10 games únicos que merecem uma sequência!

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10 games únicos que merecem uma sequência!

Por Raphael Martins

No mundo da música, existe uma expressão chamada “one hit wonder”, usada para definir aquelas canções que fizeram um sucesso tão grande que a banda responsável por ela nunca mais conseguiu emplacar uma igual. O mesmo se aplica ao mundo dos games, onde vários jogos que fizeram sucesso no passado e conseguiram um lugarzinho especial no coração de muita gente ficaram só no primeiro jogo mesmo.

Pensando nisso, elaboramos essa lista, numa tentativa de fazer justiça a essas maravilhas únicas do entretenimento digital que jamais viram uma sequência ser lançada. Dizem que o que é bom dura pouco, mas algumas dessas coisas boas mereciam durar um pouco mais.

Agora é hora de relembrar algumas maravilhas únicas dos vídeo games e sonhar com a tão desejada sequência. Simbora?

Comix Zone (Mega Drive)

Esse game tinha uma proposta interessante: toda a narrativa era contada como se fosse uma história em quadrinhos, com o protagonista indo de uma página a outra, se comunicando através de balõezinhos de fala e até rasgando umas páginas ao arremessar inimigos longe com seus golpes.

Na história, o quadrinista Sketch Turner é sugado para dentro das próprias histórias em quadrinhos por Mortus, um vilão que ele mesmo criou. Acompanhada de sua mascote, uma ratinha chamada Roadkill, Sketch precisa acabar com as legiões de Mortus e voltar para seu mundo.

Com um visual arrasador para a época, o game foi muito bem recebido e se tornou um dos jogos mais vendidos de 1995 e um clássico do Mega Drive.

Sunset Riders (Arcade, Super Nintendo, Mega Drive)

Qualquer um que amasse games e existisse nos anos 90 em algum momento trombou com esse clássico, seja no arcade do shopping ou nas versões caseiras dentro de alguma locadora. Sunset Riders é um dos games mais divertidos da história da Konami, mas que infelizmente nunca viu uma sequência sair.

Ambientado no velho oeste, o jogador escolhe entre 4 heróis: Steve, Billy, Bob e Cormano, que espalham a justiça em uma terra sem lei atirando em tudo o que encontram pela frente.

As versões caseiras tem muitas diferenças em relação a original de Arcade. No Mega Drive, apenas 2 dos 4 personagens são selecionáveis, e no Super Nintendo houve várias censuras. Ainda assim, vale a pena conferir.

Wild Guns (Super Nintendo)

Mais um jogo ambientado no velho oeste para Super Nintendo, mas diferente de Sunset Riders, Wild Guns seguia um estilo que mesclava tiro em terceira pessoa com jogos de tiro que utilizavam réplicas de pistolas, comumente encontrados nos arcades.

Desenvolvido pela empresa japonesa Natsume, o game apresentava gráficos muito bonitos para a época, seguindo o estilo mangá para retratar seus personagens principais, Clint e Annie.** Se torna muito mais divertido se você jogar com o amigo.

Ganhou um remaster igualmente incrível em 2014 chamado Wild Guns Reloaded para os consoles da nova geração, mas ele não é uma sequência do original.

Blackthorne (Super Nintendo, Sega 32X, PC)

Lançado pela Blizzard em 1994, Blackthorne te coloca na pele de um guerreiro exilado de seu planeta natal, que é invocado de volta após 20 anos para libertá-lo da tirania de uma raça alienígena que escravizou seu povo e assassinou sua família.

O gameplay mesclava plataforma com elementos de exploração e seus personagens eram animados usando técnicas de rotoscopia, da mesma maneira de Prince of Persia. Sua única arma era uma escopeta, que se tornava mais poderosa a cada fase vencida.

Apesar dos elogios da crítica e da boa vendagem, a sequência nunca saiu, e provavelmente nunca sairá, já que o foco da Blizzard hoje são os Esports.

Black (Playstation 2, XBOX)

Um dos melhores FPS de sua geração, Black prendia o jogador pela história, uma trama envolvendo organizações militares especiais, soldados de elite, intrigas governamentais e traição. Tudo é contado pelo protagonista do game, o Sargento Jack Kellar, que continua seu relato a cada fase vencida.

O jogo fez bastante sucesso, vendendo mais de 200 mil cópias só no Reino Unido. Foi feito com bastante esmero gráfico e técnico, unindo jogabilidade sólida a um forte senso de imersão. A trilha sonora foi composta pelo vencedor do Oscar Michael Giacchino, que nos últimos anos trabalhou nas músicas de filmes como Rogue One: Uma História Star Wars e Homem-Aranha: De Volta ao Lar.

