Depois do desastre com a direção do Schumacher na direção dos últimos filmes do Morcegão nos anos 90, a Warner penou para encontrar uma nova tomada para o personagem - o que acabou culminando em Batman Begins e na aclamada Trilogia Cavaleiro das Trevas.

Mas antes do Nolan, uma ideia bem interessante, que seria levada em frente pelos roteiristas Lee Shapiro e Stephen Wise, surgiu. Nela, teríamos um Bruce aposentado, forçado a voltar a sua vida como Batman para lutar contra o Espantalho e o Morcego Humano.

Seria uma retomada ao tom sombrio do Tim Burton e quase uma continuação, tentando limar os erros que sucederam seus projetos, com uma história simples e uma saída segura para o estúdio.

E se vocês não sabem dessa, o Batman vs Superman do Zack Snyder não foi a primeira ideia de colocar os heróis em confronto no cinema. Nesse mesmo hiato pós-Schumacher, pré-Nolan, o roteirista Akiva Goldsman estava trabalhando em um projeto muito parecido com o que chegou às telas em 2016.

Nele, veríamos um Bruce caído, abalado pelas mortes do Alfred e do Jim Gordon, enquanto, no lado de Metrópolis, o Clark estaria em crise depois de se divorciar da Lois. Similar ao que acontece no BvS que chegou até nós, o Lex Luthor se aproveita da fragilidade emocional dos dois para criar uma batalha de titãs entre os heróis e tentar eliminar dois inimigos de uma vez só. E não, não teríamos um “Martha” nesse.

Quando se fala em filme solo da Mulher-Gato, sobe até um frio na espinha lembrando do infame projeto com a Halle Berry. Mas, muito antes disso, a icônica Selina Kyle da Michelle Pfeiffer quase ganhou sua própria aventura - e vamos admitir: teria sido algo épico.

Batman: O Retorno não deu o resultado esperado para a Warner, o que levou para a mudança de rumos na direção do Schumacher. Porém, ainda assim, um filme da Mulher-Gato da Pfeiffer, dirigido pelo Tim Burton, estava nos planos da empresa. Ele até ganhou um rascunho do roteiro, antes do universo do Morcego do Burton ser jogado para escanteio completamente.

Falando no Tim Burton, antes da sua versão do Cavaleiro das Trevas, Tom Mankiewicz, conhecido por seu trabalho nos filmes do James Bond, quase assumiu os longas do herói nos anos 80.

O roteirista criou um trabalho onde contaria a origem do Batman, do Robin e traria o Pinguim como um gangster diferente do que já vimos. Esse projeto ganhou até nomes de elenco, diretor, uma data de estreia - 1985 - e seria baseado nos quadrinhos de “Batman: Strange Aparitions”, com um tom mais sério. Infelizmente, ele não seguiu em frente por uma drástica mudança criativa.

O que aconteceu foi que o roteiro foi passado para Ivan Reitman, que tinha acabado de sair do sucesso estrondoso de Os Caça-Fantasmas e o recém-chegado queria levar o filme por um viés mais cômico. Tanto que o longa traria o Bill Murray como Batman e possivelmente o Eddie Murphy ou o Michael J. Fox como Robin. Conseguem imaginar isso?

Bom, o pessoal da época conseguia, afinal de contas, nos anos 80, o Batman estava em uma luta constante com sua própria imagem. A série de TV com o Adam West marcou profundamente o Morcegão e mesmo que os quadrinhos estivessem cada vez mais apontando para um lado mais sério do herói, isso ainda estava internalizado. Sem dúvida alguma seria um sucesso, porém.

Falando em mudanças de tom… E o novo filme solo do Batman, que seria dirigido pelo próprio Ben Affleck? Todos os rumores sobre essa produção eram interessantes. Teríamos um Morcego velho, mais detetive, uma história contida, talvez o Exterminador, talvez Arkham, etc.

No fim das contas, obviamente ganharemos mais e mais filmes com o Batman do Affleck, mas esse em específico, nunca veremos. Só dá para torcer que esses pontos que foram tão falados durante o tempo do Morcego como diretor sejam considerados na nova versão.

E quase tivemos um filme do Batman do Futuro! Não é de se espantar, afinal, quando a animação surgiu, foi um completo sucesso.

Na época que o Nolan estava nos primeiros estágios de Begins, a Warner ficou bem tentada com a ideia de produzir um filme do Batman do Futuro. Tanto que o Paul Dini e o Alan Burnett, criadores do personagem, estavam trabalhando em um roteiro junto do diretor Boaz Yakin.

O que aconteceu foi que o diretor perdeu o interesse no projeto e tudo foi engavetado. Mas, uma ideia assim, principalmente com todo esse revival do sci-fi, não é de se jogar fora. Fiquemos atentos para os próximos passos da Warner.

Antes do Tim Burton, muita gente queria ver uma tomada séria no Batman surgindo nas telonas. Inclusive, muito antes do que vocês imaginam. Já nos anos 70, o produtor Michael Uslan queria desvincular a imagem do Cavaleiro das Trevas do Batman do Adam West.

Assim surgiu o roteiro de “O Retorno do Batman”, onde Uslan tentava resgatar a ideia de vigilante criatura da noite dos quadrinhos do Bob Kane. O produto final era algo épico, que ficava entre a vibe urbana dos filmes de ação dos anos 70 e um toque de Star Wars na conversa com o público mais jovem. Infelizmente, nenhum estúdio comprou a ideia.

Batman: O Retorno não deu o resultado esperado pela Warner, que demandou algo mais leve e blockbuster e isso afastou tanto o Tim Burton quanto o Michael Keaton da franquia, trazendo o Schumacher a bordo.

Mas, “O Retorno” não era a aventura final de Burton com o Batman. De acordo com Keaton, a trilogia Cavaleiro das Trevas teve muito do que o Burton tinha planejado para Batman Eternamente. Seria interessante ver como tudo terminaria nas mãos do diretor.

Por fim, voltando para o período pré-Nolan, quase tivemos Joaquin Phoenix como Batman, em uma tomada do herói feita pelo Darren Aronofsky!

Inspirado por Batman: Ano Um e com o auxílio do próprio Frank Miller, Aronofsky faria um Taxi Driver do Morcego, algo insanamente peculiar, violento, mas interessante. Fizemos uma lista completa sobre essa produção, que você pode conferir clicando aqui.