Durante o primeiro arco de Fabulosos Vingadores, o Deus do Trovão Thor enfrenta o mutante primordial Apocalipse durante a era dos vikings e perde. Aqui, o vilão é manipulado pro Kang, que persegue Thor por ele ser uma ameaça ao futuro. Irado, Thor não aceita ser derrotado e retorna com seu machado encantado, Jarnbjorn, e fere Apocalipse.

Entretanto, anos depois, esse machado é relembrado pelos Gêmeos do Apocalipse e usado para assassinar um Celestial, o que provoca o julgamento e a destruição da Terra (depois revertida). Contudo, se Thor não tivesse buscado vingança e aceitado sua derrota, isso nunca teria acontecido

Certa vez, observando a constante guerra entre os X-Men e Magneto, o filho de Charles Xavier, Legião volta vinte anos ao passado para assassinar Magneto e criar um mundo onde o plano de seu pai não encontrou resistência. Alguns X-Men o seguem para tentar impedi-lo, mas o resultado é catastrófico.

Além de liberar muita energia mutante, despertando Apocalipse antes do tempo, Legião acaba matando seu próprio pai, gerando a linha alternativa e distópica da Era do Apocalipse. Ainda que matar Magneto fosse deformar a linha temporal tão drasticamente quanto isso, certamente teria gerado um futuro melhor.

Em Lanterna Verde: Origem Secreta, são contados novos detalhes da origem de Hal Jordan como Lanterna Verde, criando ligações com a saga A Noite Mais Densa. Aqui, Abin Sur vem para a Terra enquanto escoltava Atrocitus pela galáxia. Ele cai na Terra e seu anel é passado para Hal, que passa a ser treinado por Sinestro.

Ao final, Hal surpreende Sinestro ao conseguir resistir à fraqueza do anel pela cor amarela, e assim, derrota Atrocitus. Porém, ao derrotar o vilão, isso acaba gerando uma profecia que transformaria Sinestro em um dos maiores vilões do Universo DC. Se Atrocitus tivesse fugido, as coisas seriam bem diferentes...

No caminho para as mais recentes Guerras Secretas, a Terra se torna o palco de um evento macabro: as Incursões, onde duas Terras de universos diferentes se chocam, provocando a destruição de cada universo. Em determinado momento, os Shi'ar percebem o problema que têm em mãos e partem para a Terra-616, dispostos a destruí-la para salvar o universo.

Por mais que a destruição da Terra resultasse na morte de bilhões de inocentes, seria um preço pequeno a se pagar pela salvação do universo. Porém, os Shi'ar acabaram sendo derrotados antes de atingir seus objetivos, e isso desencadeou a última Incursão e a criação do Mundo Bélico.

O segundo a assumir o manto do Robin, Jason Todd foi assassinado pelo Coringa em Morte em Família. Anos depois, ele ressurge como o violento Capuz Vermelho, e parte em busca de vingança, chegando a capturar o Coringa e quase matá-lo. Porém, ele é impedido pelo Batman, que, para não sacrificar sua moral, livra o Coringa e o deixa fugir.

Porém, se Jason tivesse matado o Coringa, teria salvado todas as vítimas futuras do Palhaço do Crime. Esse é um questionamento que permeia boa parte da trajetória do Batman: até quando ele deixará pessoas morrerem por não "comprometer" sua moral, mantendo o Coringa vivo.

Embora os X-Men não pudessem deixar Magneto ganhar ao final de Atração Fatal, a vitória da equipe mutante acabou resultando numa tragédia bem maior. Aqui, os mutantes vão ao Asteroide M para confrontar o Mestre do Magnetismo, e lá, ele chega a tirar o adamantium dos ossos de Wolverine.

Xavier, furioso com Magneto, acaba usando sua telepatia para desligar a mente do inimigo. Embora isso tenha parecido uma vitória, a princípio, acabou resultando na mescla das entidades sombrias dos dois personagens, gerando o temível Massacre, que causou grande terror no Universo Marvel e desencadeou uma das piores fases da editora.

Um asteroide de Kryptonita migra em direção à Terra. Isso é suficiente para o até-então presidente Lex Luthor culpar o Superman e o Batman, que havia declarado apoio ao herói. Juntos, os dois não apenas destroem o asteroide, como também expõem os crimes de Lex, que perde seu cargo no governo.

Entretanto, isso abre margem para outra catástrofe. Após sumir, Lex "retorna" em Crise Infinita (trata-se de Alexander Luthor se passando por Lex), chamando vilões para sua causa. Se Lex não fosse retirado do cargo, Alexander não poderia se passar por ele e não teria provocado as catástrofes e perdas da Crise Infinita.

A loucura da Feiticeira Escarlate foi construída gradativamente, e despertou furiosa em Vingadores: A Queda, quando ela estraçalhou a equipe e matou alguns de seus ex-aliados. Anos depois, sobre a influência de Mercúrio, a bruxa cria uma realidade onde todos os heróis alcançam seus maiores desejos.

Porém, Wolverine "desperta" nessa realidade falsa e começa a convencer outros heróis a confrontar a Feiticeira. Eles acabam fazendo isso, e como resultado, ela dizima milhões de mutantes. Era melhor ter ficado em uma realidade que, apesar de falsa, não era ruim para nenhum dos envolvidos...

Antes dos Novos 52, um grupo do futuro auto-intitulado Os Renegados assume o manto da Galeria de Vilões do Flash, e retornam ao passado para prender Barry por um crime que ele não havia cometido (ele estava sendo incriminado pela versão futura do Pião).

O herói consegue se livrar, mas como resultado, acaba viajando ao passado e criando a linha temporal do Flashpoint. Se ele tivesse perdido, não teria seguido nessa direção e não criaria o reboot dos Novos 52.

Aqui temos um caso máximo onde os vilões são mera criação dos heróis. A Força Fênix retorna para a Terra. Os mutantes veem nela uma chance de reconstrução. Os Vingadores veem destruição. Eles brigam por isso, e como resultado, a Fênix acaba possuindo cinco X-Men, que se tornam "deuses".

Eles trazem água e comida para os necessitados, prosperidade e paz mundial. Porém, os Vingadores, ainda desconfiados, continuam a pressioná-los e ameaçá-los. Isso dá o gatilho para a corrupção da Fênix, que atinge os cinco mutantes. Assim, Wakanda é destruída, Xavier é morto, os mutantes voltam a ser perseguidos e muita catástrofe é provocada... e isso tudo poderia ter sido evitado se os Vingadores não se envolvessem onde não precisavam.