Começando com um discurso vindas diretamente da revista do Velocista Escarlate, já nos novos 52. Com a palavra, Nora Allen:

“Vida é locomoção... se você não está se movendo, você não está vivendo. Mas chega um momento onde você tem que parar de fugir das coisas... e você tem que começar a correr até algo que você tem que construir à sua frente. Continue em movimento. Mesmo que seu trajeto não seja claro... confie que você encontrará seu caminho”.

Em “What’s funny about Truth, Justice and the American Way”, o Homem de Aço fala sobre seus sonhos de justiça:

“Sonhos nos salvam. Sonhos nos levantam e nos transformam. E pela minha alma, eu juro... até que meu sonho de um mundo onde dignidade, honra e justiça se tornem a realidade que todos nós compartilhamos, eu nunca vou parar de lutar. Nunca.”

O Senhor dos Sonhos é sempre encantador com suas palavras. Em “Fábulas e Reflexões”, Sonho fala sobre tentativas, porque nem sempre uma queda pode levar à Morte:

“Às vezes, escalar é um erro; É sempre um erro nunca fazer a tentativa, porém. Se você não escalar, você não vai cair. Isso é verdade. Mas é tão ruim assim errar? É tão ruim cair? Às vezes você acorda do sonho e, às vezes, sim, você morre. Mas existe uma terceira alternativa.

Às vezes você acorda, às vezes a queda te mata e, às vezes, quando você cai, você voa”.

Mas, se é pra dar uma liçãozinha de moral, em Diana confiamos, certo?

“Se a ideia de viver em um mundo onde tentar respeitar os direitos básicos daqueles que estão ao seu redor e valorizar cada um simplesmente porque existimos é tão assustadora, uma tarefa impossível, então que tipo de mundo nos é deixado? E em que tipo de mundo você quer viver?”.

Esse não é motivacional. Ele é simplesmente importante e incrível por mostrar o Batman em uma situação frágil, de incertezas. Nem sempre o Homem Morcego é tão inabalável, principalmente quando se trata do Coringa em “Morte da Família”:

“Olhe para os olhos dele e diga para si mesmo que ele é apenas um homem. Diga para si mesmo que ele não pode saber as coisas que ele diz saber. Ele não pode conhecer seus medos. Mas ele tem o Alfred. Ele tem seu amigo. E seus olhos...

Você já estudou o olho humano. Existem 6 movimentos que revelam motivo, depois mais 15 variações para cada um. Em qualquer pessoa, você os encara, mesmo os criminosos mais duros, e as pupilas contraem ou expandem, dependendo da emoção. Alegria, riso, afeição. As pupilas abrem. Medo, raiva, ódio, as pupilas fecham.

Mas não as dele. Suas pupilas continuam fixas, pequenos pontos de escuridão, os olhos de alguém que odeia tudo e todos. Olhos que não deixam nenhuma luz entrar, que enxergam pela escuridão, te encarando, cada pupila uma pequena pérola negra fixa no espaço. Uma bala te atingindo. Olhos que dizem que ele é mais que um homem, olhos que dizem que ele te conhece. Não.

Você sabe o que ele é. Diga para você mesmo a verdade. Ele é apenas um homem que caiu em um tanque de produtos químicos. Ele é só um homem”.

Falando no Palhaço do Crime, ele tem seus momentos profundos, como no clássico “A Piada Mortal”:

“Eu fiquei louco. Quando eu vi a piada suja que o mundo era, eu fiquei louco como um cuco. Eu admito. Por que você não pode? Quer dizer, você não é idiota!

Você deve ver a realidade na situação. Você sabe quantas vezes nós chegamos próximos de uma Terceira Guerra Mundial apenas por conta de algumas coisas aparecendo numa tela de computador? Você sabe qual foi o gatilho da última guerra? Uma discussão sobre quantos postes telegráficos a Alemanha devia para seus credores. Postes telegráficos! Ha! Ha! Ha! Ha! HA!

