A saga Guerra Civil definitivamente não foi um bom episódio para muitos heróis. Capitão América, líder de um dos lados, e o Homem-Aranha, que se tornou um marco para o Ato de Registro, são um dos que não ficaram em lugares confortáveis. Em um momento da saga, Steve dá o seguinte discurso para o Peter que, inclusive, foi repetido na Guerra Civil dos cinemas, em outro contexto.

“Não importa o que a imprensa diga. Não importa o que o os políticos ou as multidões digam. Não importa se o país inteiro disser que uma coisa errada está correta. Repúblicas são fundadas em um princípio acima de todos: A exigência de que nós temos que defender aquilo em que acreditamos, não importa quais sejam as consequências.

Quando o povo, a imprensa ou o mundo inteiro disser para que você saia de onde está, o seu dever é se plantar como uma árvore à beira do rio da verdade e dizer para o mundo inteiro: Não. Saiam vocês.”

Depois de um discurso televisionado feito por Alex Summers, o Destrutor, onde ele faz uma declaração de gosto duvidoso sobre a palavra mutante, Kitty Pryde se irrita e tem essa belíssima fala sobre ser mutante e judia.

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“Eu sou judia. Eu não tenho um, abre aspas, nome judeu, fecha aspas. Eu não pareço judia, seja lá como isso soe ou se pareça... Então, se você não soubesse que eu sou judia, você não teria como saber... A menos que eu te falasse. O mesmo vale para minha mutação.

Eu não preciso usar um visor ou tenho pelos azuis pelo meu corpo. Eu posso andar por aí. Apenas uma garota nesse mundo. Mas... Eu não sou. Quando eu tinha 13 anos, antes da minha mutação ativar, eu era apaixonada por esse cara no meu colégio. Apaixonada... E eu seguia ele por todo lugar como um cachorrinho porque eu era uma garota idiota de 13 anos. E um dia ele viu um rabino passando pela rua e fez o PIOR comentário anti-semita... Sequer irei repetir.

Ele apenas disse essa coisa terrível e riu. Riu e riu. E meu coração se quebrou e meu sangue ferveu. Realmente ferveu. Eu virei pra ele e gritei: Eu sou judia! E ele apenas me encarou como se ele sequer soubesse que havia feito algo errado. Ou talvez ele não sabia processar o que havia dito. Mas então eu cheguei em casa, e depois de ter me acabado de chorar, minha primeira decepção amorosa... Eu percebi que estava, talvez pela primeira vez... ORGULHOSA de mim mesma.

Eu SOU judia. Eu SOU uma mutante. E eu quero que as pessoas saibam quem e o que sou. Eu digo isso a todos, porque, ei... Se vamos ter um problema com isso, eu gostaria de saber.

Então, sem ofensa ao seu irmão, Scott, mas ele com certeza não está falando por mim.”

Em Chaos War, o Surfista Prateado, essa figura quase divina do Universo Marvel, fala sobre suas motivações.

“Eu não sou um deus. Eu nunca criei vida... Mas eu vivi. Isso é o suficiente. Então, eu vou lutar para preservar essa mesma oportunidade – de amar, de sonhar, de surfar pelas estrelas – para todos aqueles que ainda estão por vir.

Muitas vidas serão perdidas nas batalhas à frente – mas seus esforções permitirão que algumas sobrevivam para se lembrar de suas existências. E, como os deuses, a vontade viverá para sempre... mesmo depois que eles se forem”.

Em Vingadores vs. X-Men, quando Hope Summers está perdida, tentando encontrar um caminho para seguir, depois de todo conflito colocado em cima da garota, de ela ser a “mutante messias”, o Homem-Aranha fala sobre sua própria experiência, usando uma das frases mais clássicas dos quadrinhos, para tentar ajuda-la.

“Com grandes poderes vêm grandes responsabilidades. Isso é algo que meu tio costumava me dizer. O cara que me criou. E isso foi antes de eu ser mordido pela aranha que jogou todos esses poderes de aranha na minha cabeça e todos começaram ME culpar por cada coisa que acontecia em Nova York. Então, é. A coisa é: Quando ele disse isso, eu não sabia sobre o que diabos ele estava falando, e eu não descobri até que era tarde demais. Até que algum idiota com uma arma atirasse e matasse ele. Um idiota que eu poderia, talvez, definitivamente, ter parado se eu não estivesse tão ocupado me preocupando comigo mesmo e, no lugar, realmente escutasse as coisas que ele me dizia.

Com grandes poderes têm que vir grandes responsabilidades. E desde aquele dia... Eu tenho tentado viver uma vida que lembre o que essas palavras significam. E eu posso dizer para você que elas significam TUDO. Eu também posso dizer isso:

Você pode viver cada dia de sua vida tentando pensar em algo mais profundo ou mais claro... Mas, para nós, para pessoas como nós, que, do nada, se encontram olhando para um mundo maluco e não sabendo o que diabos nós devemos estar fazendo.... Eu posso dizer para você que, apenas lembrar que com grandes poderes vêm grandes responsabilidades, pode COMPLETAMENTE definir você”.

