Um dos heróis mais populares da Marvel, o Wolverine passou por intensas mudanças desde sua origem. Inicialmente, ele foi apenas um coadjuvante da revista do Incrível Hulk. Lutando por um departamento especial do exército canadense, ele logo demonstrou sua ferocidade ao lutar com o Golias Esmeralda.

Eventualmente, o personagem se juntou aos X-Men, onde sua popularidade foi infinitamente impulsionada. Seu passado foi revelado e sua personalidade mudou drasticamente, de lobo solitário atormentado à figura paterna da equipe. Atualmente, essa versão do herói está morto, mas temos o Velho Logan no universo tradicional da Marvel, outra mudança no panorama do personagem.

O Demolidor é um herói que não possui uma fase ruim sequer nos quadrinhos. Ele sempre passou nas mãos de roteiristas e artistas extremamente talentosos, o que lhe garantiu uma base narrativa sólida e bem consistente. Porém, ele também passou por transformações grosseiras que o moldaram na versão atual do personagem, adaptado na série da Netflix.

Quando foi criado por Stan Lee, o personagem era visto como um "Homem-Aranha mais velho", com um visual espalhafatoso e histórias bem-humoradas. A entrada de Frank Miller serviu para jogar o herói na escuridão e apresentar seu passado ninja. Desde então, ele já teve sua identidade revelada, escondida novamente e já assumiu o manto do Rei do Crime. Atualmente, ele luta com um parceiro mirim.

Diferente da Viúva Negra, que apesar de ter sofrido mudanças importantes, sempre manteve-se em sua essência espiã, o carismático Gavião Arqueiro teve uma história bem complexa. O herói começou como um artista de circo que, após uma injustiça, decidiu se transformar em inimigo jurado do Homem de Ferro.

Posteriormente, ele se redimiu, juntando-se aos Vingadores e tornando-se uma das adições mais valiosas da equipe. Ele evoluiu, tornando-se líder de algumas facções do grupo, enquanto se tornava um agente especial. Após isso, ele já morreu e retornou - como o enigmático Ronin -, se tornou um cara caseiro, adotou uma parceira de combate - Kate Bishop e, atualmente, lidera um grupo de heróis clandestinos lutando por grupos desprivilegiados.

Quem conhece a Jean Grey escrita por Stan Lee percebe que é fácil se assustar com a mudança que a personagem sofreu nos quadrinhos. Inicialmente, uma mutante calma e recatada, com pequenas habilidades telecinéticas, a jovem membro dos X-Men teve seus poderes aumentados de uma maneira jamais vista, principalmente com a inserção da Fênix.

A heroína transformou-se num dos ícones mais poderosos da Marvel, dizimando todo um sistema solar. Entre diversas mortes e ressurreições, Jean se tornou mais ousada e cheia de si e, apesar de ter morrido "definitivamente", foi recentemente trazida ao presente, onde se tornou líder de seu próprio grupo de X-Men.

Baseado na divindade nórdica, o Thor da Marvel é uma figura quase shakespeariana. Inicialmente, tratava-se do deus mimado banido por Odin para a Terra e obrigado a habitar o corpo de Donald Blake, um médico terráqueo. Ao encontrar uma bengala mágica, Blake passou a se tornar o Deus do Trovão, assumindo a identidade do herói.

Eventualmente, Thor foi separado de Blake, mas ganhou outra identidade secreta. Ele se tornou figura de diversas intrigas propostas por seu irmão, o maligno Loki, além de ter entrado para os Vingadores. Mais recentemente, o personagem tornou-se indigno dos poderes de Mjölnir, dando o lugar de Deus do Trovão para Jane Foster, que é a atual Thor das HQs.

Outra heroína mutante da lista, a poderosa e sensual Psylocke tem uma história confusa e que poucos fãs entendem, mas que a transformou de donzela em perigo a uma das maiores femme fatales da editora. Inicialmente, Betsy Braddock era a irmã do Capitão Britânia, sem demonstrar nenhuma habilidade especial.

Com o tempo, ela desenvolveu poderes psiônicos, tornando-se membro efetiva dos X-Men - quando usava uma roupa sinistra, com direito a capuz e capa. Posteriormente, ela teve um confronto com Espiral, que transferiu sua mente para o corpo de Kwannon, uma dedicada assassina. Desde então, Psylocke se tornou uma guerreira letal, tendo de conciliar sua vontade em fazer o bem com sua sede sanguinária por violência.

Bucky Barnes é um personagem que acompanhou a Marvel desde seus primórdios, e por isso, suas mudanças o transformam em uma peça essencial da editora, principalmente no que diz respeito ao Capitão América. Inicialmente, o herói era apenas um assistente mirim do Sentinela da Liberdade, até "morrer" em um acidente, se tornando um fantasma do passado eterno para Steve Rogers.

Isso até que Ed Brubaker - literalmente - o resgatou do gelo. Descobrimos que, nesses anos, ele havia se tornado o cruel Soldado Invernal, graças a lavagens cerebrais diversas. Eventualmente, ele se liberta do controle e chega a assumir o manto de Capitão América brevemente, mas retorna ao posto de anti-herói e assume o lugar de Nick Fury, salvando a Terra de ameaças colossais.

Hank Pym é sinônimo de mudança, nos quadrinhos. O Homem-Formiga original começou como um herói relutante, que preferia seus experimentos científicos às grandes batalhas heroicas. Com a entrada da Vespa em sua vida, ele se tornou membro dos Vingadores e continuou lutando contra o crime.

Eventualmente, o "Homem-Formiga" virou Golias, Gigante, Jaqueta Amarela e Vespa, enquanto sua sanidade deteriorava constantemente. Por fim, o herói teve sua última dignidade arrancada quando foi consumido por sua pior criação: o assassino robô Ultron. Atualmente, o cientista é apenas um fantoche para a máquina... ou seria o contrário?

"Crescimento" é a palavra chave para entender a jornada de Carol Danvers nos quadrinhos. Inicialmente uma militar dedicada que servia de interesse amoroso para o Capitão Mar-Vell, ela ganhou poderes Kree em um acidente envolvendo o herói e assumiu o manto de Miss Marvel, para lutar contra o crime.

Eventualmente, a sua história passou por curvas sombrias, onde ela ganhou poderes cósmicos infinitos - Binária - e teve de enfrentar a Ninhada. Atualmente, ela é conhecida como Capitã Marvel, encabeçando grandes eventos da editora, como Guerra Civil II. Independente de seu crescimento ou mudanças em sua história, a personagem permaneceu sendo o que sempre foi em sua essência: uma heroína feminista.

Quem te viu, quem te vê, Peter Quill. Criado por Steve Englehart na década de 70, o herói espacial não tinha nada a ver com a versão querida que todos conhecem atualmente. Ele era um grande babaca, nascido durante um evento cósmico especial. O roteirista nunca conseguiu concretizar seus planos, mas originalmente, ele deveria mergulhar em uma jornada esotérica no espaço, transformando-se em uma pessoa diferente e boa.

O Senhor das Estrelas foi esquecido pelo tempo e resgatado décadas depois, quando participou de eventos impactantes como Aniquilação. Ele fundou os Guardiões da Galáxia e passou a ter uma personalidade muito mais leve, com diferenças chocantes em relação às suas origens. A mudança foi tamanha que a Marvel acabou "colocando" o Senhor das Estrelas original em um universo alternativo, conhecido como Terra-791.