10 filmes que poderiam ser episódios de Black Mirror!
10 filmes que poderiam ser episódios de Black Mirror!
Para ver e falar: “Isso é TÃO Black Mirror!”
Black Mirror é uma das séries mais populares da atualidade. Com vários episódios independentes, que servem para abordar o uso humano da tecnologia. Porém, alguns filmes já fazem isso há um bom tempo e em muitos deles temos a sensação de estar vendo um episódio da série.
Para esta lista, estipulamos algumas regras: os filmes não podem fazer parte de grandes franquias e também não podem abordar tecnologias muito futuristas além das que a série já apresentou, de uma forma ou de outra. Ou seja, pode ir esquecendo O Exterminador do Futuro e outros filmes que lidam com viagem no tempo, por exemplo. Porém, o mais importante é que os filmes precisam lidar com tecnologia.
E caso você se interesse ainda mais pelo assunto, novas tecnologias continuam sendo desenvolvidas e muitas delas são temas de debates e exposições na 12ª edição da Campus Party, que rola entre os dias 12 e 17 de fevereiro, no Expo Center Norte, em São Paulo – ingressos já estão à venda, no site oficial e a Legião dos Heróis estará presente!
O Lagosta (The Lobster, 2015)
Alguns dos melhores episódios de Black Mirror são focados em como a tecnologia interfere nas nossas relações humanas - especialmente no que diz respeito ao afetivo. O Lagosta, longa que popularizou o queridinho Yorgos Lanthimos, funciona exatamente dessa forma, ao julgar a necessidade que temos por afeto.
Na história, conhecemos um mundo distópico onde as pessoas são obrigadas a encontrar parceiros para casar, caso contrário, podem ser transformadas em animais através de alguma tecnologia absurda. Após parar em um centro para encontrar sua alma gêmea, o protagonista - vivido por Colin Farrell - precisa lutar contra o sistema.
Quando te Conheci (Equals, 2015)
Outro filme que também trata sobre afeto em meio à tecnologia futurista é Quando te Conheci, longa estrelado por Nicholas Hoult e Kristen Stewart. Aqui, somos apresentados a um mundo similar ao de Fifteen Million Merits: todos possuem suas funções sociais e a emoção é proibida.
No entanto, duas pessoas com uma síndrome estranha se conhecem e se apaixonam, e logo precisam lutar contra as autoridades para conquistarem o direito de se amar. É um filme bom para quem gosta de ficção científica mais suave e adora um dramalhão água-com-açúcar, mas ainda há alguns aspectos que lembram bastante Black Mirror.
Brilho Eterno de uma Mente Sem Lembranças (Eternal Sunshine of the Spotless Mind, 2004)
Possivelmente o melhor filme de Jim Carrey, o clássico Brilho Eterno de uma Mente Sem Lembranças, caso fosse lançado hoje, certamente poderia pertencer à série. Aqui, temos uma tecnologia capaz de fazer as pessoas esquecerem umas das outras - quase como em The Entire History of You.
Tudo começa com um término, e a partir daí, duas pessoas começam a se lembrar do seu passado juntas, e lutam para reescrever suas histórias. É um filme bem comovente e obrigatório para qualquer cinéfilo, contando com uma excelente atuação de Kate Winslet e muita desgrameira para quem se emociona fácil.
O Show de Truman (The Truman Show, 1998)
Outro clássico de Carrey, O Show de Truman é uma análise curiosa da fixação humana pelos reality shows e programas que procuram vigiar a vida de outras pessoas: como os Big Brother da vida. O filme segue a vida de Truman Burbank, cuja vida é um programa desse tipo.
A partir daí, ele entra em uma jornada pela realização do que é real e do que é mentira. É um filme bem sensível e que, apesar de não ser tão perturbador quanto outros da lista, ainda propõe uma reflexão muito ampla. Pense em uma versão menos violenta e sanguinária de White Bear.
