Nesta história sobre uma estudante vegetariana que desenvolve uma obsessão por carne humana, violência gráfica e detalhista é o que não falta para ilustrar os impulsos canibalísticos da protagonista.

O uso desta violência foi justamente a causa de Raw ter chamado atenção em uma de suas exibições, no Toronto Film Festival, onde membros da audiência começaram a passar severamente mal com o conteúdo do filme.

Para uns, Lars Von Trier é um gênio. Para outros, o diretor não passa de um cineasta de mau gosto. De qualquer maneira, seus filmes estão sempre em pauta graças às polêmicas nas quais Von Trier se mete.

Em especial, Anticristo, longa do diretor no qual um casal se isola numa cabana e passa a se torturar fisicamente de maneira excruciante, acabou fazendo diversas pessoas passarem mal em sua exibição original.

Mel Gibson, ao dirigir um filme sobre as últimas horas de Jesus Cristo, acabou se apoiando demais na tortura sofrida pelo Nazareno, exibindo as cenas de crucificação com um detalhismo bastante sórdido.

A cena foi demais pra muita gente. Pessoas passaram mal e deixaram o cinema. Em alguns casos, um no Kansas e outro aqui no Brasil, pessoas chegaram a morrer de ataque cardíaco ao decorrer do filme.

Irreversível é um filme difícil de se digerir. Ele abarca cenas intensas, conta com uma sequência polêmica de estupro que dura 10 minutos e em sua trilha-sonora, o diretor faz uso de uma frequência de som baixa para deixar a audiência desconfortável.

Quando estreou no festival de Cannes, Irreversível fez 250 pessoas saírem do cinema antes do longa terminar.

127 Horas, do diretor Danny Boyle, conta a história intensa de como o escalador Aron Ralston (James Franco) teve seu braço preso por uma rocha. A história mostra em detalhes gráficos como Ralson usou uma faca de bolso para amputar sua mão e sair vivo da situação penosa.

A cena da amputação fez muita gente sair da sala do cinema, passar mal e vomitar, tornando 127 Horas bastante infame por ela.

No filme de estreia de Quentin Tarantino, temos uma cena na qual um dos criminosos tortura um jovem policial ao cortar sua orelha. Ela conta com um sadismo ímpar, embora nos padrões de muita coisa de hoje em dia, não seja lá tão impactante.

Ainda assim, a cena fez diversas pessoas passarem mal e deixarem os cinemas. Até o diretor de horror, Wes Craven, alegou ter saído da sala por não gostar de ver gente sendo torturada.

Dirigido por Eli Roth, o filme Canibais mostra um grupo de ativistas ficando à mercê de diversos canibais, exibindo algumas mortes e torturas bastante viscerais, como é de praxe no estilo do diretor.

Em sua estreia e exibição geral, diversas pessoas passaram mal com o conteúdo do filme. Roth achou o máximo.

E temos Lars Von Trier mais uma vez. Seu novo filme ,A Casa Que Jack Construiu, abarca diversas cenas de tortura impiedosas ao narrar a história de um serial killer desmedido.

Pessoas estão abandonando o filme em diversas exibições, com os ocasionais desmaios e enjoos para dar aquela publicidade extra ao longa.

Hereditário, filme deste ano, persegue uma espécie de terror mais subliminar e psicológico, porém ainda assim intenso.

O filme arrancou diversas reações em suas exibições no festival Sundance, inclusive pessoas tontas e sofrendo enjoos de nervosismo.

Por fim, temos o filme que redefiniu o grau de nojeira possível nas telonas. O Exorcista pode não surpreender mais hoje em por sua escatologia, mas na época, a perversidade do longa fez salas de cinema passarem mal com intensidade ímpar, a ponto de alguns cinemas passarem a entregar saquinhos para a audiência vomitar.