10 filmes e séries que discutem o que é ser humano!

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10 filmes e séries que discutem o que é ser humano!

Por Gus Fiaux

ficção científica sempre esteve presente no imaginário popular, desde as fundações da literatura e das narrativas, como uma maneira de especular a respeito do futuro da humanidade, seja de forma utópica ou distópica. Com diversos “sub-gêneros”, essa grande classe de histórias já nos apresentou elementos brilhantes que dizem respeito (em muito) ao nosso presente e nossa vida em sociedade.

Um elemento clássico do sci-fi são as inteligências artificiais, que servem para mostrar um nível de consciência pós-humana, quase sempre criada pelos próprios seres humanos, e que rapidamente se alastram para dominar o mundo. Esse modelo também serve para fazer nos questionarmos sobre nossa própria humanidade. E aqui, relembro dez filmes e séries que incorporam esses elementos para nos lançar a pergunta suprema: afinal, o que é ser humano?

Créditos: Divulgação

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O Homem Bicentenário

Não importa se o filme é bom ou ruim, todos sempre amam Robin Williams, e aqui temos um clássico de sua carreira, que usa os princípios de histórias de inteligência artificial para falar sobre uma questão que sempre assolará a humanidade: a morte. Em O Homem Bicentenário, acompanhamos um robô com sentimentos, interpretado pelo próprio Williams.

Contudo, graças à sua jornada em ascensão à sua crescente humanidade, ele se vê vítima de uma maldição de sua natureza: ele nunca envelhece, enquanto todos ao seu redor crescem e morrem, deixando-o sozinho no mundo. É um filme icônico e que muitos já assistiram, mas que vale a conferida para quem nunca viu. E, se serve de motivação, é inspirado pelo trabalho de um dos maiores pais da ficção científica: Isaac Asimov.

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Eu, Robô

Falando em Asimov, temos aqui uma de suas adaptações que, embora não tenha envelhecido muito bem, mantém-se como uma das mais influentes. Lançado em 2004, Eu, Robô é inspirado por uma série de contos publicados pelo autor. Aqui, vemos o profético futuro de 2035, onde o policial interpretado por Will Smith precisa investigar um assassinato impossível, que parece ter sido executado por um robô - mesmo que isso contradiga suas diretrizes primárias.

O filme avança enquanto o detetive se emaranha em um grande escândalo corporativo, que pode definir não apenas o futuro das máquinas, como também de toda a humanidade. Aliado a isso, ele conhece Sonny, um robô muito diferente dos demais, já que possui uma consciência muito alterada e habilidades humanas, como o sonhar.

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A.I.: Inteligência Artificial

Um dos maiores clássicos da virada do milênio, A.I.: Inteligência Artificial consegue ser uma montanha-russa de sensações. Ao mesmo tempo que nos emociona e nos fascina, também consegue passar uma história profunda e bem consciente a respeito do uso de IAs para substituir pessoas reais, especialmente a um nível sentimental.

O filme serve quase como um conto de fadas futurista, emulando alguns elementos clássicos de histórias como Pinóquio, enquanto o pequeno David tenta a todo custo se tornar um humano de verdade para reconquistar o amor de sua "mãe", que havia o comprado para substituí-lo enquanto seu filho biológico sofria de uma grave doença.

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Humans

Um dos itens mais obscuros dessa lista, a série britânica Humans alastra-se nesses mesmos questionamentos a respeito de inteligências artificiais sendo utilizadas como criaturas sub-humanas, sendo usadas como "escravos" pela população humana. Baseada em outra série sueca, essa nova narrativa fala sobre os synths.

Eles nada mais são que robôs construídos e vendidos para que os seres humanos possam usá-los para os mais diferentes propósitos: babás, empregados, escravos sexuais e até mesmo para substituir entes falecidos. Porém, as coisas começam a ir de mal a pior quando os synths criam consciência e tentam se libertar de sua programação submissa.

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Ghost in the Shell

Batizado no Brasil como O Fantasma do Futuro, esse anime de gigantesca repercussão é uma das obras mais complexas e eficientes em sua abordagem sobre a inteligência artificial e "o que é ser humano?". Seguimos a trama a partir dos olhos da Major Motoko Kusanagi, que é uma espécie de super-policial na caçada contra um poderoso hacker.

