, o que a motiva a voltar para o Esquadrão e terminar a missão com a Magia. Isso é importante para desenvolver tanto o papel dela, quanto do Palhaço do Crime.
Estabilizando o tom do filme
Uma reclamação costumeira dos críticos, que parece também ter incomodado os fãs, é a forma como o longa parece ter segmentos muito diferentes entre si. O primeiro e o terceiro atos são similares, no tom, mas o meio do filme é uma "barriga" sombria que não condiz com o que estava sendo construído até então.
As cenas adicionais poderiam servir para balancear esse tom, deixando-o mais homogêneo ao longo do filme. Para isso, basta deixá-lo um pouco mais leve no meio do filme e um pouco mais sombrio no começo e no final, de modo que não se perca a essência original da ideia do diretor.
Vilões?
Toda a campanha de divulgação do filme gira em torno do fato de que o grupo é constituído pelos "piores vilões do mundo". Entretanto, as ações dos personagens em nada ajudam a criar essa sensação de vilania. Pelo contrário, todos parecem pessoas ótimas que acabaram seguindo a vida do crime por terem feito uma ou duas decisões erradas.
A versão estendida poderia trazer mais cenas que demonstrasse o porquê desses personagens serem considerados vilões. É necessário que, apesar da empatia, possamos sentir desprezo por eles e que eles possam mostrar que definitivamente não são os mocinhos.
Montagem
Falando do ponto de vista puramente técnico, o maior problema do filme é a montagem - não confundir com edição - que é a organização e o "encaixe" dos planos, cenas e sequências do filme. Muitas coisas perdem a lógica considerando que a montagem do filme é desastrosa, cheia de cortes irregulares e que acabam com o timing.
Por mais que a versão estendida acabe trazendo mais cenas completas, seja modificando a história ou adicionando mais fan service, seria importante reconsiderar a montagem do filme, modificando levemente alguns cortes, ampliando algumas sequências e tornando o filme mais coerente.
O Palhaço do Crime
Depois de meses de espera, é um ultraje perceber que o Coringa, interpretado por Jared Leto - que foi um dos grandes motivadores do público a ver o filme e esteve tão presente na divulgação - tem o desenvolvimento reduzido e não passa o mínimo senso real de perigo do Coringa das HQs.
Obviamente, a versão estendida deve ser muito mais voltada ao personagem, mas não basta colocá-lo sem razão, tornando-o uma grande subtrama sem importância no contexto do filme. É mais interessante que as cenas em que ele apareça dialoguem mais com a história do filme e possam funcionar como combustível para outros personagens, como a Arlequina.