É tudo uma piada! Tudo e todos que já valeram ou lutaram por algo... É tudo uma brincadeira monstruosa e demente. Então por que você não vê o lado engraçado?

Por que você não está rindo?”

Voltando para a Mulher-Maravilha, mais um pouquinho da sabedoria da Amazona, em um discurso de Wonder Woman #62:

“Uma nova jornada se inicia. Uma nova promessa para ser cumprida. Uma nova página para ser escrita. Vão em frente nesse mundo paciente, com caneta na mão, todos vocês, jovens escritores, o livro os espera aberto.

Sejam criativos. Sejam aventureiros. Sejam originais. E, principalmente, sejam jovens. Sua juventude é sua maior arma, sua maior ferramenta. Usem sabiamente".

Se existe um personagem equivalente na DC para a crise existencial do Surfista Prateado, sem dúvidas é o Dr Manhattan. A fala é de quando ele está para voltar para a Terra:

“Nós contemplamos continuamente o mundo e ele cresce apagado em nossas percepções. Ainda assim, visto de outro ponto de vista, como se fosse algo novo, ele pode tirar seu fôlego. Venha, enxugue suas lágrimas. Para você são vidas, mais raras que um quark e mais imprevisíveis que os sonhos de Heisenberg. Venha, enxugue seus olhos e vamos para casa”.

Não é de hoje que o Aquaman tem sido rebaixado e ridicularizado. Bom, às vezes, até os heróis ficam de saco cheio de algumas coisas. Em Adventure Comics Vol 1, #475, o Rei dos Mares tirou algumas coisas de seu peito:

“Eu sei que existem algumas almas ignorantes que acreditam que eu sou algum tipo de herói de terceira classe, Corsário, mas eu acho que você, de todas as pessoas, saberia melhor. Mas como você parece um pouco confuso, vou deixar isso perfeitamente claro... Eu estou nessa brincadeira de salvar o mundo desde quando caras como o Nuclear e o Raio Negro estavam usando fraldas... Eu trabalhei duro para ganhar o respeito e a confiança de cada criatura viva abaixo das ondas – e eu levo meu trabalho muito a sério... então, coloque isso na sua cabeça, idiota... Eu sou o Aquaman, Rei dos Sete Mares... e eu sou o MELHOR!”.

Não importa se você ama ou odeia Sandman, se sequer leu os quadrinhos e - muito menos - se tem a menor ideia do que é ou fala isso.

Este pequeno discurso, escrito por Neil Gaiman, simplesmente fala com toda alma que já se apaixonou e sofreu por amor.

Um dos quotes mais famosos de Sandman veio da personagem Rose Walker, em uma conversa com a Delírio, em The Kindly Ones #8:

“Você já se apaixonou? Horrível, não é? Faz você ficar tão vulnerável. Abre seu peito e abre seu coração e isso significa que alguém pode entrar dentro de você e bagunçar tudo.

Você constrói todas essas defesas. Você constrói toda essa armadura, por anos, para que nada possa te machucar; então uma pessoa estúpida, nem um pouco diferente de qualquer outra pessoa estúpida, entra na sua vida estúpida... Você dá para ela um pedaço de você. Eles não pediram por isso. Eles fizeram algo bobo um dia, como te beijar, ou sorrir para você, e então sua vida não é sua mais.

O amor toma reféns. Ele entra em você. Ele te come por dentro e te deixa chorando na escuridão. Então, uma simples frase como ‘talvez nós devêssemos ser só amigos’ ou ‘que atencioso” tornam-se um pedaço de vidro que corta seu caminho para seu coração. Dói. Não apenas na imaginação. Não apenas na mente. É uma dor na alma, é uma dor física, uma dor que entra em você e te rasga ao meio. Nada deveria poder fazer isso. Especialmente não o amor. Eu odeio o amor”.