10 heróis e heroínas LGBT+ que precisam aparecer nos cinemas!
10 heróis e heroínas LGBT+ que precisam aparecer nos cinemas!
As HQs sempre foram uma mídia mais desbravadora e corajosa que os outros canais de comunicação. Seja pelo público alvo, até pouco tempo atrás, alvo de muito preconceito, seja pelos autores e artistas por trás das revistas, que tentavam usar o ícone do super-herói e dos poderes fantásticos para trabalhar questões sociais em alta na época.
Porém, o mesmo não se pode dizer das adaptações de HQs. Os estúdios, com medo de rejeição, são extremamente lentos e precavidos demais na questão. Mas estamos evoluindo. Heróis de outras etnias e heroínas estão ganhando espaço em Hollywood de pouco em pouco. No entanto, a questão da identidade sexual e de gênero ainda é um tabu.
Selecionamos nessa lista 10 heróis e heroínas LGBT+ que precisam aparecer nos cinemas! Personagens, oportunidades e espaços não faltam; o que não temos ainda é um estúdio disposto a levantar a bandeira sem medo.
Créditos: Divulgação
Mas por que?
Representatividade não é a mesma coisa que privilégio ou “cotas” – no sentido pejorativo da palavra. Grandes trabalhos de ficção são criados para espelhar o público que atinge, criar uma experiência de imersão, erguer ícones e exemplos para serem seguidos.
Vivemos um momento um tanto obscuro, onde a ideia de direitos iguais está sendo deturpada. Incluir um herói – ou vilão – de uma etnia não “convencional” para os padrões de Hollywood, colocar mulheres em lugar de destaque e trabalhar a questão de gênero e sexualidade é uma ferramenta poderosa que o mercado de blockbuster possui para mudar isso.
Ferramenta essa, importante para fazer essa parte do público se sentir incluída assim como a comunidade nerd no geral se sentiu incluída quando os primeiros heróis começaram a dominar os cinemas.
Angela
Uma criação de Neil Gaiman, saindo das revistas do Spawn para cair no universo Marvel, a Angela é relativamente nova. Porém, pelo tempo que já passou com os Guardiões e em Asgard, a irmã perdida do Thor se mostrou uma personagem sensacional.
E a Angela se envolve com a Sera, que lembra muito o Loki em vários pontos. As duas possuem um relacionamento de eras – não meses, não anos; eras – e o amor entre elas se mostrou forte o suficiente para superar qualquer barreira.
Com a expansão do universo do Thor e o envolvimento do herói com o cosmos, seria incrível ver a Angela chegar às telonas.
Apolo e Meia-Noite
Toda semana a DC está anunciando filmes novos, então por que não dar uma chance para uma história do Apolo e do Meia-Noite? Os dois são um marco para os quadrinhos, criados por Warren Ellis no “Universo WildStorm”, em 1998, e poderiam ser um marco para o cinema também.
Se você não conhece, dando um resumo beeem simples, os dois são quase uma versão alternativa do Batman e do Superman. O Apolo é um super-herói extremamente poderoso, com energia vinda do Sol, enquanto o Meia-Noite é uma espécie de Batman com alguns super-poderes. E os dois são um casal.
Serpente da Lua
Nesse caso, a Serpente da Lua é uma personagem com GRANDES possibilidades de aparecer no UCM, principalmente em Guerra Infinita. Ela é a filha perdida do Drax, que ele acredita estar morta, mas, na verdade, foi treinada pelo pai do Thanos.
E ela é bissexual. A Heather possui um relacionamento especial com a Guardiã Phyla-Vell. Esse seria um passo enorme para a Marvel, mesmo a Serpente da Lua não sendo uma personagem tão grande assim.
Wiccano e Hulkling
Quando é que a Marvel Studios vai se tocar e produzir uma série ou um filme dos Jovens Vingadores? Os fãs estão sedentos por alguma coisa relacionada aos heróis. E, se eles chegarem às telas, poderíamos ver um dos melhores casais LGBT+ dos quadrinhos – Wiccano e Hulkling.
Além de serem super-heróis incríveis, Teddy Altman e Billy Kaplan possuem uma relação que pode espelhar uma geração toda. E mais: são personagens que, independente de sexualidade, possuem histórias fantásticas e poderes insanos para serem explorados.
A pergunta é: Por que a Marvel não adaptou eles ainda?
