10 Grandes filmes japoneses de Terror!
10 Grandes filmes japoneses de Terror!
Horror nipônico!
O Japão é um país conhecido por suas peculiaridades culturais. Dos animes à sua música, o país também é muito bom na concepção de filmes de terror assustadores, malucos e um tanto diferentes. Tão diferentes que chegaram a receber o rótulo “J-Horror“, como é de praxe com a cultura da Terra do Sol Nascente.
Nesta lista, separamos alguns dos principais expoentes do terror japonês para você que quer curtir um filminhos… diferenciados.
Faltou algum que você julga essencial? Joga pra gente nos comentários!
Ju-On: A Maldição (2000)
Sendo o filme que deu origem à franquia O Grito, Ju-On se trata de um horror minimalista feito com orçamento modesto, e que surpreende pela eficácia de sua história e do medo que ela evoca.
Aqui, uma professora visita a casa de um de seus alunos após o garoto desaparecer, descobrindo o motivo macabro que justifica sua ausência nas aulas.
O Grito se iniciou com dois curtas que mais tarde evoluíram conceitualmente para este filme televisivo, dividido também em duas partes.
Eventualmente, a franquia tomou proporções maiores, chegando também no ocidente.
Pulse (2001)
O Japão é conhecido por ser uma terra de ansiedades. Pulse é um filme que externaliza o anseio coletivo desta nação através de forma apocalíptica, ainda que se inicie de maneira minimalista, se expandindo de maneira viral.
O filme apresenta assombrações que se manifestam através de computadores e tecnologia, sendo uma narrativa assustadora repleta de cyber-fantasmas.
Algumas cenas são genuinamente aterradoras e fazem o sangue gelar, mas a preocupação de Pulse está mais na tecelagem de um comentário do que no medo em si.
Dirigido maestricamente por Kiyoshi Kurosawa, Pulse é um longa magistral, peculiar e aterrador.
A Cura (1997)
Mais um de Kiyoshi Kurosawa na lista. Em Cura, temos um thriller nos moldes estéticos de Se7en, no qual acompanhamos um detetive na trilha de um serial killer que convence suas vítimas a cometerem assassinatos hediondos e macabros.
Sendo uma jornada na psique humana e um confronto intenso entre dois homens determinados, Cura nos apresenta um filme que desperta nosso medo em relação às coisas mais simples, como o acender de um isqueiro ou um gotejar d'água, ferramentas que aprendemos serem essenciais na tática do assassino.
Com um estilo visual macabro e performances marcantes, Cura é outro horror japonês digno da sua atenção e mais uma joia na filmografia incrível de Kiyoshi Kurosawa
O Gato Preto (1968)
Se você procura um bom horror japonês com ares teatrais e uma pincelada folclórica regional, Gato Preto é a pedida certa.
O filme de Kaneto Shindo apresenta um bambuzal assombrado pelo espírito de uma mulher que assume a forma de um gato preto. Ela vaga atraindo samurais para um casebre no meio da floresta de bambus, no qual duas mulheres seduzem os guerreiros para então arrancarem suas gargantas.
Se tratam do espírito de mãe e filha que após serem estupradas e assassinadas numa guerra civil, retornam espiritualmente para punirem soldados.
Eventualmente, um jovem guerreiro, puro de espírito, encontra as aparições e tenta lidar com elas a fim de impor um fim na maldição.
Onibaba (1964)
Mais um filme de Kaneto Shindo na lista, o longa Onibaba é um documento histórico japonês importante, e ele vêm na forma de um filme de horror.
Aqui, uma mulher tenta assustar sua filha adotiva com a máscara macabra de um samurai morto. A mulher está envolvida em intrigas familiares envolvendo pertences roubados de samurais falecidos.
A máscara em si possui adornos macabros e o filme respinga atmosfera, com um clima que sempre venta. Para uma obra de 1964, Onibaba se mantém relevante até hoje como um longa assustadoramente contemplativo.
Exte: Hair Extensions (2007)
Do mestre Sion Sono, temos um dos filmes mais atípicos e trash da lista, ainda que seja tecnicamente muito bem executado.
Aqui, Sono dirige uma história sobre uma extensão capilar assassina. Sim.
A trama acompanha uma cabeleireira que passa a comercializar extensões capilares advindas de uma garota morta. Este cabelo, lustroso e negro, segue crescendo, tornando-se vivo e predando na sanidade daqueles que usam tais extensões capilares.
Medonho, divertido e grotesco, Exte é um exemplo do quão maluco o cinema de horror oriental pode ser sem sacrificar o entretenimento no processo.
O Pacto (2001)
Este aqui se trata de uma entrada controversa na lista. Novamente, temos um filme de Sion Sono. A trama desponta quando 54 garotas colegiais se atiram em frente a um metrô para se matarem.
Este acontecimento se mostra o primeiro numa onda de suicídios que varre o país, e é esta a investigação que engole nosso protagonista, o Detetive Kuroda, disposto a desvendar este sórdido mistério.
Violento e mordaz, O Pacto foi muito repreendido pela temática suicida que aborda. Seu nome em inglês, Suicide Club (Clube do Suicídio), foi traduzido de maneira mais branda em terras nacionais para evitar o caô.
Kwaidan: As 4 Faces do Medo (1964)
Assustador, soturno, sinestésico, poético, belo e delirante. É fácil pescar adjetivos que descrevem Kwaidan, afinal, é um filme que transita entre vários deles de maneira graciosa.
Sendo um marco do cinema japonês, Kwaidan é orquestrado pelo diretor Masaki Kobayashi, trazendo uma antologia de histórias fantasmagóricas ambientadas no Japão.
Aparições em nevascas, fios de cabelos pretos, um monge músico cego que performa mediante uma galeria de fantasmas são alguns dos elementos que permeiam a narrativa fantasmagórica e tragicamente bela de Kwaidan. Embora o filme seja assustador, ele surpreende também ao maravilhar os sentidos do espectador com sua fotografia e montagem. Uma obra-prima do horror japonês, indiscutivelmente.
Noroi (2005)
Exemplar do gênero found-footage na lista, Noroi acompanha um documentarista investigando eventos paranormais aparentemente desconexos, mas que ele acredita serem obra da entidade Kagutaba, um demônio ancião descrito em lendas.
Conhecido por ser um dos melhores filmes do gênero found-footage (no qual acompanhamos gravações, e não um filme montado em seu sentido tradicional), Noroi se ampara numa mitologia cativante que evoca um clima soturno que se adensa cada vez mais, causando calafrios no espectador.
O Teste Decisivo (1999)
Filme de Takashi Miike, esta densa e maluca obra se mantém como um dos maiores representantes do horror japonês.
A trama foca na relação destrutiva entre um homem e uma mulher. O homem é o executivo Aoyama, que passa a acompanhar audições teste para atrizes. Eventualmente ele encontra Yamazaki Asami, uma bela jovem versada em ballet.
O filme toma rumos vertiginosos em sua narrativa, evocando horror em diversas cenas pesadelares que parecem ter saltado da mente de David Lynch tentando criar sua versão de um Jogos Mortais.
É assustador, atmosférico e violento. É um dos melhores filmes de Takashi Miike. É horror japonês.