Começando a lista direto com o grandioso Apocalypse Now. O filme, que é um clássico, uma referência, de tirar o fôlego, feito com uma tecnologia espetacular para a época e marcou a história do cinema. Mesmo assim, quando foi lançado, ninguém entendeu direito o que estava acontecendo.

O sentimento geral, na época de lançamento de Apocalypse Now, era de confusão. A Time Magazine chegou a chamar o longa de “vazio intelectualmente” e “obtuso emocionalmente”. Críticas interessantes para um filme que, hoje, é estudado praticamente frame por frame.

Quantas vezes a Disney já foi acusada, ao longo de todos esses anos, de esconder mensagens satânicas em suas animações fantásticas? Não dá nem para contar, certo? Esse foi um dos pontos que fez Fantasia, uma revolução para o cinema da época, ser recebido com confusão e bilheterias baixas.

Fantasia apresentava novas tecnologias de animação incríveis, além de toda uma narrativa musical espetacular, porém, o foco do público foi desviado para outro ponto. O longa sofreu com acusações de satanismo, além de associações de pais acreditarem que o filme era pesado demais para crianças. Seu sucesso só aconteceu tempos depois, quando as pessoas pararam de se assustar com cores, música e magia.

Claro, O Iluminado não poderia estar fora da lista. Todo mundo conhece a grande obra do Kubrick, baseada no livro de Stephen King, e todas as polêmicas que envolvem a grande produção.

Em seu lançamento, nos anos 80, os críticos estraçalharam o filme por não ser fiel à história original, de King, Na verdade, Shelley Duvall foi nomeada para a Framboesa de Ouro por seu papel no filme e STANLEY KUBRICK como pior diretor. Pois é.

E até mesmo Alfred Hitchcock já recebeu sua parcela de incredulidade. Vertigo, um dos clássicos do diretor, de 58, foi levado como apenas mais um dos filmes chatos do Hitchcock. A recepção da produção foi tão ruim que o próprio diretor tirou o filme de circulação por algum tempo, o escondendo o público. Somente após a morte do diretor é que o filme foi relançado e, dessa vez, as coisas fluíram da maneira certa.

Em 1946, o mundo conhecia o clássico natalino “A Felicidade Não Se Compra” e, por incrível que pareça, ninguém gostou do sentimentalismo ou da mensagem otimista no final do filme. Aparentemente, finais trágicos estavam em alta na época então, talvez, o longa teria feito mais sucesso se acabasse com um suicídio ou um massacre. Sorte para o público futuro que a produção não seguiu a onda.

Um dos maiores clássicos do cinema sci-fi foi um grande problema para seu estúdio durante sua produção. A versão oficial, do diretor Ridley Scott, nunca chegou aos cinemas por conta de problemas com os executivos. Segundo Harrison Ford, sua narração da história, inclusa na versão dos cinemas da produção, foi uma forma de ajudar a esclarecer melhor o filme, todo cortado e editado para uma “melhor aceitação do público”.

No fim, a tal narração e a versão editada do longa foram massacradas pela crítica. Apenas com a versão do diretor que a produção se tornou o grande clássico que é hoje, cortando a narração e entrando de cabeça na ideia original da trama; uma história triste para quem perdeu a chance de assistir na época por conta das críticas.

Oh, esse os críticos realmente, realmente odiaram. “O Enigma de Outro Mundo”, o sci-fi clássico, brutal e bizarro de John Carpenter, chocou os críticos em 82, que apontaram para seus efeitos especiais incríveis como uma falha, esperando algo menos brutal e violento de um filme sobre um monstro atacando pessoas.

Ainda, a crítica pesou em cima da falta de humor e os personagens planos da produção, dizendo que Carpenter nunca deveria dirigir um filme sci-fi.

Já em 67, “A Primeira Noite de Um Homem” confundiu o mundo, sendo considerado uma comédia que não gerou risadas o suficiente. A Time Magazine criticou a produção dizendo, “começa como uma comédia genuína, mas logo acaba em um melodrama maçante”.

Hoje, não apenas The Graduate é considerado um dos filmes mais bem escritos e com melhor atuação de todos os tempos, mas o diretor, Mike Nichols, é aclamado por sua direção.

Um dos maiores e mais populares filmes de todos os tempos, com uma das trilhas-sonoras mais referenciadas, passou longe de ser bem recebido em seu lançamento. A crítica não gostou das cores, das músicas, apontaram que faltava imaginação para o filme, bom gosto e ingenuidade. O Mágico de Oz não recebeu muitas palavras positivas em sua época.

Ainda, o público também não curtiu o filme. Em seu primeiro lançamento, em 1939, o filme foi um fracasso de bilheterias. A MGM perdeu mais de $1 milhão de dólares com a produção. Só depois do relançamento do longa, 10 anos depois, que finalmente a magia de Oz conquistou o mundo.

Um dos maiores filmes do diretor David Fincher, todo mundo conhece o Clube da Luta, por mais que não possamos falar sobre. É uma trama com mensagem subversiva, extremamente inteligente, com uma construção original e grandes reviravoltas. Mas, como qualquer filme nessa lista, foi considerado vazio e desinteressante.

Enquanto muitos acreditaram que Clube da Luta estava apenas na média, e não um marco para o cinema, esses sentimentos desapareceram bem rápido depois de seu lançamento, quando o filme é considerado quase obrigatório para qualquer um que goste de cinema.