A história em quadrinhos mais valiosa de todos os tempos é também uma das mais influentes. Action Comics #1 foi publicada em 1938, e, por 80 anos, tem servido como um modelo para os super-heróis.

Action Comics #1 marca a primeira aparição do Superman, um nome que é praticamente um sinônimo de heroísmo. A edição também é responsável por transformam a DC Comics na editora que conhecemos hoje.

Maus é um grande marco para as graphic novels por inúmeros motivos, mas principalmente por ser a primeira a ganhar um Prêmio Pulitzer.

Publicada entre 1980 e 1991, Maus é uma reinterpretação artística das barbáries que o pai do autor Art Spielgelman passou nos campos de concentração nazistas. Spielgelman usou animais para descrever os grupos étnicos em seu conto da vida real; Judeus eram ratos, alemães eram gatos, e os poloneses não judeus eram porcos.

A história tem uma abordagem genial ao se aproximar de um assunto complicado e tão emocional. Maus é uma é uma obra de ficção não ficcional, visualmente infantil, mas tematicamente obscura.

A Mulher-Maravilha apareceu pela primeira vez em All Star Comics #8 como uma espécie de figura proto-feminista, lutando pelas mulheres injustiçadas em um mundo moldado pelo homem. Até esse ponto, as mulheres dos quadrinhos não passavam de interesses românticos ou secretárias loucas para serem resgatadas.

Foi uma primeira aparição controversa, mas a personagem foi bem aceita e ganhou seu título solo em 1942. Depois disso, a Mulher-Maravilha se tornou um ícone para as mulheres e todo o planeta e influenciou a criação de inúmeras outras heroínas.

Nenhuma discussão sobre quadrinhos pode começar sem mencionar The Yellow Kid, de Richard F. Outcault . Não era um quadrinhos de super-herói, mas o menino amarelo era um garoto pequeno com orelhas enormes, uma cabeça careca e uma camisola amarela.

Inicialmente publicado pelo The New York World e mais tarde pelo The New York Herald, as tiras diárias se tornaram tão populares que diversos jornais começaram a imitar a novidade para impulsionar as vendas.

Em março de 1897, uma compilação das tiras diárias de The Yellow Kid foi lançada, e assim nasceu a primeira história em quadrinhos impressa. Nada do que nós conhecemos em quadrinhos existiria se aquela revista não tivesse sido publicada há mais de 100 anos.

Com o mundo em guerra, os americanos precisavam desesperadamente de um super-herói que pudesse os convencer que o bem triunfaria sobre o mal. O Capitão América, então, apareceu dando um murro na cara de Hitler logo na primeira edição.

Steve Rogers era um defensor da liberdade lutando contra o nazismo e vilões como o Caveira Vermelha. Um símbolo do patriotismo, o Capitão América se tornou incrivelmente popular, e foi o primeiro herói a ganhar um quadrinho solo ser aparecer em nenhuma história anterior.

Os quadrinhos dos X-Men de Star Lee estrearam na Era de Prata, mas sua popularidade cresceu como o passar dos anos.

Os X-Men são únicos no universo dos quadrinhos por nascerem inexplicavelmente com poderes mutantes e serem severamente perseguidos por isso.

Enquanto a equipe sobreviveu a várias versões ao longo dos anos, o enredo foi criado para tratar de questões sociais de preconceito e perseguição.

A história dos quadrinhos que nós conhecemos não estaria completa sem as influencia do mangá.

Publicados entre 1982 e 1990, os quadrinhos e o filme animado de Akira foram pioneiros em trazer os mangás e a cultura do anime japonês para o mundo ocidental, apresentando o estilo que, além de influenciar diversos desenhistas, se tornou familiar para inúmeros leitores.

A história excepcional de Akira, que girava em torno de temas como poder, a alienação social e corrupção política, faz com que o mangá permaneça nas mentes dos fãs em todos os lugares.

Os primeiros anos da indústria de quadrinhos foram muito controversos devido ao efeito que os super-heróis teriam sobre seus jovens leitores.

Em resposta, os editores de quadrinhos se uniram para criar a Comics Code Authority, uma organização que visava "censurar" o conteúdo das revistas.

De 1954 em diante, qualquer quadrinho publicado pelas principais editoras deveriam respeitar as regras estabelecidas pela CCA.

O código proibiu qualquer menção a drogas, mas Stan Lee resolveu quebrar a corrente em 1971. Ele queria criar um arco de história que demonstrasse os perigos do uso de narcóticos, mas foi proibido pela CCA. Em vez de auto-censurar seu trabalho, Stan decidiu que sua série, Amazing Spider-Man, não iria seguir as regras porque acreditava que precisava trazer uma mensagem muito mais importante.

Foi uma escolha controversa que provocou reações positivas e negativas, mas mais importante ainda, ela é responsável pela reformulação da CCA.

O Cavaleiro das Trevas marca um novo jeito de fazer quadrinhos para a DC Comics. Enquanto Watchmen explorou uma nova realidade em um novo universo, a história de Frank Miller deu uma nova interpretação para como um dos personagens mais emblemáticos dos quadrinhos era tratado.

O Cavaleiro das Trevas mostra um Bruce Wayne aposentado que decide vestir o manto do Batman uma última vez para salvar Gotham City. Todos os aspectos da graphic novel pegam as abordagens tradicionais o Batman e as amadurecem.

A história mostrou para uma geração inteira de escritores de quadrinhos de todos os lugares que eles poderiam pegar amados personagens tradicionais e trazer uma abordagem completamente nova e realista.

1986 foi um grande ano para os quadrinhos. Ambos Watchmen e O Caveleiro das Trevas começaram a ser publicados, algo que influencia dos quadrinhos modernos até hoje.

O trabalho de Alan Moore, Watchmen, pegou todos os temas convencionais de quadrinhos de super-heróis e os deu uma nova abordagem mais interessante e adulta.

Watchmen se passa em um mundo onde - com uma única exceção - os super-heróis são apenas homens e mulheres comuns que decidiram vestir uma máscara e lutar contra o mal sem nenhum poder.

As questões sociais e políticas levantadas pela presença dos mascarados são examinadas nos mínimos detalhes, trazendo um realismo e profundidade inédita para os quadrinhos de super-heróis.