Começando pelo terror - que tem exemplos excelentes - temos filmes que só sobrevivem, até hoje, graças ao intenso carinho dos fãs. Dirigido por Victor Salva, a franquia Olhos Famintos é um desses exemplos, com o terceiro filme sendo lançado este ano.

O primeiro filme, que é um ícone do cinema de horror trash, lançado em 2001, já dá perfeitamente o tom da série. É um filme bizarramente divertido, onde dois irmãos precisam fugir de uma criatura aterrorizante que os persegue na estrada. No entanto, o longa é cheio dos mais repetitivos clichês do terror e sua história é jogada para escanteio, com alguns furos bem óbvios no roteiro. Ainda assim, não deixa de ser um longa amado.

Se o filme de 2017 de Andy Muschietti veio para, de fato se provar uma "Obra-Prima do Medo", a minissérie de 1990 protagonizada por Tim Curry - e posteriormente relançada como um longa-metragem passa bem longe disso. O filme possui três horas de duração, por tentar adaptar todo o calhamaço que é o livro original de Stephen King.

Tirando o próprio Curry no papel do terrível Pennywise, o restante do elenco do filme é, no mínimo, mal-escalado. Mesmo tendo a participação de atores famosos, atualmente - como Seth Green -, a história se arrasta vagarosamente e os únicos momentos dignos de horror acontecem quando o palhaço está em cena. E nem vamos comentar o final com a aranha gigante...

Indo para a comédia, há alguns astros idolatrados e outros intensamente criticados. Eddie Murphy cai na linha tênue entre essas duas definições. Apesar de ter feito filmes brilhantes, o ator acaba sempre tendo projetos de gosto duvidoso. E Dr. Doolittle - e suas intermináveis continuações - são bem representativos disso.

Um clássico da Sessão da Tarde, o filme conta a história de seu protagonista titular, um veterinário que curiosamente consegue conversar com animais. No meio, há uma trama familiar bem corriqueira e diversas piadas sem graça, incluindo clichês como animais no cio e humor escatológico. E mesmo com toda a vergonha alheia, continuamos rindo com os filmes.

Por mais que seja extremamente odiado atualmente, Adam Sandler já foi, um dia, considerado um gênio da comédia, com um futuro promissor. Porém, quando voltamos para observar seus filmes mais elogiados - até mesmo como Click -, percebemos que ele continua sendo o mesmo ator detestável que todos amam odiar.

Billy Madison é um de seus primeiros filmes e, por mais que seja um dos mais divertidos de sua carreira, continua tendo o mesmo humor-vergonha-alheia que o comediante usa até hoje. Não dá para aguentar Sandler usando sua voz infantilizada e seus trejeitos idiotas enquanto conversa inapropriadamente com... crianças em uma escola.

Clássico do Disney Channel, Abracadabra é sempre uma ótima pedida, ainda mais nessa época de Dia das Bruxas. O filme é dirigido por Kenny Ortega - que depois se especializaria com sua trilogia de guilty pleasures High School Musical - e possui um elenco sensacional, com nomes como Bette Midler e Sarah Jessica Parker.

Pouco se salva de sua trama, que não conseguiu, na época, agradar crianças e nem adultos (motivo pelo qual o filme foi um grande fracasso nas bilheterias). O humor é completamente vergonhoso e a história não se sustenta. Ainda assim, o filme ganhou uma legião de seguidores e é um dos longas mais reprisados na televisão. Curiosamente, a maior parte de seus fãs são adultos...

Se o primeiro MIB - Homens de Preto havia sido um sucesso de público e crítica, o mesmo não se pode dizer a respeito do segundo filme, que adapta uma HQ de sucesso da Malibu Comics. Na trama, vemos Tommy Lee Jones e Will Smith como dois agentes secretos a serviço do governo americano, designados para lidar com ameaças alienígenas na Terra.

A continuação trouxe mais personagens e uma história relativamente maior. Infelizmente, isso não foi o suficiente para acobertar a péssima história e o uso horrendo de efeitos visuais precários. Mesmo assim, é um filme cujo sucesso chega até mesmo a ser maior que o do primeiro filme. Mas para a sorte dos fãs e dos cinéfilos, MIB - Homens de Preto 3 veio para trazer um novo longa ótimo e divertido para a franquia.

Atualmente, Velozes e Furiosos pode ser uma das franquias mais divertidas e lucrativas da história do cinema, com filmes confirmados pelas próximas décadas. Mas isso não apaga o fato de que os dois primeiros longas são grandes bombas que todos só gostam de lembrar pela participação nostálgica de Paul Walker.

Os filmes são, basicamente, uma versão mais "adulta" de Hot Wheels e por isso são tão adorados pelo público mais saudosista. A trama não segura, a ação é entediante e os personagens são tão rasos quanto uma piscina de plástico. Com sorte, os longas mais recentes passaram a não se levar a sério, rendendo aventuras bem divertidas.

Diferente da maior parte de adaptações de videogames da atualidade, Mortal Kombat, lançado em 1995, é um dos poucos filmes feitos realmente para quem jogou os jogos, e por conta disso, possui uma fidelidade incrível aos personagens e seus visuais. Todos agem e se comportam da mesma forma que nos jogos, e isso é um grande ponto positivo.

Ainda assim, pouco se salva nesse longa. A trama é bem derivada dos games e por isso não consegue se sustentar em um filme. Mas as verdadeiras atrocidades estão nas atuações, que rendem momentos de vergonha alheia icônicos na história do cinema. De um jeito ou de outro, é um filme bem divertido e que sempre será lembrado com carinho pelos fãs da franquia.

Assim como Homens de Preto, as Tartarugas Ninjas também tiveram suas origens nos quadrinhos, antes de conquistarem o mundo com animações, games e, obviamente, filmes. Porém, a trilogia da década de 90 está longe de ter filmes bons. O primeiro é bem divertido, ainda que não muito bem recebido pela crítica.

Contudo, os problemas começam a partir do segundo, onde os cineastas não conseguem conciliar a piração das histórias em quadrinhos com o clima mais real do cinema. Sem contar a participação gratuita de Vanilla Ice. Por outro lado, o terceiro filme é um desastre sem a menor defesa, ainda que também tenha sua boa parcela de fãs.

Ao menos todos podemos concordar que eles dão de dez a zero no reboot produzido por Michael Bay...

Todos nós amamos os Looney Tunes. Eles fazem parte da mitologia popular, especialmente de quem cresceu assistindo ao Bom Dia & Companhia no SBT. Os personagens da Warner Bros. Animation viraram ícones rivalizando com os da Disney. Pernalonga, Patolino, Taz, Piu-Piu e Frajola e outros representantes dessa turma, e para o estúdio, fazia total sentido misturá-los com basquete e com um dos maiores astros da história, Michael Jordan.

Ainda assim, Space Jam é um belo de um desastre. Nenhum dos personagens funciona e a animação 2D acaba não se misturando muito bem ao live-action, ao contrário de outros filmes como Uma Cilada Para Roger Rabbit. Mesmo com esses problemas, o filme continua sendo aclamado e revisto todas as vezes que passa na TV.