Em “Prelúdio para o Cisma”, Scott, depois de conversar com vários de seus líderes em Utopia, acaba tendo uma conversa consigo mesmo.

“É por isso que sou um líder. O cego liderando os cegos, talvez... Mas sou um líder de todo o jeito. Um líder porque estou preparado para levar o tombo, e porque estou preparado para fazer decisões difíceis. Como a que você fez, mãe, no dia em que empurrou o Alex e eu dos céus com apenas um paraquedas entre nós. Por que um líder sabe que não é tão difícil morrer por seu povo. É difícil ordenar que seu povo morra por você. E lidera com convicção para um futuro incerto não requer vista. Requer visão. Requer segurar e, não importa o que aconteça, nunca largar”.

Após a mudança de uniforme, Carol Danvers sente a necessidade de abandonar o nome de Ms. Marvel, logo após decidir tomar o manto e intitular-se Capitã Marvel ela descobre que Helen Cobb, a mulher que a inspirou toda a sua vida, faleceu, contudo, Helen lhe deixa uma incrível e belíssima carta:

“Te reconheci no momento em que botou o pé na minha propriedade, menina. Mesmo jovem daquele jeito, como não poderia? O povo tenta culpar alguém por garotas como nós. ‘O pai dela era ruim’ ou ‘Algum cara quebrou seu coração’... Besteira. Você e eu sempre fomos assim. Sempre um pouco distantes. Sempre... Sonhando.

Mais alto, longe, rápido... Mais. Sempre mais. Viemos a esse mundo com tanta raiva, correndo ao máximo. Para o que ou do que, nunca fui capaz de descobrir. Com os anos, passei a pensar nesses pequenos traços como atributos compartilhados por um povo escolhido... O Senhor nos colocou aqui para darmos socos nos céus.

E quando uma alma nasce com esse propósito... Ela encontra um jeito. Nós chegaremos aonde estamos indo, você e eu. Morte e indignidade que se danem...

Chegaremos lá...

E seremos as estrelas que sempre fomos destinadas a ser”.

Em um crossover entre o Homem Sem Medo, o Justiceiro e o Homem-Aranha, o Demolidor se irrita com Rachel Cole-Alves, depois de uma fala sobre justiça, que você só poderia ter um senso de justiça se já perdeu alguém, e diz o seguinte:

“Jamais diga isso para mim novamente. Essa é uma declaração repulsiva. É um insulto nauseante para cada policial, cada bombeiro, cada soldado vivo que se arrisca a lutar por aqueles que não podem.

Sinto muito pela sua perda! Mas se você genuinamente acredita que apenas a morte de uma pessoa amada pode motivar um ser humano a assumir uma causa... Então tire sua bunda patética e cínica da minha frente para eu poder fazer o meu trabalho”.

O Homem-Aranha foi mais que afetado pela Guerra Civil e, no final, precisou de várias palavras para direcioná-lo novamente, entre elas, algumas do Dr Estranho.

“Você sabe qual a maior dádiva que alguém pode receber em sua vida? A maior dádiva que podemos receber é ter a chance, mesmo que apenas uma vez, de fazer a diferença. Você tem noção de quantas vezes você fez a diferença?

O bastante para centenas de vidas”.

Não só depois da Guerra Civil, mas antes, como esse discurso maravilhoso feito pela Tia May:

“Você sabe o que é a vida, Peter? O que realmente é? É a inevitabilidade dos tempos difíceis, que sobrevivemos apenas por causa dos momentos de felicidade no meio. Você é a felicidade. Os momentos que você teve com os Vingadores foram felizes. Agora vem o inevitável. E iremos lidar com isso. E chegaremos ao outro lado, onde mais momentos de alegria estão esperando por nós”.

Por fim, não podia faltar algo do mutante mais controverso e complexo de todos os tempos, Magnus, sobre sua experiência nos campos de concentração.

“Meu nome é Max Eisendhardt. Eu fui um Sonderkommando em Aushwitz por quase dois anos. Eu vi milhares de homens, mulheres e crianças caminharem para suas mortes. Eu retirava seus corpos das câmaras de gás. Eu retirava seus dentes para que os alemães pudessem roubar o ouro. Levava-os para os fornos, onde aprendi a combinar o corpo de uma criança com o de um idoso para que queimassem melhor. Eu vi meus colegas de trabalho serem soterrados em uma avalanche de corpos putrefatos. Vi milhares de pessoas assassinadas queimando em gigantescas covas. Eu vi pelo menos um quarto de milhão de seres humanos mortos com meus próprios olhos...

E eu não pude salvar nenhum”.