10 filmes de super-heróis que quase arruinaram o gênero!
10 filmes de super-heróis que quase arruinaram o gênero!
Adaptações de quadrinhos passaram a ser clássicos exemplos de como a indústria blockbuster se reinventa ao longo dos anos. Entretanto, existem alguns filmes que de tão ruins, ao lembrar do pior do gênero, logo são associados. Confira nessa lista adaptada da WhatCulture 10 exemplos de filmes que quase assassinaram o gênero de adaptações de quadrinhos:
Superman IV - Em Busca de Paz
Após dois filmes magníficos, a série colapsou. Em Superman III, vemos uma comédia que mais parece um filme onde o Superman é coadjuvante. Porém, foi com o quarto episódio que a franquia atingiu ponto crítico. Isso aconteceu, em parte, por causa de dois fatores: o orçamento infinitamente menor que o dos longas anteriores e a história que ficou comprometida pela obsessão de Christopher Reeve de mandar uma mensagem antiarmamentista e antinuclear. O desastre foi tão grande que pouco quis se fazer do personagem nos dois, três anos seguintes. Em 2006, houve a tentativa de retomar a série com "Superman - O Retorno", que apesar de melhor que os capítulos III e IV, não encontrou uma base forte na crítica e no público, afundando a franquia iniciada por Christopher Reeve e Richard Donner. O que salvou o gênero: Batman. Menos de 3 anos depois, chegava aos cinemas o primeiro filme do Homem-Morcego, dirigido por Tim Burton. Talvez o filme mais próximo dos quadrinhos focado no personagem, o que garantiu um bom sucesso na época.
Demolidor
Após Homem-Aranha, da Sony, a Fox aproveitou a pegada do herói urbano para trazer às telas o advogado cego conhecido como Demolidor. Apesar de ser uma tentativa esforçada, o filme tem erros aparentes, como o CGI ruim até mesmo para a época, as atuações inconsistentes do casal principal (algo que persegue Ben Affleck até hoje) e a mão do estúdio pesando mais que a do diretor. Talvez o maior problema é que, para a época, o Demolidor era um personagem tão secundário quanto um Senhor das Estrelas. E pelo mercado não ter tido a mesma força que tem hoje, o filme não fez o mesmo sucesso que talvez teria feito se fosse lançado agora (mesmo que fosse um sucesso negativo). O que salvou o gênero: As adaptações de quadrinhos em grande escala ainda estavam engatinhando. Por isso, o filme deve ter sido considerado apenas um passo em falso.
Howard, o Pato
O personagem voltou às telas em Guardiões da Galáxia, mas isso não anula a péssima reputação do filme produzido por George Lucas. O personagem, ácido e sarcástico, foi introduzido no filme como um piadista qualquer. O personagem tinha uma base de fãs muito pequena na época, e os poucos que o eram, culparam a adaptação pelo conceito dado ao personagem. O que salvou o gênero: O filme ficou muito mais próximo da ficção científica que das grandes adaptações de quadrinhos da época, o que evitou associações.
X-Men - O Confronto Final
O primeiro X-Men reinventou e atualizou o conceito de super-herói. A fórmula era apenas fazer filmes bons, e não adaptar tudo ao pé da letra. E apesar de algumas ressalvas, os dois primeiros filmes funcionaram bem. Porém, com a saída do diretor Bryan Singer e a entrada do dobro do orçamento do segundo filme, a Fox quis aumentar as apostas. E acabaram aumentando tudo, sem balancear. O terceiro filme é repleto de personagens desnecessários, cenas de ação esquecíveis, foco centrado em apenas 2 ou 3 personagens, além do tom que difere do resto da trilogia, por ser muito mais "fatal" para alguns personagens. Não é o pior filme já feito, há de se dizer. Mas foi o responsável pelo limbo da franquia original por um tempo, algo que só veio a ser resolvido em "Wolverine - Imortal" e "Dias de um Futuro Esquecido". O que salvou o gênero: 2008. Homem de Ferro e O Cavaleiro das Trevas vieram para reestruturar o gênero e limpar da mente dos fãs várias dessas catástrofes.