Ela (Her, 2013)
O que acontece quando o ser humano se apaixona pela própria tecnologia que criou? A resposta está em Ela, um dos mais aclamados filmes de Spike Jonze. O longa segue a história de Theodore (vivido brilhantemente por Joaquin Phoenix), um homem que se apaixona pela inteligência artificial interpretada por Scarlett Johansson.
O interessante aqui é explorar justamente o contraste entre homem e máquina, e como esse romance já nasce fadado ao fracasso. Para quem morre de chorar com Be Right Back e o próprio San Junipero, é uma pedida certa, que certamente vai te deixar emocionado.
Ex_Machina: Instinto Artificial (Ex Machina, 2014)
A inteligência artificial e a tecnologia de androides é uma coisa assustadora que vem crescendo aos poucos. E se Black Mirror já flertou com isso em alguns episódios, talvez você deveria mergulhar na experiência completa que é Ex_Machina: Instinto Artificial, longa de estreia de Alex Garland.
Na história, um programador é chamado por um cientista para testar sua mais nova invenção, uma I.A. perfeita. Porém, o que parece ser um emprego dos sonhos se transforma em um pesadelo, dentro de uma mansão claustrofóbica e com uma tensão constante no ar. De quebra, o filme traz um veterano da série: Domhnall Gleeson, que esteve em Be Right Back.
Nerve: Um Jogo Sem Regras (Nerve, 2016)
Produção lançada em 2016 e que polarizou os críticos, mas ganhou o coração do público, Nerve: Um Jogo sem Regras fala sobre um jogo virtual que "é como verdade ou desafio, mas sem a verdade". Uma menina "normal" adere ao game e vive uma noite de alta adrenalina e muito perigo.
Assim como Playtest e Bandersnatch, o filme sabe trazer o que há de melhor na cultura da tecnologia gamer, além de inserir questionamentos reais acerca da espetacularização do absurdo. E, de quebra, a direção de Ariel Schulman e Henry Joost aposta em tons neons e cheios de cores vibrantes, que por vezes lembram a fotografia de San Junipero.
CAM (2018)
Produção da Netflix lançada no ano passado - e queridinha de vários festivais internacionais de cinema -, CAM é sobre a forma como nos expomos na internet sem nos preocuparmos com as consequências. Aqui, seguimos a jornada de Lola_Lola, uma cam girl - que faz shows adultos.
Sua vida vira de ponta-cabeça quando ela se vê "substituída" por um "clone", que por sua vez não possui o mesmo código de ética que ela e faz muitas decisões questionáveis, que põem a vida da original em risco. Um filme para ter medo da sua webcam e dos algoritmos da internet.
A Origem (Inception, 2010)
Possivelmente o filme mais popular e famoso desta lista, A Origem é até hoje tido como a obra máxima de Christopher Nolan, por ter uma história muito intrigante e visuais extraordinários. A trama segue um grupo de ladrões que usa uma tecnologia avançada para roubar informações escondidas nos sonhos de outras pessoas.
Com um elenco fenomenal, composto por Leonardo DiCaprio, Ellen Page, Tom Hardy e Marion Cotillard, o longa consegue a proeza de não menosprezar a inteligência do público, enquanto cria algo bem original - típico dos melhores episódios da série.
Videodrome: A Síndrome do Vídeo (Videodrome, 1983)
Finalizando esta lista, está um dos maiores clássicos da carreira de David Cronenberg. Tido por muitos como um "thriller tecno-surrealista", Videodrome: A Síndrome do Vídeo é uma análise sobre como ficamos tão endurecidos pela violência e sensacionalismo da televisão.
O filme conta a história de Max Renn, o chefe de um canal sensacionalista, que se depara com Videodrome, um programa recheado de sexo e morte, que aos poucos se revela mais do que é. Se você pensar na linha de episódios como The National Anthem e White Bear, esse filme é muito Black Mirror.