10 filmes com estratégias de marketing fantásticas!

Capa da Publicação

10 filmes com estratégias de marketing fantásticas!

Por Márcio Jangarélli

Agora, os filmes apostam não em uma música, mas em albuns completos de trilhas sonoras, que nem tocam durante a trama, mas foram feitas para o longa, em teasers diferenciados, trailers com fórmulas diferentes, posteres que dialogam mais com a trama do que com a venda, imagens promocionais quase diárias, inúmeras abordagens para o mesmo filme e por aí vai.

Assim, escolhemos 10 filmes com estratégias de marketing fantásticas, do terror à ópera espacial, porque esse trabalho está ficando mais difícil, porém está rendendo coisas incríveis. Se você lembra de alguma que não entrou na lista, deixa aí nos comentários!

Imagem de capa do item

Deadpool

Direto com a mais atual e, provavelmente, mais engraçada de todas, a equipe de marketing do filme do Mercenário Tagarela deveria ganhar um prêmio por traduzirem toda a identidade do personagem no quesito promocional.

Começando com Deadpool sensual em cima do tapete de urso até o filme de romance do Deadpool, passando pelos cartazes feitos com emoji, perfil no Tinder, no Snapchat, o Mercernário salvando gatinhos e mandando indiretas para os filmes de super-herói antigos do Ryan Reynolds. Deadpool pode até decepcionar no cinema, mas sua promoção foi fantástica.

Imagem de capa do item

Jogos Vorazes

Depois do sucesso do primeiro filme, para Em Chamas e A Esperança - Parte 1, a equipe de marketing da Lionsgate caprichou.

Entrando na trama e misturando elementos da história com referências reais, enquanto Em Chamas ganhou uma divulgação, a primeiro momento, quase cômica, simulando a turnê dos vitoriosos, além de se sites virais, A Esperança mergulhou no clima de Guerra Fria do começo do terceiro livro, lançando pôsteres no maior estilo “I Want You”, por parte da Capital, tentando mascarar a revolução em um enaltecimento forçado dos distritos.

Também com os vídeos promocionais com Presidente Snow, intimidador, menosprezando a revolta, falando para toda a Panem e, por parte da rebelião, vídeos como intromissões e mensagens semi-ocultas, bombardeando a propaganda de guerra do ditador. Simplesmente fantástica.

Imagem de capa do item

Atividade Paranormal

Filmes do gênero terror e horror são bem conhecidos por estarem sempre reinventando suas formas de marketing. No caso, Atividade Paranormal, que lucrou absurdos, atraiu o público principalmente pela divulgação de supostas reações das pessoas ao assistirem o filme, numa espécie de boca a boca manipulado. No fim das contas, a coisa deu muito certo, rendendo rios de dinheiro e inúmeras continuações.

Imagem de capa do item

O Exorcista

Porém, antes de Atividade Paranormal, O Exorcista se utilizou dessa técnica de uma forma bem mais efetiva. O filme contou com as reações extremas do público ao seu conteúdo, com gente passando mal nos cinemas, protestos religiosos contra o longa, boatos de possessão por causa do filme, além dos boatos sobre as filmagens e a “maldição” do projeto.

Muita gente tem medo não da história, mas do filme em si, até hoje, o que torna não só a divulgação efetiva, quanto icônica.

Imagem de capa do item

Fargo

Uma das coisas que mais assustam nos filmes é quando vem o “Esse filme foi baseado em fatos reais”. Muitas vezes, os tais fatos nem foram levado tão em conta assim, só dão uma base mesmo para o desenrolar da trama, isso já é bem comum, principalmente nos longas de terror. Mas e se o filme se diz baseado em fatos reais e, na verdade, não foi?

Fargo, dos irmãos Coen, que ganhou uma série pela FX seguindo a mesma linha, se utilizou dessa tática, deixando muita gente inconformada, gerando mais buzz ainda para o filme. Contando uma história bem absurda, lotada de sangue, assassinatos e, principalmente, banalidades e acasos, o filme começa com o aviso “Essa é uma história real. Os eventos mostrados nesse filme aconteceram em Minnesota, em 1987. Por pedido dos sobreviventes, os nomes foram mudados. Por respeito aos mortos, o resto foi contado exatamente como aconteceu”. No finzinho dos créditos, no entanto, surge o “Todos os personagens são fictícios”, mudando o sentido da obra.

Imagem de capa do item

Universo Cinematográfico da Marvel

A Marvel não foi a primeira a compartilhar seu universo nos cinemas, porém, hoje é a pioneira no caso e, se essa não é uma estratégia de marketing ótima, não sabemos o que é. Criar um universo expandido nos cinemas implica em ligar diversos filmes, assim sendo, os eventos de um filme de franquia diferente afetam outro.

No fim, se você não assiste todos os filmes daquele universo, pode até não ficar perdido, mas vários pedaços e histórias vão ficar soltos. É uma estratégia brilhante de “assistam todos os meus filmes”. Além disso, interligar o universo com a TV gera uma nova reviravolta na coisa, porque, para entender todo o contexto, “assistam as séries também”. Muitos pontos para a Marvel por isso.

Imagem de capa do item

Star Wars

E, claro, como resgatar uma franquia sem, necessariamente, criar um reboot? Trazendo uma nova história nostálgica. O maior fenômeno de bilheterias dos últimos tempos, Star Wars: O Despertar da Força, além de ter tido seu marketing construído por um bom tempo antes de ser lançado – quem lembra dos ovos de páscoa e da enxurrada de ligações com Star Wars acontecendo muito antes do filme estrear? -, ainda teve como aliado o resgate de personagens icônicos e situações, além de efeitos nostálgicos.

O caso de nostalgia em Star Wars não se prende só à história ou aparições, mas vai até a megalomania dos efeitos práticos retomados.

Imagem de capa do item

Mad Max

Ainda no resgate de franquias antigas sem criar um reboot, temos o caso do reboot-sequência, onde Star Wars também entra, mas o melhor exemplo atual disso é o fantástico Mad Max: Estrada da Fúria.

Utilizando também de todos os mecanismos de nostalgia e megalomania, George Miller substituiu o protagonista da história, duas vezes, inclusive, sem que ninguém reclamasse. Mad Max: Estrada da Fúria é tido como uma continuação, mas também é um reboot, quando apresenta o mundo da trama, apresenta novos personagens, novas situações e, claro, uma nova protagonista, ou alguém duvida que Furiosa vai dividir o protagonismo com Max em uma possível continuação?

Imagem de capa do item

Psicose

Voltando ao terror, um dos maiores clássicos do cinema ganhou uma estratégia bem interessante que, hoje, seria bem difícil de funcionar. As histórias contam que quando comprou os direitos de Psicose, o diretor, lendário Alfred Hitchcock, mandou recolher todos os livros de seu futuro filme, para não estragar a revelação do assassino.

Praticamente um anti-spoiler, Psicose virou febre por vários motivos, mas, principalmente, pela icônica cena da revelação, que gerou furor quando lançado.

Imagem de capa do item

A Centopéia Humana

Pra terminar, nada melhor que falar da última cartada do horror, quando não se tem outra coisa para explorar: a exploração do bizarro. A Centopeia Humana, que já pode ser considerado um clássico trash-gore, além de se utilizar do extremo bizarro em sua história para promoção, em suas sequências eleva o nível aos seus extremos, superando o absurdo, além da ideia do segundo filme de quebra da quarta parede, mostrando uma história que se desenrola por conta de alguém impressionado pelo primeiro longa.

A estratégia é boa, mas é preciso muito estômago e preparo psicológico pra essa saga.