Motoqueiro Fantasma
O filme de 2007 tentou caminhar entre a adaptação de quadrinhos e o terror. Porém, o resultado foi muito aquém do esperado. A sequência de 2012 conseguiu a proeza de ser ainda pior que seu antecessor. No fim, Motoqueiro Fantasma foi um filme que deveria ter sido mais Blade que Homem-Aranha. O que salvou o gênero: 2008 novamente. Dessa vez, o Homem de Ferro provou que personagens desconhecidos podiam funcionar... desde que a classificação indicativa fosse mais ampla.
Aço
Introduzido nos quadrinhos como parte da série Morte do Superman, o personagem nunca conseguiu ser tão popular, o que torna ainda mais sem sentido a execução desse filme. Interpretado pelo jogador de basquete Shaq, o herói que dá nome ao filme acabou sendo completamente unilateral, e o filme fracassou nas bilheterias, arrecadando 16 vezes menos que o preço de orçamento. O que salvou o gênero: Blade viria aos cinemas no ano seguinte...
Quarteto Fantástico
Apesar de ser um dos títulos mais importantes das histórias em quadrinhos desde sua criação, o Quarteto Fantástico não alcançou o mesmo sucesso em sua primeira grande adaptação para o cinema. Com um tom muito mais familiar, porém com o conceito errôneo - uma vez que o Quarteto é sobre um grupo de aventureiros que acabam sendo heróis, e não o contrário - o filme foi considerado morno. Dois anos depois, em 2007, chegava aos cinemas a continuação, melhor aceito, porém com os mesmos erros do primeiro. O que salvou o gênero: A bilheteria. Apesar de ser criticado, foi um filme que se saiu bem financeiramente.
Homem-Aranha 3
Mais um exemplo de como o estúdio pode tanto salvar quanto condenar um filme. O terceiro capítulo da bem-sucedida franquia de Sam Raimi caiu sobre o poder da Sony, que queria o filme de certa maneira, e isso gerou conflitos criativos com o diretor. Mas isso não é tudo: a franquia em si estava começando a mostrar seus sinais de exaustão. Vilões subutilizados, uma trama forte adaptada de maneira muito rasa e as coincidências que camuflavam o roteiro preguiçoso. O que salvou o gênero: 2008. Mais uma vez
Lanterna Verde
O filme fala por si só. Trilha sonora porca, atuação mediana do personagem principal, roteiro clichê e piegas, diálogos escabrosos... as razões são inúmeras. Se há uma única coisa que se salve desse filme é a atuação de Mark Strong como Sinestro. O que salvou o gênero: O filme foi tão mal recebido que não fez quase diferença nenhuma. Além disso, o sucesso de Vingadores no ano seguinte serviu para apresentar um novo olhar sobre as adaptações.
Batman & Robin
A Warner Bros. estava tão confiante no sucesso de Batman e Robin que uma continuação já estava sendo planejada antes mesmo da estreia do quarto capítulo. O plano logo foi esquecido quando o segundo longa do Batman dirigido por Joel Schumacher entrou para a lista dos filmes mais ridicularizados de todos os tempos. O filme caiu nos ares da comercialidade, sendo feito para vender a maior quantidade de bonecos possíveis, e portanto apostando em um tom infantilizado que se afasta por completo do conceito criado por Tim Burton em seu primeiro filme. O que salvou o gênero: Renascimento. Em vez de continuar com as grandes produções, as editoras e os estúdios tiveram de voltar à estaca zero. Primeiro Blade, seguido pelos X-Men e pelo Homem-Aranha. Não muito tempo depois, a figura do Cavaleiro das Trevas voltava a ser prestigiada no cinema, mas só após uma completa revitalização proposta pelo diretor Christopher Nolan