O primeiro filme, de Mamoru Oshii, lida de forma assustadora e enigmática com esses elementos, e as continuações (sejam em filmes ou séries) só ajudaram a expandir ainda mais isso. A adaptação Hollywoodiana, lançada no ano passado, mesmo que não consiga mergulhar tão profundamente nessa jornada, se esforça e garante uma estética ímpar.

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Westworld

Um dos maiores fenômenos da HBO nos últimos anos, Westworld é uma das melhores séries da atualidade, principalmente por como eleva a qualidade técnica de produções televisivas a um nível que não é visto sequer nos cinemas. Baseado em um filme de 1973, a premissa da série gira em torno de um parque de diversões ambientado no Velho Oeste americano, habitado por robôs.

Todos os dias, esses homens e mulheres sintéticos recebem os visitantes do parque. E todos os dias, eles são mortos, mutilados, estuprados e revividos, em um ciclo constante. No entanto, logo revela-se uma grande conspiração envolvendo um dos criadores do parque e alguns dos robôs, dando início a uma rebelião sem precedentes, enquanto muitos desenvolvem sua própria consciência e transcendem a própria humanidade.

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Ex Machina: Instinto Artificial

Um dos filmes mais inquietantes dos últimos anos, Ex Machina deveria ter mais reconhecimento, por ser uma obra complexa e extremamente bonita, desde sua estética à sua direção contemplativa e bem compassada. Aqui, um jovem prodígio da tecnologia é convidado por um grande magnata e inventor para testar uma nova forma de inteligência artificial super desenvolvida.

Porém, conforme os testes vão ficando mais intensos e impactantes, o rapaz percebe que pode estar se apaixonando pela mulher artificial... o que pode representar um verdadeiro perigo para sua vida, especialmente em uma mansão onde não há janelas e cujo dono parece cada vez mais excêntrico e insano...

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Metrópolis

O Expressionismo Alemão é um dos movimentos cinematográficos mais ricos da história, usando narrativas sombrias e distorcidas para criar imaginários perturbadores e cada vez mais pessimistas. Isso foi o berço para que Fritz Lang concebesse uma de suas maiores obras: o icônico Metrópolis, lançado em 1927.

Diferente da maior parte dos itens citados nessa lista, o foco de Metrópolis não é necessariamente a inteligência artificial, mas sim a procura por ela como uma forma de vida superior à humana, e que virá para trazer paz entre as classes mais ricas e os operários. O filme é um dos maiores clássicos do cinema, e merece ser relembrado como um dos fundadores da ficção científica nas telonas.

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Battlestar Galactica

Uma espécie de remake de uma série de TV da década de 70, Battlestar Galactica foi ao ar no Sci-Fi Channel (atual SyFy) entre 2004 e 2009, e expandiu fortemente todos os conceitos apresentados em sua trama base. Aqui, vivenciamos o eterno conflito dos humanos contra os Cylons, seres artificiais criados por eles há muito tempo atrás, e que se rebelaram.

Depois que os Cylons destroem todas as colônias humanas, os sobreviventes são forçados a fugir em busca de um novo paraíso: o Planeta Terra. Porém, em sua jornada, eles precisam lutar contra os inimigos disfarçados de humanos, como lobos em pele de cordeiro. Ao longo de quatro temporadas, a série destrincha elementos surpreendentes, trazendo à tona não apenas questões referentes à humanidade, mas também à mortalidade, religião e a própria essência da sobrevivência.

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Blade Runner

Finalizando essa lista, não podíamos deixar de citar uma das franquias mais enigmáticas do cinema. Inspirado por um livro de Philip K. Dick, Blade Runner: O Caçador de Androides, bem como sua continuação, Blade Runner 2049 são situadas em um futuro distópico, onde o planeta morre lentamente e as corporações criam Replicantes - androides com traços ultra-humanizados.

No entanto, conhecemos Rick Deckard, um grande Blade Runners - o nome designado ao policial que caça e põe fim aos Replicantes. Sua jornada - que posteriormente se torna a jornada de K, na sequência - o leva a caminhos onde ele percebe que suas vítimas podem ser inocentes e que sua missão vai contra qualquer humanidade restante nele - enquanto os androides buscam apenas não deixarem de existir, como lágrimas na chuva.