10 filmes ruins que foram muito caros para ser produzidos
10 filmes ruins que foram muito caros para ser produzidos
Nem todo o orçamento do mundo pode salvar uma bomba!
Cinema é uma arte cara, e não há muito o que se debater nesse quesito. Para tirar um filme do papel, é necessário contar com a ajuda de centenas de profissionais, tecnologia e equipamentos, sem contar os custos com divulgação, marketing e outras coisas. E mesmo assim, nem tudo é garantia de que seu filme será um sucesso – ou sequer, que será bom.
O que não falta, sobretudo em Hollywood, são longas que custaram os olhos da cara, mas que estão longe de ser algum tesouro da Sétima Arte. De filmes de super-heróis, passando por adaptações de livros e sagas muito famosas, aqui reunimos 10 filmes ruins que custaram caro para serem feitos!
O Exorcista: O Devoto (2023)
Nem sempre, todos os gastos de um filme vão necessariamente para o seu orçamento. Outros fatores devem ser levados em conta, como no caso do escabroso O Exorcista: O Devoto, filme lançado há cerca de um mês, que tenta reintroduzir a franquia nos cinemas, servindo como continuação direta do clássico de 1973 dirigido por William Friedkin.
O filme é o primeiro de uma trilogia (ao menos, esses são os planos originais) e custou US$ 30 milhões - valor que já foi resgatado na bilheteria. Porém, para conquistar os direitos de reprodução da franquia, a Universal gastou a bagatela de US$ 400 milhões. Por isso, a recepção negativa do filme de David Gordoon Green certamente deve ter acendido um sinal vermelho na cabeça dos executivos.
Lanterna Verde (2011)
Quando o assunto é a Warner Bros. e a DC Comics, nossas esperanças não são lá as maiores, mas tem casos que se superam. Um exemplo é Lanterna Verde, o terrível filme de 2011 dirigido por Martin Campbell e estrelado por Ryan Reynolds - usando um traje feito de CGI horroroso, diga-se de passagem.
O longa devia ser o pontapé para um novo universo compartilhado da DC nos cinemas, aos moldes do que a Marvel Studios estava fazendo na época. No entanto, o fracasso comercial e a péssima recepção da crítica enterraram de vez esses planos - o que fica ainda mais absurdo, se consideramos que o filme custou em torno de US$ 200 milhões.
Transformers: O Último Cavaleiro (2017)
Que a franquia dos Transformers de Michael Bay nunca foi lá uma saga cinematográfica prestigiada, não é novidade. No entanto, a cada novo lançamento do diretor, uma fagulha de esperança se apagava, e víamos o mundo cada vez mais tomado por robôs destrutivos, cenas de ação muito incompreensíveis e, é lógico, Linkin Park na trilha sonora.
Transformers: O Último Cavaleiro, por outro lado, foi o filme que mudou toda a lógica da Paramount Pictures e do próprio Michael Bay. Com custos estimados em US$ 217 milhões, o longa acabou sendo massacrado pelos críticos e até pelos fãs, e desde então a franquia perdeu Bay como diretor, e passou a lançar vários prequels ambientados nesse universo.
Waterworld: O Segredo das Águas (1995)
Embora a lista seja dominada por blockbusters recentes - até porque esse tipo de filme ficou muito mais caro com o passar dos anos -, não poderíamos deixar de citar um clássico trash de 1995. Com Kevin Costner no papel principal, Waterworld: O Segredo das Águas custou uma impressionante quantia de US$ 172 milhões, um número inacreditável para a época.
O motivo é simples: na trama, a Terra fica completamente submersa após um colapso ambiental, que resulta no derretimento dos polos do planeta. Para construir essa imensidão oceânica, foi desembolsada uma nota - mas, para o azar dos realizadores, o resultado não foi dos melhores, e Waterworld até hoje figura em listas de piores filmes já feitos.
Solo: Uma História Star Wars (2018)
Verdade seja dita, Solo: Uma História Star Wars não é um filme tão ruim quanto muitos pintam. Na verdade, ele ainda traz uma aventura leve, rápida e divertida - mas que decepciona justamente por conta de todas as alterações e interferências feitas pela Disney e pela Lucasfilm - o que inclusive resultou na demissão de dois diretores do projeto, Phil Lord e Chris Miller.
