Silent Hill sempre tem jogos com histórias incríveis, sombrias e que mexem bastante com o psicológico do jogador.

Mas o segundo jogo da franquia talvez tenha sido aquele que te fez arregalar os olhos um pouco mais, principalmente quando, depois de passar o jogo inteiro buscando sua esposa, você descobre que você a matou, e que o famoso monstro Pyramid Head (todos os dois), foram criados como uma maneira de lhe punir.

This War of Mine é um jogo de 2014 que foi inspirado pelo Cerco de Sarajevo durante a Guerra da Bósnia de 1992 até 1996. Difere-se dos demais jogos do estilo pelo fato do foco e da jogabilidade serem voltados a civis, e não militares.

O Jogo é uma perspectiva diferente da guerra onde o jogador controla os civis que ficaram presos em uma casa e tem que sobreviver saindo a noite e pegando suprimentos. Ele também pode utilizar o Stealth e pegar suprimentos sem ser visto ou usar uma arma e matar todos no local, estas ações podem dar consequências no jogo como um personagem ir embora por não querer ser um assassino ou ele entrar em depressão severa por meses.

Você não precisa de grandes e inesperados plot twists pra poder fazer a cabeça de alguém explodir com o enredo de um jogo. Isso também é possível criando um universo quase inimaginável de tão rico e expansivo.

É basicamente isso que a Blizzard fez com o universo de Warcraft quando lançou o seu MMORPG e continua atualizando a história através de cada vez mais expansões.

Bioshock é provavelmente um dos maiores plot twists dos games. Se não isso, pelo menos um dos que mais deixaram os jogadores apontando pra tela com aquele sentimento de "Ei! Eu vi o que você fez aí!"

Quando você descobre que a frase Would You Kindly é na verdade um gatilho para te fazer seguir ordens, e você tem a sensação de que você foi manipulado o jogo inteiro. É quase assustador.

The Last of Us é considerado um dos melhores jogos atuais, e todo o jogo já é praticamente um filme, empolgante, emocionante, bem roteirizado, bem estruturado.

Mas chega um momento no final em que você descobre que Joel estava, na verdade, levando Ellie para sua morte, pois precisavam matá-la para arrumar uma cura, as coisas realmente mudam de figura.

Falando em coisas que mudam de figura, nos jogos indie nós temos uma liberdade maior para viajar em histórias não muito ortodoxas.

Por exemplo, em Braid, você joga boa parte do jogo achando que você é um herói indo salvar uma princesa. Eventualmente você chega em um ponto que descobre que na verdade a princesa está fugindo de você, e todos os obstáculos que você enfrentou foram colocados por ela, para tentar te atrasar.

Castlevania é uma franquia incrível que carrega uma legião de fãs por diversos dos seus títulos, e é sempre uma franquia que de alguma maneira está atrelada ao mito de Drácula.

Então, ao longo do jogo, nós vamos vendo um representante da franquia que focou em uma narrativa mais cinematográfica. Mas nada fora do normal, nada de muito impactante, e com um final até um tanto quanto decepcionante.

Mas quando você chega na cena pós-créditos, que você descobre que este tempo todo você estava jogando com o Drácula, em uma espécie de Dracula: Origens, o jogo como um todo ganha outra perspectiva.

Hoje, jogos de zumbi podem até estar batidos e rotineiros, até mesmo o universo de Resident Evil pode ser algo muito mais normalizado hoje em dia.

Quando o jogo foi lançado, toda a história de uma mansão repleta de zumbis e monstros, onde a gente aos poucos ia descobrindo toda uma trama envolvendo um conglomerado maligno, já nos deixava de cabelo em pé.

Daí vem a cereja do bolo chamada Albert Wesker, e trai toda a sua equipe, virando todas as mesas possíveis que você tinha.

Nós temos mais de 70 anos de rivalidade entre Batman e Coringa, vimos o Príncipe Palhaço do Crime montar os mais ardilosos planos pra cima do Cavaleiro das Trevas.

E em Batman: Arkham City nós achávamos que seria mais um destes momentos onde o Batman frustra o plano do palhaço e o envia para Arkham.

Então você imagina a surpresa de todo mundo, quando no final, a reação geral era: "Pera, o Coringa morreu?!"

Se tem uma coisa que nós estamos acostumados, é com jogos de guerra, onde o seu personagem é um herói naquela história, uma pessoa praticamente inabalável.

Então, por isso Spec Ops: The Line é um jogo tão incrível. Pois você passa o jogo inteiro debatendo com uma pessoa sobre se suas ações são corretas ou não. E depois, você mesmo encontra o cadáver desta pessoa, que sempre esteve morta, e na verdade o seu personagem estava passando por Stress pós traumático, e personificava esta pessoa, para que você lidasse com suas próprias decisões duvidosas.