A abordagem do diretor Christopher Nolan ao gênero ficção científica surpreendeu muita gente em sua estreia no cinema e, mesmo depois da sessão, essas pessoas não conseguiam sacudir o filme da cabeça.

Embora muitos tenham odiado, os conceitos astrofísicos e representações de teorias científicas como buracos de minhoca, certamente surpreendem durante a projeção.

O filme pode iniciar com uma premissa simples, em que um homem persegue um terrorista através do tempo. Mas ao final do longa, você certamente vai estar com a mão no queixo fazendo uma careta pensativa. As camadas de acontecimentos vão se sobrepondo em O Predestinado até termos uma trama extremamente convoluta, mas divertida de decifrar.

Clássico de Andrei Tarkovsky, Solaris é um filme difícil de digerir para muitos. A trama é baseada no livro de Stanislaw Lem, contando a história de um psicólogo chegando em uma base no planeta Solaris onde as coisas estão um pouco confusas e seus tripulantes parecem estar perturbados com algo. Logo, o próprio psicólogo começa a entender o motivo de toda aquela loucura, em uma narrativa envolvente que aborda o quão frágil é a mente humana, lidando com temas de família e perda.

A elusiva obra de Stanley Kubrick ainda surpreende muitos até hoje, seja pela sua qualidade irretocável, pela magnitude dos temas abordados, pelos simbolismos enigmáticos e psicodélicos ou por ter feito muita gente dormir antes do filme acabar. A trama é densa, porém recompensadora, e ao seu desfecho, é apenas normal que o espectador se sinta aturdido, já que a sequência final do filme é de uma psicodelia única.

Sam Bell é um trabalhador lunar que está prestes a cumprir seu contrato de três anos com a mineradora e voltar para terra. Nesse período, ele trabalhou sozinho, tendo como companhia o robô Gerty (Kevin Space). Nessa reta final de sua estadia lunar, as coisas se complicam quando, num acidente, Sam encontra um clone seu.

Nemo Nobody é o último mortal na terra, prestes a morrer aos 118 anos. Ele reconta a trajetória de sua vida, e o filme as explora indo além, se ramificando nas escolhas que o personagem deixou de tomar.

Sendo um drama envolvente com uma carga pesada de ficção científica e filosofia, Mr. Nobody é um ótimo convite à reflexão.

Clássico abosluto das Wachowski, Matrix soube balancear artes marciais, visuais maneiros e filosofia de uma maneira ímpar. Para isso, usou como plano de fundo uma trama sobre um estado de vida artificial, gerado para nos manter inertes perante os novos donos do planeta terra.

No filme, acompanhamos o vagar de uma mulher (Scarlett Johansson) enquanto ela procura por homens. O twist: ela é uma alienígena procurando vítimas. O filme possui uma carga filosófica forte, repleto de cenas memoráveis que marcam na memória graças à sua estilização. Sob a Pele é mais um daqueles filmes lentos, porém compensadores.

Uma viagem pela linguística através da ficção científica, A Chegada foi um ótimo longa do diretor Dennis Vileneuve, em que a humanidade busca a melhor forma de dialogar com uma recém-chegada nave de aliens.

Prestes a ganhar uma continuação, Blade Runner é um filme super estilizado, com camadas densas de ambientação e atmosfera opressoras, que entre as pinceladas de neon coloridas, hologramas e visuais cativantes, olha ao fundo na essência humana para levantar aquela famosa pergunta: afinal, o que é ser humano?