Esses entraves criativos justificam, por exemplo, o custo elevado da produção. Com um orçamento estimado entre US$ 275 e 300 milhões, o filme sofre nitidamente com a falta de um foco criativo e com decisões questionáveis de roteiro. A catástrofe veio na forma da recepção crítica e comercial, que forçou a Lucasfilm a reavaliar todos os projetos anunciados de Star Wars.
Jurassic World: Domínio (2022)
Nos últimos anos, a nostalgia se tornou um fator importantíssimo de vendas para Hollywood. As suas sagas favoritas dos anos 80 retornaram com novas roupagens, personagens e filmes, mas com poucas ideias dignas de nota. Um caso onde isso ficou ainda mais evidente foi na franquia Jurassic World, que após um começo forte, se encerrou de uma forma bem medíocre.
Entre os fãs, há um consenso de que Jurassic World: Domínio é o pior filme da franquia. Não só ele traz de volta astros da trilogia original, como Sam Neill, Jeff Goldblum e Laura Dern, mas também não sabe usar nenhum desses personagens direito - o que fica ainda mais decepcionante em uma produção estimada de US$ 265 milhões.
O Rei Leão (2019)
Nos últimos anos, a Disney tem investido pesado na produção de remakes live-action de seus maiores clássicos animados. E como já sabemos bem, isso logo indicaria que O Rei Leão, um dos filmes mais clássicos do estúdio, teria seu legado maculado. Dito e feito, graças ao filme de 2019 que sacrifica qualquer emoção da animação em prol de uma estética realista tediosa.
O que impressiona, no entanto, são os gastos. O filme custou cerca de US$ 260 milhões - e faturou aproximadamente seis vezes isso na bilheteria. Por isso, uma prequel focada na história de Mufasa já está a caminho, mas não podemos nos esquecer que, por mais bem-sucedido comercialmente que seja, um filme sem alma sempre será um filme sem alma.
Liga da Justiça (2017)
2017 foi um ano interessante para a Warner/DC. Após terem conquistado o primeiro sucesso do DCEU com Mulher-Maravilha, o estúdio se viu em maus lençóis com o lançamento de Liga da Justiça, o filme que deveria servir como uma grande reunião para os heróis apresentados até então - mas que ficou envolto em turbulências dos bastidores desde o começo.
Tendo custado em torno de US$ 300 milhões, o filme sofreu com a saída de Zack Snyder da direção, por conta de questões pessoais, bem como a sua substituição por Joss Whedon. Com refilmagens assustadoras, o pior uso de CGI da história e uma trama insossa, o filme foi um fracasso e puxou a tomada dos aparelhos do Snyderverso de vez.
Star Wars: A Ascensão Skywalker (2019)
Amado por uns, odiado por outros, Star Wars: Os Últimos Jedi se tornou o maior divisor de águas da franquia. Se, por um lado, Rian Johnson tinha uma visão muito específica para o futuro do universo de Star Wars, a reação barulhenta dos fãs e o medo do boicote fez com que a Disney desse um passo gigante para trás e lançasse A Ascensão Skywalker.
Com J.J. Abrams retornando ao posto de diretor, o filme é uma colagem dos melhores momentos da franquia, feito sem um pingo de esmero, cuidado ou atenção com o que veio antes. Ainda assim, o longa entrou para a lista dos filmes mais caros da história, custando cerca de US$ 416 milhões. Feliz ou infelizmente, nunca tivemos outro filme de Star Wars desde então.
O Hobbit (2012-2014)
Por fim, tínhamos que falar da trilogia O Hobbit, talvez um dos casos mais estarrecedores de como a ganância dos estúdios pode transformar um livro simples, de poucas páginas, em um épico dividido em três partes (cada uma com quase três horas de duração). Ainda que tenha seus defensores, a trilogia prequel de O Senhor dos Anéis deixou um gostinho amargo.
E o mais impressionante é analisar os custos por trás desses filmes. Filmados como um longa só, eles tiveram um orçamento de US$ 623 milhões, um valor que equivale mais que o dobro usado para produzir O Senhor dos Anéis (os três filmes originais custaram US$ 260 milhões). Isso torna tudo ainda mais chocante, já que os filmes de O Hobbit tem uma qualidade bem inferior à trilogia original de Peter Jackson, mesmo tendo sido mais caros.