As 10 coisas que mais geraram polêmicas nas animações da Disney
As 10 coisas que mais geraram polêmicas nas animações da Disney
O estúdio já foi muito criticado por causa de algumas decisões!
Os clássicos da Disney inspiraram várias e várias gerações ao longo dos anos. São filmes sobre amor, amizade e outros temas realmente lindos e universais. No entanto, o estúdio não é imune a críticas, e durante todo esse tempo, acabou sendo acusado de tocar em alguns temas sensíveis de maneira irresponsável.
Nessa lista, reunimos algumas das coisas que levaram as animações da Disney a serem amplamente criticadas. Confira:
Esteriótipos dos povos originários e imprecisão histórica de Pocahontas
Um dos maiores clássicos da Disney, Pocahontas, sofreu com algumas controvérsias em seu lançamento, no ano de 1995. Por ser baseado em fatos reais, o filme foi acusado de ser historicamente impreciso, já que a verdadeira Pocahontas era uma criança quando os ingleses invadiram sua tribo em 1607, e ignora o fato de que os indígenas sofreram um massacre nas mãos dos colonos ingleses.
O longa também foi criticado por perpetuar os estereótipos dos nativos americanos, que foram representados como "selvagens". Para piorar a situação, o chefe de uma comunidade nativa-americana afirma que a Disney recusou as ofertas da tribo para ajudar a criar um filme mais culturalmente fiel.
Em 2015, o filme voltou ao centro de uma polêmica, dessa vez envolvendo a Netflix. A plataforma de streaming foi acusada de criar uma sinopse machista e racista para a animação da Disney. A empresa logo se desculpou e trocou a sinopse por uma bem mais adequada.
Apologia à drogas em Alice no País das Maravilhas
Há quem diga que Alice no País das Maravilhas, filme da Disney baseado na obra de Lewis Carroll faz apologia ao uso de drogas. E isso foi algo discutido tanto na época do seu lançamento, quanto ainda é nos dias de hoje.
O padre empolgado de A Pequena Sereia
Tirem as crianças da sala. Em A Pequena Sereia, de 1989, o padre que celebra o casamento do Príncipe Eric com a vilã Ursula disfarçada parece um tanto alegre demais para o momento... na animação, é possível ver uma espécie de ereção por parte do velhinho.
O diretor do filme, Ron Clements, se explicou sobre a coisa toda e disse se tratar de "mal-entendido", alegando que o personagem, na verdade, tem “joelhos ossudos”. Ok, então…
Os gatos siameses em Dama e o Vagabundo
Os gatos siameses de A Dama e o Vagabundo tem olhos puxados e um sotaque bastante ridículo que parece uma paródia ofensiva de algum lugar do leste asiático. Os personagens foram tão criticados que no remake do filme para o Disney+, eles foram completamente excluídos da trama.
Mensagem subliminar em O Rei Leão
Aqueles fãs com olhos de águia avistaram uma mensagem subliminar em O Rei Leão, um dos maiores clássicos dos estúdios Disney.
Quando uma nuvem de poeira e pêlos de Simba rodopia pelo céu em determinado momento do filme, ela forma a palavra SEX (sexo em português). Posteriormente, a Disney revelou que a nuvem de poeira na verdade significa "SFX", que é a abreviação para “efeitos visuais”.
Caricatura racista em Dumbo
A representação dos corvos que fumam em Dumbo parece um grande estereótipo racial de pessoas pretas. O nome do corvo principal é Jim Crow, que por acaso, é o nome das leis estaduais que impunham a segregação racial no sul dos Estados Unidos.
O personagem e sua "gangue" foram duramente criticadas por ser uma representação caricata dos negros, que além do sotaque, apresenta a etnia como pessoas trapaceiras. Na descrição do filme no Disney+ também há um aviso de representação cultural errônea.
Fala confusa em Aladdin
Quando Aladdin, disfarçado de Príncipe Ali, invade os aposentos de Jasmine no filme de 1992, ele acaba se deparando com o tigre de estimação da princesa. E para acalmá-lo, o jovem rapaz diz "good kitty, take off and go" ("bom gatinho, vá embora"). Isso, na verdade, é o que alega a própria Disney.
O problema é que a faixa de áudio da cena está baixa e com barulhos o suficiente para que seja possível ouvir algo como "good teenagers, take off their clothes" ("bons adolescentes tiram a roupa"). Confira o momento no vídeo acima.
Essa história sobre o diálogo de Aladdin começou quando o filme foi lançado em home video em 1993 e chegou até a ganhar a uma matéria numa revista cristã que denunciava a Disney por querer incitar as crianças a fazer sexo.
Representação racista em Peter Pan
Em Peter Pan, o personagem título encontra um grupo de índios que ostentam toucas de pena, fumam cachimbo e são retratados como violentos e selvagens. O Capitão Gancho os chega a chamar até de "os de pele vermelha". Quando o filme chegou aos cinemas 1953 pouco discutiu-se sobre o assunto, mas quando o filme foi exibido na TV muitas décadas depois, o tema voltou a entrar em pauta.
Hoje, a Disney reconhece a problemática do filme, chegando até mesmo a colocar um aviso de racismo na descrição do longa no seu serviço de streaming, o Disney+.
Uma mulher nua em Bernardo e Bianca
O filme Bernardo e Bianca, de 1977, foi lançado em VHS no ano de 1992, e foi só nessa época que fãs perceberam que havia uma mulher pelada no filme. Sim, a imagem de uma mulher de seios de fora aparece na janela de um apartamento, no pano de fundo de uma sequência do filme.
Representação cultural de Moana
O filme Moana: Um Mar de Aventuras, de 2016, trouxe uma dor de cabeça para os estúdios Disney, que foi acusado de desprezo e saque cultural pelos países do Pacífico.
No filme, o personagem Maui é uma figura lendária da mitologia de várias culturas, e sua representação e exploração comercial pela Disney provocaram indignação.
A gota d'água se deu quando a empresa tentou lucrar com uma fantasia de Halloween de Maui, que consistia em uma roupa de corpo inteiro, pele bronzeada e tatuagens com símbolos quase sagrados pelo povo da Polinésia.
A comissão de Direitos Humanos da Nova Zelândia se pronunciou após as críticas, indicando que o estúdio deveria compreender as opiniões das comunidades que se sentiram ofendidas. Após o episódio, a Disney lamentou o ocorrido e retirou a fantasia das lojas.