Começando com um dos maiores clássicos da história no cinema de fantasia. História Sem Fim (com o perdão do trocadilho) infelizmente teve um fim e conta a história do jovem Bastian, um garoto que usa a imaginação como refúgio para os fatos que o entristecem, como as provas de Matemática, brigas na escola e, especialmente, a recente perda de sua mãe. Um dia, a caminho da escola, o garoto briga com outros colegas, foge, e acaba parando numa livraria, onde toma conhecimento de um livro chamado "A História Sem Fim". A leitura do livro o transporta ao fantástico mundo de "Fantasia", habitado por um caracol de corrida, um morcego planador, um dragão da sorte, elfos, uma Imperatriz Criança, o valente guerreiro Atreyu e uma pedra ambulante chamada Come-Pedra. O jovem começa a visualizar o que lê. A imperatriz que governa "Fantasia" está morrendo e, junto com ela, todo aquele mundo habitado por criaturas maravilhosas.

A atual tecnologia permitiria fazer com que o filme conseguisse ficar ainda mais belo do que ele era na época que foi lançado, basta ver filmes como Oz: Mágico e Poderoso, Alice no País das Maravilhas ou o recente Dr. Estranho.

Mantendo no ramo da fantasia, refazer Labirinto - A Magia do Tempo seria tanto uma ótima chance para reapresentarmos esse clássico para uma nova geração, quanto uma excelente homenagem a David Bowie que esteve no filme e, infelizmente, nos deixou neste ano de 2016.

Labirinto é um filme de fantasia no qual os personagens dialogam com suas questões interiores por meio de alegorias. Temos personagens completamente fantasiosos, como por exemplo o próprio Rei dos Goblins interpretado por Bowie. É um clássico que não recebe mais tanta atenção, principalmente por seus efeitos visuais datados. Algo que um remake poderia muito bem resolver.

Sim, você leu direito. Sabe aquele pato que apareceu na cena pós-créditos de Guardiões da Galáxia? Pois bem, ele foi o primeiro personagem da Marvel Comics a receber um filme live action no cinema e, dependendo da sua idade, você provavelmente já deve ter visto esse filme no cinema.

Infelizmente, o filme de Howard tem toda uma estrutura de filme que funcionava nos anos 80 mas que hoje o torna um filme trash e difícil de ver. Com o retorno do personagem para o cinema ao inseri-lo no Universo Cinematográfico Marvel, seria uma boa homenagem trazer de volta um filme solo (nem que seja um curta-metragem) do primeiro personagem da Marvel no cinema.

Ainda assim, tentem assistir o filme clássico, renderá boas risadas...

Deixando os filmes alegres de lado por um breve momento, em 1980 Stanley Kubrick dirigiu a grande obra literária de Stephen King, o Iluminado, estrelado por Jack Nicholson.

Iluminado é um dos grandes clássicos do cinema de horror, presenteando o cinema com cenas icônicas que ficaram marcadas até hoje, como as gêmeas no corredor ou a cena onde o personagem de Nicholson quebra uma porta com um machado, enfia sua cabeça na rachadura gritando "Here's Johnny".

Um remake do filme seria muito mais do que bem-vindo, pois assim, haveria a oportunidade de inserir novos elementos de horror que foram se aprimorando ao longo dos anos. Além do fato de que, dessa vez, o filme poderia seguir a história do livro ao invés de alterar o final.

Esse é um item complicado, porque Flash Gordon ficou tão marcado na história do cinema como um filme Cult de Ficção Científica, que é sempre complicado sugerir um remake.

Mas vale lembrar que mesmo o clássico dos anos 80 já era um remake de filmes da década de 30 baseados nos clássicos Pulp Comics do personagem.

Flash Gordon é uma das pedras fundamentais de inspiração para a criação de Star Wars e merece tanto estar sendo apresentado para a nova geração, quanto a franquia de George Lucas está sendo. Mas se formos ter um remake de Flash Gordon, por favor, mantenham a música do Queen.

Assim como Howard, O Pato, houve um personagem da DC Comics que há muitos anos recebeu um filme sem que as pessoas nem soubessem que estavam assistindo a uma adaptação de quadrinhos. Hoje, o Monstro do Pântano se tornou um personagem muito mais conhecido entre o público, fazendo parte até da Liga da Justiça Sombria e seu filme - que foi tratado como um filme de terror na época - merecia ser completamente refeito hoje em dia.

O caso de Gremlins é mais amplo que os itens anteriores, pois o filme apresenta um universo atemporal que permite muito bem que ele receba tanto um remake quanto uma sequência.

Com certeza hoje, mesmo que sejam mantidos os animatronics, com o avanço tecnológico dos efeitos visuais poderíamos ter um filme de Gremlins muito mais crível, ao invés de ter vários dos monstrinhos sendo mostrados apenas da cintura para cima, ou com movimentos "duros". Mas por favor, precisamos de um Gizmo tão fofo e adorável quanto o original.

Muito antes de Jogos Vorazes, Arnold Schwarzenegger trazia um filme que criticava a sociedade que se entretêm com a dor e o sofrimento alheio dos menos afortunados.

O Sobrevivente é um filme que traz um futuro não tão distante - curiosamente, no filme original de 1987, o filme se passa em 2017 -- onde o governo mantém a população alienada patrocinando a transmissão pela TV de inúmeros programas de jogos, nos quais criminosos sentenciados lutam por suas vidas em shows ao vivo. O mais popular e sádico desses shows é o The Running Man, apresentado por Damon Killian.

O filme tem uma crítica social que ainda se mantém muito atual e que, infelizmente, se perdeu um pouco pelo fato de ter sido estrelado por Arnold e se transformado em "mais um filme de ação" estrelado pelo ator. Um remake atual poderia ter muito mais profundidade nessas críticas.

É hora de trazer a nata dos filmes de horror dos anos 80, os filmes gore. Muitos filmes de terror desta época conseguiram transpor as barreiras do tempo como Sexta-Feira 13, Hora do Pesadelo, Massacre da Serra-Elétrica e Halloween, mas alguns, infelizmente, ficaram para trás quando tinham tanto potencial para mais.

Para melhorar tudo, Re-Animator é baseado em um livro do aclamado Lovecraft, que hoje tem uma fama cultural muito maior do que na época em que o filme foi exibido. O que permitiria que o remake tivesse um clima muito mais "Lovecraftiano" do que simplesmente uma abordagem mais trash.

Por fim, um filme extraordinário de John Carpenter que merece ser recontado para toda uma nova geração, que ainda é o público alvo da mensagem passada. O filme tem uma abordagem bizarra e uma história sem sentido, a princípio, mas passa uma crítica que é completamente cabível de ser levantada mais uma vez.

Na história John Nada é um trabalhador braçal que chega a Los Angeles e encontra trabalho num edifício em construção. Durante uma operação da polícia, um quarteirão inteiro do bairro em que o personagem vive foi destruído. Na confusão, o personagem encontra óculos escuros aparentemente comuns, porém ao usá-los, ele consegue enxergar horrendas criaturas alienígenas disfarçadas de seres humanos, bem como as mensagens subliminares que elas transmitem através da mídia em geral. John percebe que os invasores já estão controlando o planeta e, juntamente com seu companheiro de trabalho Frank, decide se engajar no movimento de resistência, que é perseguido como subversivo pela polícia.