10 filmes nacionais de 2018 que você precisa assistir!
10 filmes nacionais de 2018 que você precisa assistir!
Quem disse que só americanos produzem cinema de qualidade!
O ano está chegando ao fim e, em breve, você vai poder acompanhar nossas matérias especiais de retrospectiva, com os melhores filmes, séries, HQs e tudo o que 2018 nos presenteou de melhor. No entanto, nós também precisamos lembrar que o ano foi muito bom para o cinema nacional.
Com filmes que variam desde o drama à comédia e ao suspense ou terror, vimos o cinema de gênero ganhar mais destaque no país. E se você gosta de um bom longa brazuca, pode pegar um banquinho, pois separamos aqui 10 filmes brasileiros de 2018 que você precisa assistir!
Créditos: Divulgação
Benzinho
Um drama sutil e emocionante, Benzinho começou o ano em grande estilo, tendo estreado no Festival de Sundance, uma das maiores celebrações do cinema indie. A história segue a vida de uma mãe que precisa lidar com o trabalho e sua família, enquanto se prepara para se despedir de seu filho mais velho, que vai viajar para a Alemanha.
O longa ganha bastante força por conta de seu elenco - especialmente Karine Teles, que brilha no papel da protagonista, e Adriana Esteves. Além disso, vale destacar a fotografia, que é belíssima. É um filme bem gostoso para se ver com a família, especialmente se você tem uma ligação muito forte com sua mãe.
Ferrugem
Dirigido e escrito por Aly Muritiba, e ganhador do Festival de Gramado nas categorias de melhor filme, roteiro e som, o drama Ferrugem fala sobre Tati, uma menina normal que acaba se tornando vítima depois que um vídeo íntimo é compartilhado com sua escola. A partir daí, sua vida se torna uma tragédia.
O filme fala justamente sobre temas que já nos são bem contemporâneos: a invasão de privacidade e o perigo da tecnologia, além do bullying. É um longa surpreendente, que foi elogiado não apenas no Brasil. Assim como Benzinho, ele marcou presença no Festival de Sundance.
Ana e Vitória
Se você gosta de comédias românticas teen e pira na música etérea da dupla Anavitória, vale citar o filme Ana e Vitória, que de certa forma, dramatiza o início de carreira da dupla e adiciona toques cômicos bem divertidos. O mais interessante aqui é que o longa é um musical, algo que não vemos com frequência no cinema brasileiro.
Discutindo temas naturais da adolescência, como a busca pelo reconhecimento e o despertar da sexualidade, o filme sabe cativar justamente por ser protagonizado pelas cantoras - que esbanjam simpatia, carisma e vozes de outro mundo.
Aos Teus Olhos
Muito elogiado, principalmente pela atuação de Daniel de Oliveira, Aos Teus Olhos é um drama bem interessante, que conta a história de um professor de natação que é acusado de molestar um de seus alunos. A partir daí, sua vida começa a descer em uma espiral de problemas.
Com paralelos evidentes com o filme dinamarquês A Caça, o longa dirigido por Carolina Jabor ganhou vários prêmios, como o de melhor filme pelo público no Festival do Rio. É um longa inquietante, que aborda um assunto delicado de uma forma bem diferente de tudo que já vimos antes.
Motorrad
Tente pensar em Mad Max como se fosse um filme de terror. Conseguiu? Assim, temos Motorrad. Aqui, vemos um grupo de motoqueiros viajando por áreas bem isoladas do país. O perigo começa quando uma gangue rival começa a caçá-los, dispostos a matar qualquer um em seu caminho.
O filme conta com a direção de Vicente Amorim e teve, envolvido em sua produção, o quadrinista brasileiro Danilo Beyruth. Como resultado, temos um longa violento e que sabe dosar muito bem a escala de ação e de horror. O elenco também merece destaque, especialmente Guilherme Prates, Emilio Dantas e Carla Salle.
A Repartição do Tempo
O cinema nacional sabe explorar bem a ficção científica para fins cômicos - especialmente no que diz respeito à viagem no tempo. Pegue, por exemplo, O Homem do Futuro, de 2011. Algo similar acontece aqui em A Repartição do Tempo, filme que entrou no circuito comercial em fevereiro deste ano.
A história segue um chefe abusivo, que usa sua máquina do tempo para fazer com que seus empregados trabalhem em um loop interminável, sem lhes dar descanso. É um filme divertido, que brinca bem com alguns aspectos que já nos são comuns, como a relação patrão-empregado e a burocracia.
As Boas Maneiras
Dirigido por Juliana Rojas e Marco Dutra, e protagonizado por Marjorie Estiano e Isabél Zuaa, o filme traz a história de uma mulher que é contratada para ser babá, mas acaba se afeiçoando demais à sua patroa. Quando o bebê nasce, ela se vê diante de um dilema assustador.
Grande vencedor do prêmio de melhor longa-metragem de ficção no Festival do Rio, As Boas Maneiras é um filme que mescla diversos gêneros. Temos romance, horror e drama, tudo misturado em um dos longas mais enigmáticos do cinema brasileiro nos últimos anos. Recomendado para quem gosta de histórias de lobisomem.
O Animal Cordial
Primeiro longa de Gabriela Amaral, o terror O Animal Cordial é ótimo para quem não se importa em ver o sangue jorrando. Na história, acompanhamos as últimas horas do expediente de um restaurante, quando coisas sinistras começam a acontecer, envolvendo clientes inconvenientes, ladrões violentos e um dono insano.
O grande mérito do filme está na sua tensão cada vez mais sufocante, e em um elenco espetacular, que conta com nomes como Murilo Benício, Luciana Paes, Camila Morgado e Irandhir Santos. A trilha sonora desse filme é outra coisa de tirar o fôlego, com momentos de apreensão claustrofóbica.
O Segredo de Davi
Para quem gosta de suspense, O Segredo de Davi é um tesouro escondido, já que passou batido para muitos. O filme conta a história de um estudante de cinema cujo passado trágico o transforma em um serial killer. A partir daí, ele começa a cometer seus assassinatos quase como uma forma de expressão artística.
Brilhantemente protagonizado pelo galã Nicolas Prattes, o filme estabelece muito bem a psicologia de um assassino juvenil, além de trazer um romance inesperado e reviravoltas cada vez mais surpreendentes. Uma excelente estreia para o diretor Diego Freitas, já que esse é seu primeiro longa-metragem.
O Doutrinador
Por fim, não podíamos deixar de prestigiar os filmes de super-heróis - especialmente um que parte de uma iniciativa 100% nacional. Baseado nos quadrinhos de Luciano Cunha e com direção de Gustavo Bonafé, O Doutrinador é a primeira adaptação cinematográfica do Universo Guará, um selo de quadrinhos genuinamente brasileiro.
O filme conta a história de um homem - vivido por Kiko Pissolato - que, motivado por uma tragédia pessoal, se torna um violento vigilante, lutando contra a corrupção - e justamente na época das eleições presidenciais. Vale destacar que o longa é só a ponta do iceberg, já que em 2019 teremos uma série exibida no canal Space.