Créditos: Cris-Art(+18)
Daken
Indo para o mundo da Fox, com a introdução da X-23 em Logan, muitas especulações apontavam que, talvez, o Daken fosse aparecer. Não foi o caso, mas não precisamos perder as esperanças.
O Daken é o filho perdido e maníaco do Wolverine com sua esposa Itsu, nascido na década de 40. A moça foi assassinada ainda grávida e o Logan acreditou que o bebê também havia morrido. Porém, ele herdou o fator de cura do pai e sobreviveu.
Nesse caso, o Daken é perfeito para entrar em algum filme dos X-Men como vilão ou anti-herói. Principalmente se mantiverem a sexualidade fluida do personagem, que é bissexual. Representatividade pode estar em qualquer um dos lados, desde que bem feita.
Miss America
Não, a Miss America não é uma heroína nova baseada na Beyoncé. Longe disso. Ela é uma das melhores criações da Marvel nos últimos anos, parte dos Jovens Vingadores, e uma excelente representante da juventude LGBT+ nos quadrinhos.
America Chavez foi criada em 2011, vinda de um futuro distópico, lésbica, latina, criada por duas mães e super-poderosa. Seria sensacional ver a moça em tela, principalmente junto da Gaviã Arqueira e o relacionamento complicado das duas.
Loki
Na verdade, já existem alguns personagens LGBT+ nos cinemas, mas esse lado deles não foi explorado. Seja o Deadpool, que é pansexual, seja a Mística, que foi criada para ter uma fluidez de gênero e sexualidade, seja o Loki, que segue o mesmo caminho. Os estúdios só não tiveram a coragem de abordar a coisa.
No caso, o maior deles com essa possibilidade hoje é o Loki. Nos quadrinhos, ele é fluido até em forma, quando ele já foi até um unicórnio. Está no cerne do personagem, ele é o Deus da Trapaça, ele pode assumir a identidade que quiser, quando quiser. Seria incrível essa faceta sendo explorada nas telonas.
Batwoman
O Batverso da Warner está cada vez maior. Depois de Sereias de Gotham City – que também tem potencial para explorar identidade sexual – Asa Noturna e Batgirl, por que não fazer um filme da Batwoman?
Depois de muitas reviravoltas, em 2006 a DC introduziu a versão mais famosa e legal da heroína. Kate Kane estudou em um colégio militar, precisou abandonar o lugar por conta de sua sexualidade e, obcecada pela ideia dos vigilantes em Gotham, resolveu colocar suas habilidades em uso se tornando a Batwoman.
Melhor ainda: um filme da moça poderia apresentar também a oficial Renee Montoya, para romântico mais famoso da heroína, como Questão – identidade que ela carregou por algum tempo.
Estrela Polar
Até algum tempo atrás, o mutante LGBT+ mais famoso era o Estrela Polar. Ele foi o primeiro personagem gay apresentado pela Marvel, em 1979. Na época, porém, a sexualidade do herói teve que ser mantida em sigilo, sendo revelada apenas em 1992.
E ele não se resume à sua sexualidade. O Estrela Polar é um herói incrível, extremamente poderoso, com força e velocidade sobre-humanas, voo e habilidade de manipular a luz.
Ele é carismático, tem ótimas aventuras, fez história ao se casar com seu parceiro, em 2012, e tem tudo o que é preciso para brilhar em um filme dos X-Men. Bora lá, Fox.
Homem de Gelo
Sob a direção de Brian Michael Bendis, os X-Men originais que foram trazidos do passado para a história dos Novíssimos X-Men passaram por algumas mudanças. Entre elas, tivemos o Bobby Drake, o Homem de Gelo, se assumindo gay.
Mas como assim?! Depois de quase 60 anos de histórias? Sim. E isso é ótimo. É um exemplo de sexualidade reprimida. Toda a explicação casa perfeitamente e não existe um motivo realmente bom para isso não acontecer. E, com a nova tomada dos mutantes nos cinemas, essa seria uma aposta fenomenal.
Apocalipse apresentou uma equipe jovem dos X-Men que poderia muito bem contar com o Homem de Gelo no próximo filme. E nas telas, assim como nos quadrinhos, não existe um motivo bom o suficiente para essa parte da sexualidade do rapaz não ser explorada.
Esse quadrinho aí ao lado é bem didático na questão do Bobby Drake e pode ser encontrado em Fabulosos X-Men #600.