A casa das ideias é notoriamente bem sucedida em transportar sua extensa galeria de personagens para games de qualidade com bastante profundidade de mecânicas. Marvel: Ultimate Alliance é um ótimo exemplo disso.

Ultimate Alliance é um título bem ambicioso, pra dizer o mínimo. Contando com 140 personagens jogáveis, no começo de cada missão, os jogadores podem selecionar um time com quatro heróis para encarar a fase.

Para progredir, o jogador deve tirar vantagem do conjunto de habilidades de cada herói individualmente, se tornando uma maneira perfeita de extrair o máximo de gameplay da variada galeria de heróis da Marvel.

O jogo obteve uma sequência, Marvel: Ultimate Alliance 2.

Sendo lançado originalmente para arcades e mais tarde para consoles, esse game dos mutantes não se beneficia da tecnologia moderna de gráficos, mas apesar das limitações da época, entrega um beat'em up de respeito, com gráficos que parecem terem sido arrancados diretamente dos quadrinhos da época.

Além disso, o jogo passava muito bem a sensação de controlar mutantes poderosos batalhando contra hordas de inimigos.

Entrando na onde de games super violentos que eram lançados na época, não é por nada que The Punisher é lembrado com tanto carinho.

Com o roteiro do jogo sendo escrito por ninguém menos que Garth Ennis, o jogo era repleto de diversos momentos gore, incluindo diversas execuções impiedosas de inimigos.

O jogo foi um dos primeiros de heróis a receber uma classificação apenas para adultos e foi proibido na Inglaterra durante um tempo, até que os órgãos competentes do país o conseguissem classificar de acordo com seu conteúdo.

Um clássico extremamente nostálgico, Turtles In Time oferecia uma trama onde os heróis cascudos passavam por diversas períodos do tempo, devidamente ambientados e com um boss no final de cada fase.

O game é até hoje considerado um exemplar de qualidade máxima do gênero beat'em up, contando com uma ótima trilha sonora e jogabilidade que balanceava dificuldade e gameplay preciso.

Não é a toa que esse jogo, ainda em 2017, é querido por muitos.

Estreando não somente em listas de melhores jogos de super-heróis, como também em listas de melhores jogos de luta de todos os tempos, Marvel Vs. Capcom 2 apresenta uma variedade enorme da personagens jogáveis da Casa das Ideias, dos mais famosos até os mais obscuros, sendo tudo que um fã de longa data poderia pedir.

Embora tenha divido críticas devido ao seu gameplay relativamente genérico, Deadpool certamente soube como agradar os fãs dos quadrinhos.

Transportando o herói com perfeição para a mídia dos games, sua dublagem é excelente, sem falar das tiradas que quebram a quarta parede, bastante presentes no game.

Outra coisa digna de menção é quantidade de personagens do universo Marvel que aparecem ao decorrer do game, pra fã nenhum botar defeito.

Embora a DC tenha errado a mão em tentativas anteriores (Mortal Kombat Vs. DC Universe não era lá aquelas coisas), finalmente chegou a hora de brilhar no gênero de luta com Injustice: Gods Among Us.

No game, orquestrado por Ed Boon (criador da franquia Mortal Kombat), diversos heróis e vilões da DC saem na pancadaria em um game que oferece jogabilidade precisa, até pequenas mecânicas adicionais que fazem toda a diferença, como interagir com o cenário.

Um dos grandes destaques aqui são os grandiosos e exagerados especiais dos personagens, um espetáculo à parte.

Resta torcer para que o segundo game da franquia, que será lançado ainda em 2017, seja um produto de qualidade igual ou superior.

Com uma excelente adaptação cinematográfica em 2010, Scott Pilgrim contra o mundo é uma HQ que dialoga intimamente com conceitos de jogos eletrônicos.

Desde cada ex-namorado de Ramona Flowers ser aludido como um boss até o fato de que os inimigos se transformavam em moedinhas ao serem derrotados. Entre diversas outras referências, Scott Pilgrim era uma história que implorava por uma adaptação nos games.

E ela veio no formato desse beat'em up excelente, incrivelmente fiel e respeitoso com seu material fonte, além de visualmente usar uma pixel art que simula com perfeição os traços do autor dos quadrinhos, Brian Lee O'Malley.

Sendo também extremamente divertido de jogar, o jogo é recheado de easter eggs dos quadrinhos.

O passado era uma época gloriosa, onde games excelentes do Teioso eram o que não faltavam. Dos clássicos da era do PS1 até Spider-Man Ultimate, os anos do primeiro e segundo console da Sony foram gentis com o aracnídeo, proporcionando ótimos games fiéis ao material fonte.

Fica difícil escolher um em específico para colocar na lista, mas vamos com Spider-Man 2, que explodiu a cabeça de muita gente quando lançado.

Recriando uma experiência super-heróica extremamente autêntica, o jogo foi apelidado por muitos na gringa de "GTAracnídeo", devido a incorporação de elementos de mundo aberto.

O jogo contava com um mapa com diversas missões que avançavam a trama, mas missões secundárias ocorriam de quando em vez no formato de crimes e assaltos que você, no papel do Cabeça de Teia, deveria impedir.

Sendo não somente uma das maiores franquias de games de super-heróis, como uma das maiores franquias de games em si, tudo começou graças ao sucesso estrondoso de Arkham Asylum.

Embora tenha tido seu conceito, mapa e jogabilidades expandidos em suas sequências, foi o sucesso desse jogo que deslanchou o universo Arkham nos games.

Com um tom soturno e sombrio que faz jus à mitologia do Morcegão, além de chefes memoráveis, mecânicas sólidas, elementos furtivos bem incorporados e uma trama bem escrita, esses são apenas alguns dos fatores que fazem de Arkham Asylum e da franquia num geral, os clássicos instantâneos que se tornaram.