Tanto a Criterion Games quanto a Electronic Arts não parecem ter planos para Black no momento. Triste.

Bully (Playstation 2, Wii, Xbox, PC)

A Rockstar Games é conhecida por sempre fazer jogos polêmicos, e Bully não é uma exceção. No game você é Jimmy Hopkins, um garoto parrudo e encrenqueiro obrigado a estudar na Bullworth Academy, uma escola lotada de valentões. Determinado a trazer a paz ao local, Jimmy começa uma cruzada para dominar a escola, subjugando seus inimigos um por um.

O jogo segue o estilo mundo aberto, como é comum nos títulos da Rockstar. No começo você explora apenas o colégio, mas vai desbloqueando outras áreas conforme avança na história. Você pode se locomover por aí usando um skate, uma bicicleta, uma scooter e até um Kart.

Bully agariou fãs fieis ao longo dos anos, que acreditam que a Rockstar não esqueceu do game e que, em algum momento, uma sequência será anunciada. Até agora, nada...

LA Noire (Playstation 3, Xbox 360)

Mais um sucesso da Rockstar Games, que ao lado de Bully, ainda não ganhou um novo game. É uma história de detetives no melhor estilo Noir, ambientada na Los Angeles dos anos 40.

Você é o policial Cole Phelps, um bravo homem da lei em uma cidade onde o perigo espreita a cada esquina. Conforme você vai conseguindo resolver crimes complicados, Cole vai subindo na hierarquia da polícia, passando de policial para detetive, e por aí vai. A cada novo caso, você ganha um novo parceiro, e os crimes vão ficando cada vez mais complicados.

O game mistura narrativa intensa e investigação com sequências de ação emocionantes, incluindo perseguições, combates e tiroteios contra bandidos.

Brutal Legend (Playstation 3, Xbox 360, PC)

Saído da mente do lendário Tim Schafer, responsável por Full Throttle e Grim Fandango, em Brutal Legend você é Eddie Riggs, dublado por Jack Black, um apaixonado por eavy metal transportado para um mundo onde, como na canção da banda Massacration, "o metal é a lei".

Nesse mundo alternativo, os humanos foram escravizados por uma raça de demônios. Armado de um machado, de sua fiel guitarra e acompanhado por seus amigos da resistência, ele está pronto para distribuir muita porrada até se tornar o salvador e lenda do metal que ele sabe que nasceu para ser.

O game tem várias referências ao cenário musical do heavy metal, com várias personalidades do meio, como Lemmy Kilmister, Lita Ford e Ozzy Osbourne dublando os principais personagens.

Sleeping Dogs (Playstation 3, Xbox 360)

Imagine um jogo de mundo aberto no melhor estilo GTA, mas ao invés de controlar o bandido, você controla o mocinho. Assim é Sleeping Dogs, game da Square Enix fortemente baseado nos filmes de ação chineses.

Na história, o jogador entra na pele de Wei Shen, um oficial de polícia com uma difícil missão: se infiltrar em uma das organizações mais perigosas de Hong Kong e destruí-la por dentro. À sua disposição há toda uma variedade de armas brancas e de fogo, sua habilidade com o parkour e, é claro, seu infalível Kung Fu.

Infelizmente o jogo não vendeu tão bem quanto a Square Enix esperava, mas se tornou um cult e é adorado por muitos fãs. Um filme estrelado por Donnie Yen foi anunciado há algum tempo, mas de lá pra cá, nada mais se sabe sobre. Quem sabe a sequência sai junto com o filme, né?

Vanquish (Playstation 3, PC)

Vanquish é um daqueles jogos onde a ação é tão louca e desenfreada que você não tem tempo sequer de respirar direito. Também pudera. O game foi produzido por Shinji Mikami, que antes havia dirigido jogos como Devil May Cry, Viewtiful Joe e Resident Evil.

Controlando o soldado Sam Gideon, o jogador enfrenta hordas de soldados robóticos de todas as formas e tamanhos, equipado com uma armadura com a capacidade de desacelerar o tempo ao seu redor em momentos de necessidade. Também é possível deslizar no chão com a ajuda de jatos equipados na parte inferior do traje, o que é muito legal para se mover mais rápido e, é claro, matar inimigos com estilo.

A Sega e a Platinum Games portaram o jogo recentemente para os PCs com uma série de melhorias, especialmente no quesito gráfico e em taxas de quadros por segundo. Um esforço que deixa claro que eles reconhecem o valor desse jogo. Pelo menos isso.