Essa saga, que envolve misticismo, tótens mágicos e aranhas gigantes, é tida como uma das piores e mais viajadas da história do Homem-Aranha. Nela, o herói é perseguido pelo vampiro Morlun, que quer sugar sua força vital e seus poderes de aranha.

Em um dado momento, o vilão deixa o aracnídeo a beira da morte, chegando até a comer um dos olhos do herói (!!) que depois vira uma aranha gigante e o devora por completo.

É, é bem estranho. E por isso nunca será adaptada.

Tem gente que ama, tem gente que odeia, mas todo mundo concorda que a Saga do Clone é uma das mais confusas de todos os tempos. E não é por pouca coisa.

Peter Parker descobre que seu antigo clone criado pelo vilão Chacal nos anos 70 está vivo. Esse clone, Ben Reilly, se torna o herói Aranha-Escarlate e passa a ajudar o escalador de paredes contra um monte de outros clones e vilões bizarros, mas tudo muda quando eles descobrem que o Peter que todos pensavam ser o original na verdade era o clone o tempo todo.

Daí pra frente, só piora. E parece bastante improvável, pra não dizer impossível, ver tudo isso acontecendo no cinema.

Se fosse pra escolher qual a pior história do Homem-Aranha já feita, muita gente escolheria essa, um recton malfeito que acabou por estragar um dos momentos mais importantes e dramáticos da vida do Aranha.

Nesse arco, descobrimos que antes de morrer, Gwen Stacy teve um caso com Norman Osborn, que a engravidou e depois a matou por que ela ameaçou tirar seus filhos dele.

Criadas em segredo, as crianças crescem odiando o Homem-Aranha. Gabriel Stacy, um dos filhos de Gwen e Osborn, até se torna o vilão Duende Cinza.

Felizmente, isso seria impossível de acontecer no cinema por inúmeras razões, como o fato de nem mesmo existirem Gwen Stacy e Harry Osborn no MCU, por exemplo.

Esse é um arco um pouco mais atual. Nele, o Aranha e o Doutor Octopus tem seus corpos trocados, Peter morre no corpo de Octavius e o vilão consegue sua tão sonhada vitória sobre o herói, mas depois tenta continuar o trabalho de Peter como o Homem-Aranha, acreditando que pode fazer melhor que seu antigo inimigo.

Não é uma saga ruim, mas seria impossível contá-la no cinema em um único filme por ser complexa demais, isso sem falar em matar o herói e fazer um vilão tomar seu lugar. Imagina a bagunça que seria para desfazerem isso?

Essa saga é polêmica. Para salvar a vida da Tia May (de novo), o Aranha faz um pacto com o demônio Mefisto, que em troca pede que o herói sacrifique uma das coisas mais importantes de sua vida: seu relacionamento com Mary Jane.

Misticismo exagerado nunca funcionou muito bem nas histórias do Homem-Aranha, e por mais coeso e ligado que o MCU seja, introduzir um personagem como Mefisto em um filme do herói parece forçar a barra até demais. Sem falar que essa saga não funcionou nem nos quadrinhos.

Em uma Terra alternativa, os maiores heróis do planeta se transformaram em zumbis e devoraram toda a raça humana. Agora, procuram por mais comida.

Não é exatamente uma história do Homem-Aranha, mas o personagem tem bastante destaque nela. Em um dos momentos mais peturbadores da história, a HQ mostra Peter matando e comendo a Tia May e Mary Jane com requintes de crueldade, algo do qual ele se arrepende muito, por mais que não possa evitar de devorar mais pessoas.

Vocês imaginam a mais remota possibilidade de isso ser mostrado nas telonas? Nós não.

Essa não é uma história vinda das HQs, e sim uma série animada produzida pela Fox entre 1999 e 2001. Nela, o Homem-Aranha vai parar na Contra-Terra, um mundo alternativo e distópico, onde ele ajuda um grupo de rebeldes a lutar contra as forças do Alto Evolucionário.

Era um desenho bem bacana, onde o Homem-Aranha usava um traje cheio de funções e gadgets interessantes, mas não fez muito sucesso e por isso parece improvável que isso seja adaptado para um filme.

Em um futuro distante, o Homem-Aranha é Miguel O'Hara, um cientista que foi traído por seu chefe corrupto, sendo vítima de um experimento que deveria tê-lo matado, mas lhe deu poderes de Aranha bem diferentes dos que Peter Parker tinha em sua época.

O personagem apareceu na cena pós-créditos de Homem-Aranha: No Aranhaverso, mas as chances de ele ter um filme solo contando sua história são praticamente inexistentes. O que é uma pena, porque este é um personagem bem legal.

Essa é a versão "Velho Logan" do Homem-Aranha, onde um Peter Parker já idoso, que perdeu todos aqueles que um dia amou, precisa voltar ao seu velho uniforme para uma última missão em uma Nova York que há muito já se esqueceu dele.

Nos quadrinhos é interessante, mas um filme com um Homem-Aranha na casa dos 70 anos se balançando por aí parece algo impossível de acontecer. Os brinquedos com certeza iriam encalhar...

Outra história envolvendo misticismo, outra história envolvendo Norman Osborn, outra história que estraga um momento importante do Homem-Aranha nos quadrinhos.

Nela, Osborn organiza um ritual arcano onde cinco indivíduos precisam se reunir para receberem um "presente" de uma entidade sobrenatural, manipulando esses indivíduos para se encontrarem por vontade própria e realizarem o tal ritual.

Depois de muito drama, a tia May, que havia tido uma morte bela e significativa durante a Saga do Clone, é revivida, só para que os fãs mais reclamões continuassem tendo o mesmo Homem-Aranha de sempre, nas mesmas situações manjadas.